Capítulo 4

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Nikolai

   Os lábios dela envolvem meu pau e gemo alto. A língua passeia por todo o comprimento e mama a glande. Alissa sabe fazer o melhor boquete. Seguro os cabelos dela em meu punho e forço ela a ir mais fundo.

- Vai lá gostosa...

    Alissa agarra minhas coxas e chupa a cabecinha enquanto massageia minhas bolas.

   Jogo a cabeça para trás e jorro meu esperma na garganta dela, como uma boa garota ela engole tudo. Merda!  Essa foi rápida.

- Ótima visita - falo.

   Alissa limpa os cantos da boca e sorri safada. Ela levanta e senta no meu colo. Os braços pendem nos meus ombros.

- Não vai retribuir o agrado? - pergunta.

- Tem muita coisa pra fazer. Te ligo amanhã. 

   Ela bufa e beija meu pescoço.

- A gente precisa começar a organizar o casamento.

  Reviro os olhos.

- O casamento é daqui a oito meses. Não tenho pressa - digo.

   Alissa se irrita e sai do meu colo. É sempre assim quando começa o assunto casamento.

- Quero algo grandioso! Vai levar tempo para organizar tudo.

   Ponho meu pau de volta na cueca e fecho a calça. Organizo alguns papéis e assino as entregas de cocaina do mês passado.

- Quando sair peça para Dylan vir até aqui.

   Dispenso-a. Ela solta um grunhido e só escuto a porta bater forte. Mimada dos infernos. As vezes me arrependo de firmar esse noivado.

   Suspiro e levanto. Pego uma garrafa de whisky e sirvo-me uma dose grande. O líquido âmbar desce rasgando, esse é dos bons.

- Problemas no paraíso? - Dylan pergunta.

- Está mais para inferno. Recebeu o relatório da carga de munição?

- Sim, está faltando cerca de trinta caixas.

- Esse é o problema - falo irritado. Malditos traidores - Ivan está no limite com a nossa gestão. Erros e mais erros à cada dia.

- O que pretende fazer?

- Farei uma reunião com Ivan e se ele me apoiar teremos centenas de mortes. Já cansei de ser piedoso, está na hora de voltar a ser o antigo Nikolai.

   Dylan entende do que estou falando. Meus dois primeiros anos como chefe da Tambovskaya foram sangrentos. Ivan teve que intervir, se não a Bratva teria poucos membros. Aqueles que faziam merda eram punidos com a morte. Já perdi a conta de quantas pessoas eu matei e torturei.

- E quanto a Maya?

  Outro problema que tenho que enfrentar.

- Não sei, matá-la não está nos meus planos.

- Por que não manda a garota para algum outro lugar? - ele pergunta - Terá sérios problemas se Alissa descobrir que tem uma mulher dormindo no seu apartamento. E pior, Aspen logo saberá sobre ela.

- Isso tudo é fodido! Deixe ela comigo por um tempo, depois vejo o que faço. Temos alguém na sala de tortura?

   Saio com Dylan da sala que mantenho como escritório em um dos depósitos na parte leste de Chicago. Dylan me explica que temos um X9. Foi pego em flagrante dando informações para os tiras. Odeio esse tipo, gananciosos de merda.

  Deveria eu mesmo cuidar dele, mas deixo para Dylan. Ele gosta de matar pessoas com as próprias mãos. Ele é mais velho que eu e posso admitir que o cara bota medo em qualquer um.
    A chuva cai forte quando entro no carro. Chicago não é nada em comparação com São Petersburgo. Quando Ivan me disse que a Tambovskaya teria a base fixada em Chicago eu desanimei. Toda a minha família está lá, mas ordens são ordens.

   Penso em fazer uma visita para Yuri e a ruiva, mas deixo para depois. Tudo o que preciso é da minha cama. A presença de Maya no apartamento não passa despercebida, o choro na madrugada. Me acostumei a ser só eu, nem mesmo Alissa dorme ali. Então porque eu levei a garota para o meu santuário?

   Entro na garagem do prédio. Cumprimento Jasper e pego o elevador.

   Assim que abro a porta do apartamento eu sinto que algo está errado.

  Com passos cautelosos eu sigo para o quarto onde Maya dorme. Vazio.

   Pego minha glock e caminho para a cozinha. Vazia. Onde ela está? Nem em mil anos ela conseguiria fugir daqui. Uma brisa fria toca meu rosto. A porta que leva até a varanda de plantas de Beth está aberta.

  Ando até lá e abro-a mais um pouco.

- Merda!

   Ponho a arma no chão e pego o corpo molhado de Maya. O que ela estava fazendo ali?

  Ela treme contra meu corpo e levo-a para o meu quarto. Quanto tempo ela esteve de baixo da chuva?

  Deito-a suavemente na cama e tiro a calça e a blusa dela.

- Maya? - chamo - Vamos lá, você precisa acordar.

  Ela solta um gemido e se curva em uma bola. O queixo treme, assim como as mãos.

   Pego um edredom e cubro se corpo. Ajusto o aquecedor e fecho as persianas.

Suspiro e tiro meus sapatos. A camisa molhada vai logo em seguida.

  Sento em uma poltrona e fecho os olhos. Porque a fragilidade dela me afetou tanto?

  O corpo esguio e com curvas de matar qualquer um deixou-me excitado. Caralho, não posso negar que ela me afetou assim que coloquei meus olhos nela no shopping.

  Estou ferrado. A garota me odeia.

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Bjs e até o próximo.

Depois do Perigo #4 |Série TambovskayaOnde histórias criam vida. Descubra agora