Capítulo - 27

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Felipe

   —Como ela vem aqui e diz algo assim, tudo que ela fez? Não importa nada que ouvimos, você é minha filha Clara - digo por entre as lágrimas.

    Depois de anos nem lembrando da existência dessa mulher, ela reaparece nas nossas vidas e joga essa bomba nas nossas mãos, Clara não é minha filha biológica, como ela pode mentir assim? Ela me fez acreditar que dormimos juntos anos atrás. Ela me fez passar anos longe da Anna, tudo uma armação, mas não importa tudo que ela disse, a Clara é minha filha e isso que importa, Anna me olha chocada, acredito que ainda absorvendo o que ouviu, meu peito dói.

    As lágrimas caiem livres por nossos rostos, olho para a Clara que está tão desolada com tudo.

   —Não importa nada do que, aquela mulher nos disse, eu sou filha de vocês, eu sou sua filha pai, você me criou e eu te amo, você é meu pai e você minha mãe, são os pais mais maravilhosos que já tive, e amo vocês.

   —Nós também amamos você - Anna diz.

   —Só me sinto de certo modo culpada, se eu não tivesse surgido na vida de vocês, vocês não teriam se separado anos atrás, teriam ficado juntos.......

   —Não repita isso, você foi a melhor coisa que aconteceu nas nossas vidas, eu te amo você é minha filha - Anna diz chorando e abraçando a Clara.

   —Você não tem que se sentir culpada por nada, se exitir alguma culpada nessa história é ela nos te amamos Clara, quando você nasceu foi a melhor alegria da minha vida eu te amo, nunca mais repita algo assim.

   —Eu amo vocês - ela diz e abraço as duas, e choramos juntos.

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   —Ela dormiu - Anna diz entrando no nosso quarto.

    Minhas lágrimas secaram, só me resta um pouco da dor e indignação por tudo que ouvi, Anna tem o rosto inchado por conta das lágrimas.

    A puxo pela mão e a faço sentar no meu colo.

    —Passei anos te odiando por algo que você não fez, me perdoa.

   —Você não tinha como saber, nenhum de nós tinha, fomos vítimas daquela mulher.

   —Passei anos longe de você.

   —Vamos esquecer tudo isso, o passado vamos seguir em frente com nossa família, vamos esquecer tudo, vamos fingir que nada disso aconteceu.

   —Você ta certo, temos uma família linda que construímos, eu te amo, amo você a Clara e nossos filhos.

   —Eu também amos vocês mais que tudo.

    Beijo minha mulher como nunca antes a minha companheira de vida de tudo a mulher que eu amo, a Minha menina. E ali nos amamos como nunca antes.

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   —Bom dia - digo entrando na cozinha e encontrando todos na mesa do café.

   —Bom dia - eles dizem juntos.

    Beijo os lábios da Anna, bagunço os cabelos de Arthur que me sorri, minha bonequinha Luiza beija minha bochecha e sorri Banguela, vou até Clara e a abraça ela tenta sorri com o rosto abatido e a entendo foram muitas revelações na noite passada.

    Tomamos café, falando da escola dos meninos sempre evitando o assunto de ontem, depois do café Anna se despede de mim com um beijo e se vai com Arthur e Luiza. Ela vai deixa - los na escola e depois vai para a loja.

    E fico sozinho com Clara propositalmente.

   —O que acha de ir comigo tomar um sorvete depois te deixo na agência? - convido.

   —O senhor não vai trabalhar?

   —Só depois do almoço, então topa?

   —Sim.

    Vamos para a praça que tem ali perto e começamos a caminhar.

   —Sei que as revelações de ontem te deixaram magoada - começo dizendo.

   —Tava tudo tão bem porque ela tinha que vim nos atormentar?

   —Talvez o fato de ter descobrindo uma doença a fez ter remorso, não sei e nem quero, o que importa é você.

   —Eu vou ficar bem pai, não LIGO para nada do que ela diz ter feito, você é meu pai e isso é o que importa.

   —E você minha filha, e eu tenho muito orgulho da mulher que você está se tornando.

   —Eu é que tenho orgulho de ser sua filha, tem irmãos que amo, uma mãe maravilhosa que me ama, tenho a família que qualquer um queria ter.  E eu sou a sortuda - sorriu - tenho até um namorado perfeito - faço careta e ela gargalha.

   —Podemos deixar aquele dom ruam para lá, pelo menos por agora - digo e ela gargalha com gosto.

   —Te amo pai - ela diz e abraço.

   —Te amo filha.

   —Mas o senhor ainda me deve um sorvete não vem me enrolar.

   —Sim um sorvete com muita calda - digo e ela concorda.

Apenas mais uma amizade - Livro 4 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora