Capítulo 12

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Um tremor percorre meus membros quando seu vigor para me chupar aumenta. Sua língua se move consciente. Minhas mãos agarram os lençóis debaixo de mim, e os seguro quando o orgasmo rapidamente toma conta de mim. Nikolai rosna quando tiro as mãos do lençol e agarro seu cabelo, puxando-o mais para dentro de mim, como se isso fosse possível.

— Nikolai — imploro, quando sinto as ondas tomarem conta de mim.

    Meus dedos agarram e puxam com força seus cabelos. Repito seu nome diversas vezes quando meu corpo começa a tremer. Ele chupa ferozmente o meu clitóris mais uma vez, levando-me ao limite. Meu corpo começa a convulsionar sozinho, e um contínuo fluxo de gemidos preenche o ar entre a gente.
Antes que eu possa voltar do abismo do êxtase, ele lambe meu corpo todo, de baixo para cima.

   Pairando sobre mim, ele faz uma pausa, sua respiração tão dura quanto a minha. Seus olhos vagueiam por meu rosto, meu corpo, e o momento se torna intensamente íntimo.

— Você é minha — sua voz não passa de um gemido rouco.

   O sol lá fora já está à todo vapor. Ótima maneira de acordar.

— Mas você não é meu — digo. Junto as forças que o orgasmo me tirou e tento sair, mas ele me puxa contra seu corpo quente. O pau duro tocando minha bunda é bem evidente.

— Quem disse isso? — todo o meu corpo treme com a sua respiração cálida na minha nuca.

  Ponho todo o meu controle em ação. Não posso ceder tão fácil assim. Tem muita coisa em jogo.

— Não quero e nem serei sua amante. O que acabamos de fazer, pesa na minha consciência, estou me sentindo uma intrusa.

— Maya...

— Me escuta! Você tem uma noiva, tem um cargo importante na máfia, e você tem seus problemas. Eu tenho um bebê à caminho, reencontrei uma família que eu nem sabia que existia, e eu também tenho meus problemas. Nada na nossas vidas é perfeito; sinto que estou pronta para ser uma pessoa livre, estando com você toda a calmaria vai embora.

  Nem percebo que os dedos de Nikolai fazem movimentos na minha barriga. É uma sensação boa.

— Tenta entender — falo — Nossa vida está cheia de obstáculos, impecilhos que não vão nos levar a nada.

— Depois da noite que tivemos você não vai à lugar algum. Quando eu desejo alguma coisa eu pego, e eu desejo você. Farei tudo o que for necessário para ter você comigo.

  Nikolai me vira e possui minha boca em um beijo tórrido e sensual. A intensidade do desejo dele sendo revelado me consome... consome meu corpo, meus pensamentos, meu coração. Ele se move para o meu seio e sua mão alcança o local entre minhas pernas.

Arqueio em sua direção quando ele desliza para baixo, deixando uma trilha de umidade enquanto alterna entre chupar e morder.
Tocando minha carne sensível, ele ronrona com uma satisfação masculina primitiva ao perceber quão pronta estou para ele. Ele sobe o corpo e beija meus lábios.

   Com olho no olho, ele entra em mim sem pressa. Sua mandíbula enrijece e o corpo estremece enquanto luta para ir devagar, enfiando o pau grosso e duro dentro de mim centímetro por centímetro. Um gemido saindo meus lábios quando ele finalmente me preenche, cada pedacinho de mim se sentindo alargado e graciosamente completo.Céus, isso é tão bom quanto comer chocolate.

  Ele me vira e puxa minha perna esquerda para cima. Me comendo por trás enquanto morde e chupa ferozmente meu pescoço ele novamente me leva a loucura.

A manhã passou voando. Ficamos grande parte do tempo deitados e ofegantes. Algumas vezes eu perdi o fôlego por conta do tamanho da minha barriga, mas Nikolai sempre achava uma posição mais favorável.

  De frente ao enorme espelho no closet do meu quarto eu olho meu corpo. Meu quadril aumentou, assim como meus seios. Ganhei mais corpo, minha pele está mais brilhante. Percebi as estrias no pé da barriga e nos seios, esses são os sinais de que meu corpo mudou e que daqui a cinco meses terei meu filho nos meus braços. Nesses últimos dias venho pensando em alguns nomes, mas ainda não está nada decidido.

— A mamãe está ansiosa pra ver seu rostinho — falo emocionada.

  Mal terminei de dizer as palavras e senti um movimento em meu ventre. De início pensei que fosse algo grave, mas depois senti outro movimento. Meus olhos se enchem de água ao sentir que meu bebê está se mexendo.

— Ai meu deus!

  Toco minha barriga.

— Oi pequeno.

  Outro movimento. Choro emocionada de tanta alegria. Quero senti-lo mais um pouco, mas parece que ele se cansou. Um momento maravilhoso.

  Passei o resto do dia dormindo. Em algum momento Nikolai me avisou  que precisava resolver alguns problemas, fiquei um pouco desapontada, mas nós não tínhamos nada fixo.

  Beth veio e fez o almoço e deixou o jantar pronto, para que de noite só precisasse esquentar.

  Olho no relógio e consto que já são dez da noite e meu estômago reclama de fome. Visto uma regata e um short de seda e caminho para a cozinha. Me assusto quando vejo uma mulher de cabelo rosa comendo todo o brigadeiro que Beth fez hoje na hora do almoço. Os gemidos de prazer que ela emite é muito engraçado, parece uma criança se lambuzando.

  Mas o que mais me surpreende é o tamanho da barriga dela.

— Está tão gostoso assim? — pergunto.

  A mulher quase deixa a tigela cair no chão e agarra a beirada do balcão.

— Minha nossa senhora das pessoas frágeis! Quer me matar do coração?

— Você está bem? — pergunto preocupada.

— Caralho, pensei que fosse o meu marido. Graças a Deus que não é ele,  porque senão era bem provável que eu estaria de castigo. Ele me proibiu de comer chocolate e tomar café.

— Isso é chato.

— Pelo menos você concorda comigo! — ela diz. Então ela vê minha barriga.

— Eita porra! Esse filho é do Nikolai? Eu sabia que aquele garoto seria problema na certa. Moleque inconsequente! Deixa eu por minhas mãos nele...

— Calma, esse filho não é dele.

— Então quem é você? — ela pergunta.

   Nesse momento escuto a voz de Nikolai e a de outro homem. O olhar da mulher brilha quando vê o homem.

— Apesar de estar com cabelos brancos ainda continua sendo meu marido gostoso — ela fala.

  Os dois notam nossa presença. A conversa acalorada deles cessam rapidamente.

Puta.Que.Pariu! Coço meus olhos tentando fazer com que não seja uma alucinação.

— Tio Ivan? — pergunto não acreditando.

  Ele me olha por alguns minutos. Apesar de estar um pouco mais velho ainda continua sendo o homem mais bonito que conheci na vida.

   É como se uma luz se acendesse na memória dele. Seu rosto muda rápido.

— Maya?

  Com lágrimas nos olhos e corro até ele e abraço-o.

— Pensei que nunca mais fosse te ver — ele diz. Me afasto um pouco. Seu olhar passa por todo o meu corpo e para na minha barriga. O maxilar enrijece.

— O que foi que você fez com ela, Nikolai? — Ivan pergunta.

A tensão irradia dos dois. Merda, se um olhar pudesse matar.

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Depois do Perigo #4 |Série TambovskayaOnde histórias criam vida. Descubra agora