18. Celoso

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“Eu sinto ciúme quando alguém te abraça, porque por um segundo essa pessoa está segurando meu mundo inteiro.” 

Arizona Robbins 

— Me desculpe - pedi me virando para a pessoa. 

— Parece que a gente vive se esbarrando, hein...- disse Calliope, me segurando pela cintura para que eu não caísse. 

O toque de Calliope, me causou arrepios, e me inundou de lembranças e de saudade. Saudade de sentir sua pele na minha, sentir seus lábios nos meus, olhar em seus olhos e encontrar a mulher pela qual eu me apaixonei, a mulher que eu amo. 

— Aham... - murmurei, perdida em seu olhar. 

— Ari... - me chamou — Arizona - me chamou novamente, me fazendo despertar do meu transe. 

— O..oi - me ajeitei me soltando dos seus braços.  

— Você está bem? - perguntou preocupada. 

— Ah, sim...só me distraí - ri nervosa — Quer uma cerveja? - mostrei minha garrafa da bebida. 

— Não, obrigada, preciso de algo mais forte – ela coçou a nuca. — Uma dose de whisky, Joe.  -ela pediu para o homem. 

— Desde quando você bebe whisky? - perguntei, pois a latina uma vez me disse, não gostar de bebidas tão fortes. 

— Desde... - ela começou e parou, me olhando intensamente. E logo entendi o que iria dizer. 

— Bom... Salute! - apontei brindei e bebi um gole da minha cerveja. 

— Salute! - virou a dose da sua bebida. — Vou voltar para a mesa, onde estão os outros, você vem? - perguntou e assenti. 

Caminhamos até a mesa, onde estava Alex, Meredith, Derek, Mark, Lexie, Teddy, Kepner e Cristina. 

— Cadê o Owen e o Jackson? - perguntei ao chegar na mesa. 

— Plantão. - Yang e Kepner responderam e assenti. 

— Hum... vocês duas chegando juntinhas, hein?! - Cristina olhou para mim e depois para Callie que estava sentada ao meu lado. — Enfim reataram? - a mulher perguntou. 

— Não - respondi rápido e vi Callie se remexer desconfortável na cadeira. 

— Não... Eu ainda sou a filha da puta traidora. - a morena riu irônica e levantou da cadeira. 

Abaixei a cabeça e suspirei frustrada. Eu odeio tudo o que está acontecendo, odeio que a ex de Calliope tenha aparecido, odeio as lembranças da cena, das duas juntas. Odeio simplesmente o fato de que isso esteja acontecendo comigo novamente. 

Quando Carina me traiu, eu dei a ela uma segunda chance. Por que eu não consigo dar a Calliope o mesmo direito? Todos merecem uma segunda chance, ela merece uma segunda chance. 

— Preciso de mais bebida – soltei de vez, quebrando o silêncio desagradável que estava na mesa. 

— Tequila? - Yang me perguntou, oferecendo a bebida. E logo virei o shot. 

— Adoro essa música - levantei da cadeira ao escutar as batidas de Take Me Out — Vem - puxei April e Teddy. 

— Também vou - disse Lexie nos acompanhando. 

Fomos para a parte reservada para dançar no bar. 

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