Chapter Fourteen | Matamos o Johny

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   SUBI AO MEU quarto - que não era meu - para desfazer a minha mala

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SUBI AO MEU quarto - que não era meu - para desfazer a minha mala. Ontem acabei não tendo tempo de desfazê-la, pois cheguei à noite e com todo aquele pequeno acidente comigo e Elliot, o tempo voou.
Abro o closet de Elliot e vejo um mundo que já estava transbordando. Além de estar cheio de coisas, havia gravatas para um lado, meias para o outro... acho que a empregada não teve tempo para Elliot hoje.

— Onde que eu irei colocar as minhas roupas? — murmurei.

Resolvi falar com Elliot, pra ver se ele me cederia um espacinho do seu mundo de roupas e bagunça. O chamei até o quarto e ele veio, por mais incrível que pareça, sem reclamar.

— O que você quer? — perguntou-me ele.

— Você poderia arrumar a sua bagunça no closet para que eu possa colocar as minhas roupas ali?

Elliot riu descontroladamente.

— Você está brincando né?

— Por que eu estaria?

— Você não vai colocar as suas roupas horríveis junto das minhas, Bela! Até porque nem tem espaço.

— Da pra ver que não tem espaço, e da pra ver também que você não arruma isso daqui a séculos — falei levantando uma gravata do chão.

— Se eu arrumo ou não, não é da sua conta. Saia do meu closet e não ouse entrar aí novamente — falou-me ele apontando para a saída.

— Onde eu colocarei minhas roupas então, Elliot?

— No guarda-roupas que está ao lado da porta do banheiro. Aliás, mamãe comprou alguns presentes pra você e eu os coloquei lá.

— Obrigada, babaca.

— De nada.

Saí do closet e fui em direção ao guarda-roupas. Ao abrir, fecho rapidamente a porta por conta de um susto.

— Elliot, você não tem medo de ratos?

— Eu não. Por quê?

— Nem de aranhas?

— Muito menos.

— Então, faça-me o favor de matar esta que está aqui dentro — abri a porta e saí gritando, correndo para trás de Elliot para fugir da peçonhenta. Empurrei Elliot para que desse um fim naquela tenebrosa.

— Meu Deus, uma aranha, Bela! O que que eu faço? — falava ele se mexendo de um lado para o outro sem saber o que fazer.

— Mata, mata ela, Elliot!

A aranha disparou em direção a porta quando Elliot joga sobre ela um pote enorme de um dos meus cremes de cabelo, a acertando em cheio, isso foi fatal.

— Ah, graças a Deus! — falei enquanto nos aproximávamos da bichinha — Essa aranha me soa familiar.

— Não pode ser — falou Elliot se agachando para ver mais de perto a aranha — Não pode ser, Bela! — falou-me ele apavorado.

— O que que houve Elli... ah não, não me diga que Alexa ainda tem aquela sua aranha de estimação que ganhou aos cinco anos...

— Sim, ela ainda tinha o Johny — disse Elliot enfatizando a palavra "tinha" e olhando-me em seguida.

— Meu Deus, o que faremos, Elliot?

— Você viu o que me fez fazer? Você me fez matar o Johny, Bela! A aranha de estimação da minha irmã! Não poderia ser algo da gêmea boa? Tinha de ser logo da má? — falou ele pondo as mãos em meus ombros e me sacudindo por inteira.

— Regra número cinco: não me toque, ao menos que eu esteja morrendo, e apesar do grande susto causado pelo Johny, eu estou bem viva, Elliot.

— Cara, como você pode pensar em tais regras agora? Você vê na confusão que nos metemos? Se Alexa ou papai e mamãe descobrem que o Johny está morto, estamos completamente ferrados. Onde vamos encontrar outro Johny? — disse ele fazendo um gesto com a mão.

 Onde vamos encontrar outro Johny? — disse ele fazendo um gesto com a mão

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— Rápido! Vamos ligar para os aracnídeos em ação — falei.

— Meu telefone está dentro do bolso do terno cinza na cama — disse ele.

Aracnídeos em ação, é o nome de um lugar aqui da cidade onde vendem aranhas legalmente. No aniversário de cinco anos de Alexa, o pai de Elliot deu a ela uma tarântula de estimação, pois Alexa sempre foi fascinada por aranhas. Até agora, a aranha estava firme, forte, bonita e principalmente, viva.

— Alô? Gostaria de saber se vocês têm uma tarân...

Elliot falou com eles e felizmente eles tinham uma aranha igual a de Alexa. Alívio resume.

Um Casamento ArranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora