IN THE EYE OF THE BEHOLDER

Capítulo 15

Seungkwan insistiu em acompanhar Vernon até a rodoviária, onde ele pegaria um ônibus para o aeroporto.

Ele está alegre e animado como sempre, batendo a bengala no chão no ritmo da música que está murmurando entre suas palavras, e Vernon está brincando e rindo como sempre faz. Mas há uma tensão escondida entre eles, cintilando como fios delicados. O céu é vívido e garrido acima deles, um oceano brilhante e azul que reflete superficialmente o mundo abaixo como um espelho gigante e opulento. Vernon continua olhando para o reflexo de safira distorcido de si mesmo acima dele, como ele era diferente comparado a Seungkwan. Ele continua pensando sobre o fato de que se ele realmente tiver sucesso, se ele voltar triunfante e exultante com um feitiço agarrado em seus dedos lascados e arranhados, ele pode ser horrível o suficiente para perder Seungkwan para sempre.

"Você está pronto?" Seungkwan pergunta. Ele está tentando soar otimista, mas pareceu ainda mais preocupado. "Conseguiu o passe?"

"Sim." Deus, ele espera que a dica de Seungcheol sobre o cara chamado Jihoon funcione. Ele não podia se dar ao luxo de levar seu passaporte consigo na possibilidade de sua mãe descobrir e pensar que ele está fugindo do país, e também estava fora de cogitação gastar centenas de dólares em uma passagem. Se Jihoon do check-in não puder ajudá-lo, então não há mais nada que ele possa fazer.

"Dinheiro?"

"Tudo que eu tinha jogado por aí."

Seungkwan assente, depois se inclina para mexer na gola do suéter xadrez de Vernon e alisar as rugas que ele não realmente consegue ver. Isso está começando a parecer muito com os casais chorosos de programas de TV e filmes que precisam dizer adeus, toda a triste música de violinos chorando no fundo enquanto eles tentam desesperadamente fingir que não estão chateados, falando casualmente e arrumando as roupas um do outro porque eles querem fazer o momento durar o máximo possível. Isso é... quase exatamente assim. Vernon vê as mãos de Seungkwan começarem a tremer, então ele as alcança e envolve seus dedos em nós suaves e macios, abaixando-os gentilmente de volta para baixo.

O queixo de Seungkwan está tremendo. "Você realmente têm que ir?" Ele choraminga. "Eu só- está começando a me atingir, sabe? O que estamos fazendo agora. Invadir a casa de uma feiticeira já era loucura o suficiente para mim, mas agora você está planejando ir ilegalmente para New Sheol, e eu sei que os demônios não são tão assustadores quanto todo mundo faz parecer mas ainda assim continua sendo um mundo desconhecido e você estará sozinho e- Jesus, estou tão apavorado agora, Vern. Estou com medo de você se meter em grandes problemas, seja no aeroporto ou no reino dos demônios. E estou com medo de que você encontre um feitiço e eu recupere minha visão. Estou com medo de tudo."

As mãos de Vernon, ainda ao redor das dele, puxam-no suavemente para um abraço. Seungkwan enterra seu rosto na curva de seu pescoço como se ele nascesse para se encaixar lá, a peça de quebra-cabeça perfeita, e Vernon fecha os olhos brevemente para que ele possa memorizar a sensação da gravidade de Seungkwan contra a sua, o cheiro de seu shampoo de melancia, a maneira como Seungkwan o apertava forte como se estar nos braços dele o fizesse sentir seguro.

"Eu vou ficar bem, Kwannie," diz ele, mesmo que não acredite em si mesmo. "Eu estou indo para o reino dos demônios, e vou encontrar um feitiço para você. Eu voltarei antes que você perceba."

"Você não tem que fazer isso, você sabe. Nós não precisamos me mudar. Eu vou ficar bem."

Vernon está tão, tão tentado. Basta ligar, voltar para casa, assistir musicais e tomar sorvete e conversar sobre o que vier à mente, e nada terá que ser diferente. Nada precisará quebrar seu coração. "Você realmente seria feliz assim, Seungkwan? Sendo cego para sempre? Nunca sendo capaz de ver? Você realmente ficaria bem com isso?"