Capítulo 23

6K 707 44
                                    


A cena na minha frente era de apertar o coração. Heduarda está caída no chão, Sophie tem Alissa nos braços.
Mas tudo o que vejo é Maya. Sangue, muito sangue. Todo meu corpo treme.

— Maya?

Caio ao lado dela. Afasto os cabelos do seu rosto.

— Levaram o Oliver. — a voz de Sophie é fraca.

— Vão atrás dele! — vocifero alto.

Escuto os passos deles.

— O que aconteceu aqui? — Ivan pergunta.

— Ela entrou em trabalho de parto, Alissa ajudou...Então aquele albino entrou aqui e levou...

Sophie começa a chorar. Sinto a pulsação de Maya. Fraca.

Pego ela nos braços. Está pálida. Minha respiração é ritmada, ela é tudo para mim, não posso perdê-la.

— Alguém pega a Heduarda e leve-a para o hospital.

— Alissa? — alguém pergunta.

— Mate-a.

— Não — Maya sussurra — Não mate ela.

Ela apaga de novo. Respiro resignado. Olho para Dylan e aceno.

Com Maya nos braços eu saio dali. Cada passo e eu me sinto incapaz. Nem percebi que estava chorando. Oliver, é a única coisa que penso.

Entro no carro e peço para o motorista ir para o hospital.

Maya teve uma hemorragia devido às complicações no parto. O médico que atendeu ela já fez alguns serviços para a Tambovskaya, então não teve tanta pergunta.

Heduarda teve uma concussão e está em repouso em um quarto. Ela está abatida, se sente culpada por não ter salvado Oliver.

Já Alissa está em cirurgia, levou um tiro na barriga, a bala atingiu o estômago.

Estou nesse hospital à cinco horas.

- Vai lá fora, respira um pouco. Te chamo se algo acontecer.

Aceito a proposta de Ivan.

Do lado de fora do hospital eu sento em um banco. Meus homens não conseguiram capturar Aspen. Decepção me define.

Todos os tipos de pensamentos rondam minha mente. Tenho medo de que Aspen faça algum mal para o meu filho.

— Espero que você seja um bom pai — um homem ruivo diz.

Meu coração acelera. O ruivo me entrega um bebê enrolado em uma manta azul.

— O que...

— Não compactuo com esses tipos de criminalidade — ele levanta — Tem um presente pra você no estacionamento, em um BMW vermelho.

— Quem é você? — pergunto.

— Ninguém. Agradeça sua mãe por isso.

Ele some. O bebê resmunga. Meu filho. Beijo a mãozinha dele.

Sorrio de felicidade.

Levei um susto ao ver Aspen no porta malas do carro que o ruivo indicou. Ele estava dopado com o rosto todo acabado.

Liguei para minha mãe, pedi para ela vir imediatamente.

Não sai de perto de Oliver, nem quando precisaram fazer alguns exames nele.

Aquele era meu filho, e eu nunca mais deixaria algo acontecer com ele.

Vote e comente ★

Depois do Perigo #4 |Série TambovskayaOnde histórias criam vida. Descubra agora