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- PESSOAL, PEÇO UM minuto de sua atenção. Eu queria aproveitar que estamos todos reunidos aqui a mesa para comunicá-los que, Romulo e eu decidimos fazer uma festa de noivado para Elliot e Bela.
Falava Suzane na mesa do almoço enquanto todo o pessoal, menos Elliot e eu - que nos olhávamos confusos -, a olhava.
- Para que? Todo mundo sabe que eles já estão noivos - resmungou Heitor.
- Invejoso... - falou Elliot em baixo tom.
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- Por que eu teria inveja?
- Deve ser por que você sempre gostou de Bela... mas agora quem vai casar com ela sou eu! E eu lamento muito irmãozinho, mas na Bela, você jamais vai tocar! - Elliot falou com tanta convicção que até eu acreditei.
Estou estranhando o comportamento de Elliot ultimamente... ele anda menos debochado comigo e mais atencioso, estou preocupada.
- Crianças, acalmem-se! E você, não se meta nesses assuntos, Heitor - xingou o pai de Elliot.
- Mas mamãe, você nem nos perguntou se queríamos ou não essa tal festa - falou meu noivo.
- Elliot querido, esta festa será apenas uma celebração. Nada muito extravagante.
- E quando acontecerá, irmã? - perguntou Estefânia que estava dando mamadeira para Bernardo.
- Sexta-feira à noite. Ou seja, ainda temos quase uma semana para organizar - terminou Suzane.
- Elliot e eu conversaremos esta noite e decidiremos como vai ocorrer essa festa, certo? - perguntei.
- Sim, Bela - respondeu Romulo.
Comemos e logo chegou a sobremesa, Petit Gâteau.
- Como vocês se conheceram? - perguntou Danai com a boca cheia de sorvete e bolo, olhando para Elliot e eu.
- Não fale de boca cheia, minha filha! - Pedro repreendeu ela.
- Desculpe, papai - falou ela da mesma forma.
- Você realmente se interessa em saber? Que tédio! - retrucou Alexa.
- Deixa eles falarem, Alexa! - respondeu Alixa.
- Ah... - pigarreou Elliot - você pode contar a ela amor?
- Posso sim. Prepara que lá vem clichê - falei e Danai e Alixa sorriram.
Parece que não só as crianças como: Suzane, Romulo, Estefânia, Pedro, Joseph e Tobias estavam interessados pela história. Enquanto eu contava, percebia de canto as reviradas de olhos de Alexa e Heitor. Contei que nos conhecemos desde quando éramos bebês. Que mais brigávamos do que brincávamos quando crianças. Que éramos a dupla do terror na escola do fundamental, no ensino médio nos odiávamos e aprontávamos e na faculdade nem olhávamos um pra cara do outro. E finalmente, a parte falsa... surgiu o amor depois de todo esse ódio e raiva envolvido.
- O que vocês aprontavam na escola? - perguntou Danai toda empolgada.
- Conte a elas, querido - falei passando a mão no ombro de Elliot.
Isso foi difícil pra mim.
- A pior de todas! Lembro que eu e Bela fomos ao fundos da casa e enchemos bexigas com água dos cachorros que estavam cheia de baba. Colocamos presas no teto e na cadeira da senhorita diretora, quando ela sentasse, as bexigas cairiam nela e estourariam. Fomos suspensos três dias por causa desta brincadeirinha. Mas que foi legal, foi! Não é Bela? - falou ele e todos caíram na risada.
- Eu lembro que já ia preparada para escola quando me chamavam porque conhecia Elliot e Bela, e boa coisa não era - disse Suzane rindo.
- Vocês então sempre foram um casal perfeito! - falou Danai.
- Com licença, essa conversa está me dando nojo - falou Heitor.
- Eu concordo. Com licença - falou Alexa que saiu da mesa com Heitor.
- Não ligue para isso, irmã. Nós sempre temos aqueles filhos meio rebeldes, não é? - disse Suzane e deu uma risada sem graça.
- Ah, nem me fale. Tobias as vezes nos tira do sério.
Após o almoço, Elliot e eu combinamos de levar as crianças ao shopping à tarde. Danai e Alixa pulavam como se estivessem em uma cama elástica. Até tentamos convidar Alexa, mas ela nem quis nos ouvir. Então esta tarde seria apenas eu, Elliot, Danai, Alixa e Bernardo.
