“Atiramos o passado ao abismo, mas não nos inclinamos para ver se está bem morto.”✍
Arizona Robbins
É engraçado como o passado, pode voltar ao nosso presente com tanta facilidade.
Meu coração apertou ao saber o que a ex da Callie fez com ela, como alguém pode ser tão canalha?!
— Me desculpe, por estragar os planos da nossa noite - Calliope disse triste.
— É... você pode compensar, comprando pizza e me dando uma massagem. - eu disse sorrindo.
— Tudo o que você quiser.
— Você não devia ter dito isso - dei um sorriso diabólico com sua resposta.
— Não devia? - questionou me puxando pela cintura.
— Não, mesmo - dei beijos no seu pescoço — Agora fará o que eu quiser.
— E o que você quer? - perguntou.
— Quero que você dance uma música latina - falei em seu ouvido.
— Quer que eu faça isso? - sorriu maliciosa e eu assenti — Droga. Ok. Me espera no quarto. Vou pedir nossa pizza.
Corri para o quarto e comecei me despir, ficando apenas de calcinha e sutiã. Esperando Calliope aparecer.
Eu tremia de ansiedade.
Alguns minutos depois e Calliope apareceu no quarto com uma caixa de pizza nas mãos e a colocou em cima do criado-mudo.
— Ok… - ela falou — Sério que quer que dance? - questionou e eu assenti. — Ok... - pegou o celular e colocou uma música, logo as primeiras batidas da música foram escutadas.
Callie ficou de costas para a cama - onde eu estava sentada - passou as mãos pelas laterais do corpo, até os cabelos, levantando os exibindo seu pescoço e soltando, se entregando a música.
Seu quadril mexendo de acordo com a batidas do refrão cantado por Shakira e Maluma.
♬
Clan-clan-clandestino, oh
Así mismo lo quiso el destino
No busques problemas donde no los hay, los hay, los hay
Clan-clan-clandestino, oh
No te olvides que somos amigos
Yo busco problemas donde no los hay, los hay, los hay
Oh, yeah, oh
Yo busco problemas donde no los hay, los hay, los hay
♬Todo aquele momento era extremamente sexy, a música, a dança, mas principalmente Calliope.
A maneira como seu corpo se movia, seus movimentos calculados e bem executados, o balançar dos quadris, as ondas feitas pela sua barriga, provocavam ondas em meu íntimo.
O olhar. Decifrando as suas ações: prazer, sedução, desejo, entrega.
E cada uma refletia em mim.
A música foi chegando ao fim, Calliope foi parando seus movimentos lentamente, e quando ela estava prestes a parar totalmente, a surpreendi. Tomando-a para os meus braços, suas costas batendo na parede e seus lábios se juntando aos meus.
— Gostou? - ela perguntou assim que nos separamos.
Peguei sua mão e guiei para dentro da minha calcinha.
— O que você acha?
— Acho que você amou - respondeu.
— Sim, eu a.. Aaah - interrompi minha fala com um grito assim que ela me pegou no colo e me jogou na cama.
······
Acordei sentindo olhos em cima de mim.
— Bom dia, minha loirinha - Calliope disse.
— Bom dia, minha latina - respondi e ela me deu um selinho. — Você tem que parar com essa mania de me olhar dormir. - cobri meu rosto com as mãos e ela as retirou.
— Não posso evitar, você parece um anjo dormindo - acariciou meu rosto — Vamos, temos que trabalhar.
— Não, você me quebrou - fiz bico.
— Você não pareceu achar ruim ontem - revirei os olhos — Te faço relaxar no banho, vem - não precisou de mais nada para me convencer.
Minutos depois...
Depois de trocarmos algumas carícias no banho e tomarmos nosso café da manhã, fomos para o hospital, para mais um dia de trabalho.
— Tenho plantão hoje, arg - Callie resmungou ao meu lado depois de vestir o jaleco.
— Eu estava na esperança de dormirmos agarradinha hoje de novo - sussurrei em seu ouvido, enquanto íamos em direção ao balcão.
— Não me provoca, Robbins - beliscou meu quadril — É muita tenta...
— Drª. Torres? - uma voz a interrompeu. Viramos em direção e demos de cara com a ex-agua-de-salsicha-de-callie.
— Penélope? O que faz aqui? - a latina disse com a voz já irritada.
— Serei sua residente hoje, Calliope - ela deu um sorriso malicioso.
Que porra é essa?
Callie Torres
Não
Isso só pode ser uma pegadinha, onde estão as câmeras?!— O QUÊ? - gritei incrédula.
— Sou a nova residente do Seattle Grace - respondeu simplesmente.
— Claro que é - Arizona resmungou ao meu lado, virou para o balcão pegou o prontuário se saiu.
Olhei para Penny que tinha um sorriso debochado no rosto e me virei para ir atrás de Arizona.
— Ei, amor - chamei — Arizona! - ela parou de repente, fazendo meu corpo se chocar com o seu. Consegui manter meu equilíbrio e segurá-la também.
— Por que ela está aqui, Calliope? - perguntou assim que virou pra mim e pude notar seus olhos banhados por lágrimas.
— Eu... Eu não sei - sussurrei.
— Por que o destino é tão injusto? - olhei confusa para ela — Me fez te amar, e trouxe sua ex de volta para tirá-la de mim.
— Ei, ei, ninguém vai me tirar de você - segurei-a pelos ombros — De onde tirou isso?
— É sempre assim, quando as coisas começam dar certo pra mim, vem algo e destrói. - um soluço rasgou de sua garganta.
Segurei sua mão e a puxei para uma sala de descanso.
— Olha para mim - levantei seu rosto pelo queixo — Nada e nem ninguém irá me tirar de você, nada, me entendeu? - seus olhos eram apreensivos. — Eu amo você, Arizona Robbins. Você é a melhor coisa da minha vida. - dei-lhe um beijo suave e apaixonado, afirmando meu amor.
— Você promete?
— Sim, eu prometo. - beijei sua testa — Ninguém irá nos separar.
Nada.
“No fim das contas me sinto feliz
A tristeza não é para mim
E que me importa o que eu vivi
Se me dão o futuro eu não o quero sem ti
···
Ah não me diga não
Se esconde algo dá-me
Porque chegou a hora de estar comigo
Pois o destino assim escreveu
···
Se é amor, me abraça com vontade
Se não é, talvez seja amanhã
Estando juntos o meu mundo se enche de luz
O melhor da minha vida é você”Xxxx
Voltamos com a programação normal, até o próximo cap.
Xoxo.
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A Latina
FanfictionSeattle | Washington | USA Arizona Robbins: Cirurgiã pediátrica, especialista em cirurgia fetal. Criada para ser um bom homem na tempestade. Sucesso na profissão, já no amor... Relacionamento fracassado e um coração metaforicamente, partido. Mazatlá...