"Mãe," ele diz durante o jantar, uma ou duas semanas depois. "Posso te perguntar uma coisa?"
A sra. Chwe olha para ele por cima da tigela de sopa. "Claro."
"Alguns- amigos meus, eles vão fazer uma viagem de estrada este fim de semana. Eles me convidaram e e-eu realmente quero ir, mas eu não quis confirmar nada antes de ter sua permissão." Ele se encolhe em vergonha enquanto fita sua pobre mãe com sua melhor, suplicante e dolorida expressão de eu-sou-um-fracassado-e-esta-é-a-primeira-vez-que-alguém-me-chama-para-algo. É totalmente injusto, especialmente porque ele sabe que sua mãe carrega muitas doses de culpa ao longo dos anos por se casar com um demônio e expor seu filho híbrido à desaprovação do mundo exterior, mas é a única maneira que pode funcionar. "Tudo bem se eu for? Tudo bem se... você disser não."
Os olhos da Sra. Chwe amolecem, mas Sofia é menos convincente. "Que amigos?" Ela pergunta, não de uma maneira rude mas em sua própria maneira obstinada e contundente de ser. Vernon tem certeza que ela recebeu essa atitude do pai, porque tanto ele quanto sua mãe são o total oposto, sempre cobrindo as palavras com açúcar ou, melhor ainda, não dizendo nada.
"Sofia!" a Sra. Chwe repreende, antes de voltar para Vernon e dizer gentilmente: "É claro, Vern, eu estou muito feliz que você tenha sido convidado. Eu os conheço?"
"Eles são realmente seus amigos?" Sofia murmura com a boca cheia de sopa. Ele a chuta por baixo da mesa, não o suficiente para machucar mas o suficiente para que ela se atrapalhe com a colher e ganhe uma mancha vermelha em sua camisa. Ela o fuzila com o olhar.
"Junhui," ele diz imediatamente, "da minha classe de filosofia. Nós começamos a estudar juntos algumas semanas atrás. E-" ele tem que pensar rápido para este, "Seungcheol. Ele é o, uh, motorista. Um cara realmente responsável, super confiável, o tipo que nem ligará o carro a menos que todos nós tenhamos colocado o cinto de segurança. E também há Seokmin e Soonyoung, de, hum- os conheci onde trabalham e passamos a sair juntos. Seungkwan também os conhece."
"Oh, Seungkwan?" Sua mãe se anima com o nome, já que é obviamente o único garoto que ela já conheceu. "Ele também vai?"
"Oh- não, a mãe dele se preocupa se ele ficar longe de casa por muito tempo." Que é verdade. Eles inicialmente pensaram em ir à New Sheol juntos, mas após uma série de conversas por telefone Seungkwan não conseguiu permissão para uma "viagem de estrada". Uma pequena parte de Vernon ficou realmente aliviada quando ouviu a notícia: ele se preocupava constantemente com Seungkwan aqui na Terra, a ideia de levá-lo — um ser humano cego e ingenuamente sincero — para o reino demoníaco com ele, um lugar que poderia ser assustador e perigoso para alguém como ele, faz suas entranhas se revirarem.
Ele não saberá se você não conseguir o feitiço, o assustado e perverso lado de si mesmo sempre sussurrava enquanto eles bolavam o plano. Sempre o diz a mesma coisa. Palavras venenosas como picada de aranha, brilhantes e doentes e soletrando perigo como sapos mergulhados em caramelo artificial vermelho e azul: desonestos, viciosos e defensivos. Ele acreditaria em você se você dissesse que não conseguiu encontrar um. Nada teria que mudar.
Vernon tenta ignorar esse lado de si o máximo que pode.
"Entendo. Bem, aonde vocês estarão indo?"
A mentira quebra tão facilmente que ele se sente quase culpado. "Nenhum lugar em particular, só uma viagem divertida até o lugar mais próximo de praias e montanhas. Posso te ligar sempre que encontrar um lugar com Wi-Fi, se lhe deixar menos preocupada."
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IN THE EYE OF THE BEHOLDER
Fanfiction[𝐕𝐄𝐑𝐊𝐖𝐀𝐍] Vernon é um meio-demônio, e crescer sofrendo preconceito e vendo as pessoas o evitarem por sua aparência assustadora o fez sozinho e sem amigos pela maior parte de sua vida. Seungkwan é um sopro de ar fresco, recém-chegado na facul...