Boliche

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Nem preciso dizer que aquela semana passou voando.

Eu e Hyukjae não podíamos nos ver sozinhos que já nos escondíamos em algum canto pra ficarmos nos agarrando. Precisei persuadi-lo algumas vezes pra não matarmos aula. A tensão entre nós só crescia e ficava cada vez mais difícil ficar só no beijo com ele.

Sem contar as noites que eu me masturbava pensando em tudo que fizemos durante o dia.

Mas, fora isso, foi uma semana como qualquer outra. Tivemos aula normal, eu fui pro clube de fotografia e editei as fotos do jogo junto com Sungmin, dei aula de história pra Hyukjae - ou tentei porque toda hora ele tentava me atacar e eu precisava gritar e emburrar a cara pra que ele obedecesse. Tudo correu como sempre e, na quinta-feira, fui embora feliz pois sabia que, logo, Ryeowook estaria comigo.

Fui buscá-lo na rodoviária porque, logicamente, ele não sabia onde eu morava, já que nunca foi na minha casa e era de outra cidade.

Assim que o avistei de longe, todo pequenininho e com a sua mochila nas costas, eu sai correndo e o abracei como se não nos víssemos há anos.

- Ai, chega, vai me matar sufocado! - reclamou e eu o soltei.

- Eu senti tanto a sua faltaaaa - choraminguei agarrando seu braço.

- Também senti a sua, meu dengo - sorriu e fez carinho no meu cabelo - Como estão as coisas?

Fomos caminhando em direção ao ponto enquanto eu contava pra ele tudo que havia acontecido naquela semana.

- Meu deus, vocês não se desgrudam não? - comentou, enquanto sentávamos no ônibus.

- Não... mesmo quando estamos com os amigos dele, nós estamos de mãos dadas ou fazendo carinho um no outro.

- Vocês parecem o casal mais grudento e enjoado do mundo. Odiei.

- VOCÊ DISSE QUE APOIAVA A GENTE!

- Mas foi antes de saber desse grude. Cruzes, os amigos de vocês são guerreiros demais.

Emburrei a cara e cruzei os braços. Aquilo só serviu pra Ryeowook rir de mim e seguir contando sobre como estavam as coisas na cidade dele.

Quando chegamos na minha casa, eu não sabia qual de nós estava mais nervoso e o nervosismo dele estava me fazendo surtar ainda mais.

Minha mãe surgiu com o seu sorriso simpático - ela parecia mais animada do que o normal - e cumprimentou Ryeowook, o arrastando direto pra cozinha para que jantássemos.

Tudo correu perfeitamente bem e, logo, estávamos no meu quarto.

Estava arrumando a cama no chão para Ryeowook quando meu celular tocou.

- É O HYUKJAE - Wook gritou quando pegou o aparelho antes de mim.

- ME DÁ! - tentei pegar, mas ele se esquivou e atendeu.

- Alô - disse e começou a rir - Aqui é o melhor amigo do Donghae. É minha vez de curtir ele um pouquinho, não acha? - ficou um tempo em silêncio e riu de novo - Também estou doido pra te conhecer. Que tal sairmos amanhã? - afirmou com a cabeça e eu já estava me coçando querendo arrancar o telefone da sua mão - Eu não faço ideia de que lugar seja esse, então vou passar pro Donghae pra vocês combinarem. Beijo, até amanhã - sorriu e me entregou o aparelho.

- Oi? - atendi.

- Oi, princesa - sua voz penetrou no meu ouvido e eu apertei o celular.

Partes com raiva do apelido e partes com vontade de atravessar minha língua na garganta dele.

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