Quanto tempo! Já havia dado a história por encerrada e está, mas surgiu a idéia através de um tweet que li. A saudade veio forte e fiz esse pequeno só para a saudade.
Um abraço enorme!
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Não lembro a que horas fomos dormir. Na noite anterior havia feito um jantar em casa com vários amigos nossos, acabou que entramos pela noite e claro, foi inevitável acordar mais tarde em um sabádo. Naquele em especial a Hane estava em casa com Ana Lis, a menina parecia mais nossa filha que dá própria Hane.
— Está começando algo que não vai poder continuar e sabe disso...
— Alícia me reclamou enquanto eu a acordava com beijos em seu pescoço.— Já disse o quanto amo o cheiro dos teus cabelos?
— Hoje não. — Alícia acariciava meus braços que rodeavam sua cintura ainda com os olhos fechados somente sentindo o meu carinho. — Olha aí, aposto que foi a sua afilhada que já ligou o som. — Eu ria e me afastei um pouco observando Alícia abrir os olhos sentando um pouco na cama.
— Sonhei com você essa noite.
— Já tenho medo todas as vezes que me diz essas coisas, qual foi o sonho dessa vez?
— Você me deixava falando sozinha, me dizia que tinha encontrado uma amiga de escola e...
— Madrinha! Posso entrar? — Eu e Alícia rimos e eu levantei vestindo um robe por cima da camisola.
— Bom dia, mocinha. — Ana me beijou e logo correu para os braços da avó.
— Bom dia! Mamãe já ficou na piscina.
— Ela sabe que você está aqui?
— Não, disse que não era para eu acordar vocês. — Alícia riu ajeitando seus próprios cabelos.
— Vó, eu estava aqui pensando...
— Ai, Deus... sempre que ouço isso meu coração parece que para. No que você estava pensando?
— Quem foi a primeira mulher que a senhora se apaixonou?
Eu queria dizer que foi só eu, mas não. Alícia pareceu congelar enquanto Ana Lis seguia com sua naturalidade estampada no rosto. Eu estava de pé encostada perto da porta quando Alícia também me olhou.
— Responde, Alícia. — Falei olhando de forma mais fixa enquanto Ana Lis brincava com os cabelos da avó.
— Meu bem, de onde tirou isso?
— Estava ouvindo no rádio com a mamãe hoje cedo uma moça falando como se apaixonou pela primeira vez.
— Ana Lis, não são nem nove da manhã e você me faz esse tipo de pergunta? — Conhecia Alícia tempo suficiente para saber o quanto estava nervosa naquele momento.
— E a senhora, madrinha?
— Ana! Eu disse para que não subisse agora, minha filha! Bom dia, senhoras. — Hane brincou.
— Vou aproveitar que estão todas aqui e vou no banheiro me trocar, não demoro descer.
Eu e Alícia não coincidimos no banheiro, quando saí desci junto com Ana Lis e ela veio em seguida. Nas horas que vieram ficamos nós quatro preparando o almoço.
— Falou com seus pais? Queria passar uns dias lá.
— Época muito quente para que queira viajar a Miami, Alícia.
— Ai mas que séria. Está zangada comigo. — Ela disse a frase sem um questionamento.
— Não estou zangada, falei por sua pele, sempre evito viajar a lugares quentes e você sabe disso.
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Décimo nono andar
Fanfic• Quando os traumas de uma jovem cruzam com o caminho de uma psicóloga em uma trilha que vai além de um consultório, levando a ambas a passos desconhecidos. "Se você estiver lendo esta história em qualquer outra plataforma que não seja o Wattpad, pr...