17. La Tortura.

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Não importa os dias, as semanas, os meses ou anos que passem. Meu coração sempre vai pertencer a você. Eu sempre irei amar você.”

Callie Torres

3 meses depois...

Esses meses que se passaram foram os mais difíceis da minha vida. Mesmo sem tempo e me dedicando cem por cento ao trabalho, basta um minuto, apenas um minuto, para que eu pense nela.

Arizona Robbins.

Mesmo com os meus esforços a loira não tem facilitado para mim. O que só piora quando tenho Penélope em minha cola, quanto mais eu nego, mais a ruiva insiste, e tem sido assim esses meses.

E estraga minha aproximação com Arizona.

Flashback on:

Acabo de sair de uma longa cirurgia e vou para a sala dos staff’s me trocar, me sinto exausta, como se um trator tivesse passado por mim. Tudo que eu desejo é a minha cama.

Termino de me trocar e saio da sala, mas acabo me esbarrando em alguém, por instinto seguro o corpo que se chocou ao meu, para não cairmos.

— Uff, me descul.. - paro ao me dar conta de quem é — Ari - sussurro ao olhar para a loira.

— O..oi, Calliope - sorri ao escutar como ela me chamou. — Hum... você já pode me soltar - falou apertando meus braços que ainda estavam ao seu redor.

— Ah... é... desculpe - disse soltando a loira e coçando minha nuca. — Eu me distraí - ri nervosa.

— Sempre distraída, Calliope - ela sorriu.

Ela sorriu, como eu sentia falta desse sorriso, dele ser para mim.

— É... Eu sinto sua falta - murmurei de cabeça baixa, falei tão baixo que se a loira não estivesse perto, provavelmente não teria escutado.

— Eu também sinto a sua, Calli...

— Calliope, estava te procurando - Penélope disse se aproximando, e interrompendo a fala de Arizona.

A loira soltou um riso irônico e saiu de perto de nós, tentei chamá-la, mas a mesma ignorou.

Suspirei frustrada.

Droga.

— Nossa que mal-educada, saindo sem se despedir. - a ruiva soltou venenosa, e eu aproveitei sua fala para também sair. — Ei - chamou e ignorei.

Flashback off.

E desde esse dia, sempre que tentava falar com Arizona e Penélope simplesmente aparecia. O que fez Arizona voltar a me ignorar.

Era difícil lidar com as insistências de Penélope, mas o pior era saber que Carina, ex da Arizona tinha decidido continuar em Seattle. E tentava fazer Arizona voltar para ela. Isso não podia acontecer.

Arizona Robbins

Se desde o começo soubéssemos das dores causadas pelo amor, talvez não nos arriscaríamos em amar alguém. Ou quem sabe, se existisse um manual de como evitarmos sofrer uma decepção.

Bem, se soubéssemos das dores, ou se existisse um manual, não saberíamos o que é amar de verdade, não sentiríamos as emoções e nem mesmo aprenderíamos com as brigas, não sentiríamos o gosto de um beijo ou um bom sexo de reconciliação.

Se soubéssemos da verdade, se existisse um manual, evitaríamos as dores e desilusões. Mas também, evitaríamos a chance de descobrir o que é amor de verdade.

Os últimos meses têm sido torturantes, a minha mente oscilando entre a raiva e a saudade. Raiva por ter sido magoada novamente, e saudade de quem meu coração insiste em amar. Calliope Torres.

Essa Latina feiticeira que faz as batidas do meu coração acelerar.

É torturante não tê-la em minha cama para me aquecer nas noites frias, não ter seus doces lábios para beijar, seu abraço para me manter segura e amada.

Por mais que eu tente perdoá-la, sempre que conseguimos nos falar a desgraçada da ex dela aparece, e as lembranças das duas juntas, inundam a minha mente.

Mas, basta eu ver o sorriso de Calliope, que todas as lembranças se apagam.

— Oi, linda - sou tirada dos meus pensamentos, por Carina sentando ao meu lado na cantina.

— Ah, oi Carina - respondi e mordi um pedaço do meu sanduíche.

— Nossa, que animação em ver o amor da sua vida - comenta irônica.

— Cadê? - levanto e finjo procurar.

— O quê? - perguntou confusa.

— O amor da minha vida, porque claramente não é você. - respondi.

— Eu sou, você que não enxerga isso. - disse irritada.

— Me poupe, Carina - limpei minha boca no guardanapo.

— Você deveria nos dar uma segunda chance, Arizona.

— Aí é que está, Carina. Você já teve sua segunda chance e não deu valor. Então, passar bem - me levantei da mesa e saí da cantina.

Narrador

Assim que a loira sai da cantina, Carina bate irritada na mesa, chamando atenção de todos, inclusive de Penny que acabou de entrar no local.

— Está irritadinha? - a ruiva pergunta em tom debochado.

— O que pensa que está fazendo Blake, não podemos ser vistas juntas. - disse a italiana.

— Passando pra avisar, que seu plano não certo. Eu ainda não tenho a Calliope.

— O problema não é meu, talvez o problema seja você - rebateu a morena.

— Bem, pelo que vi.. Você também não conseguiu a Robbins - a ruiva alfinetou.

— Isso é questão de tempo.

Arizona Robbins

Depois de encerrar meu plantão, fui encontrar com meus amigos no Joe’s para descontrair.

Assim que cheguei avistei meus amigos e antes de ir na direção deles, fui até o Joe, pedir uma cerveja, depois de pegar me virei para sair e acabei esbarrando em alguém.

— Me desculpe - pedi me virando para a pessoa.

— Parece que a gente vive se esbarrando, hein...

"Ai, amor, me dói tanto, me dói tanto
Que você tenha ido sem dizer aonde
Ai, amor, foi uma tortura te perder

Eu sei que não tenho sido um santo
Mas posso consertar, amor
Não só de pão vive o homem
E nem de desculpas vivo eu
Só com erros se aprende
E hoje sei que é seu meu coração
Melhor que você guarde tudo isso
A outro cão com esse osso e nos digamos adeus

Não posso pedir que o inverno perdoe a um rosal
Não posso pedir aos ulmeiros que dêem peras
Não posso pedir o eterno a um simples mortal
E andar atirando aos porcos, milhares de pérolas

Ai, amor, me dói tanto, me dói tanto
Que não acredite mais nas minhas promessas
Ai, amor, foi uma tortura te perder"

Xxxxx
Hello, mais um cap. Desculpem a demora.
Deixe seu voto.
E até o próximo capítulo.
Não esqueçam de conferir a nova fic "Cupid Operation"
Xoxo

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