Pequenas "férias"

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- Não é, Millie? – uma voz chama a minha atenção

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- Não é, Millie? – uma voz chama a minha atenção.

Estamos no intervalo, na lanchonete e eu não paro de pensar no que aconteceu ontem à noite e no risco que eu corri.

- Hm, oi? – pergunto voltando a Terra.

- Você esta estranha desde cedo, o que houve? Foi o Finn de novo? – Sadie pergunta preocupada.

- Não, eu... só estou um pouco bolada com o meu pai, só isso. – eu sorrio.

- O que foi dessa vez?

- Hm, ele não para em casa com o trabalho, essas coisas. – eu falo e dou uma mordida no meu hambúrguer.

- Se precisar de um teto, já sabe. – ela fala.

Dou de ombros.

- É bom estar sozinha, às vezes. – falo e o celular dela toca.

- Oi, amor. – a ruiva responde.

- Vou deixar vocês conversando. – eu falo e pego minhas coisas quando a ruiva assente.

Rumo para a biblioteca, preciso terminar um trabalho para hoje. Quando viro no corredor, esbarro em alguém e meus livros caem.

- Caralho hein! – xingo e me abaixo.

- Foi mal, Millie. Não te vi. – Era Caleb.

- Tudo bem, Caleb. Estava distraída também. – respondo e noto que ele está com uma cara péssima – Aconteceu alguma coisa?

Ele balança a cabeça.

- Não, deixa pra lá.

De todos os garotos, eu gostava mais do Mclaughlin. Apesar de ser muito galinha, ele era o menos idiota de toda a turma.

- Aconteceu algo. Me conte. Sou ótima em dar conselhos. – eu minto.

Ele suspirou.

- Eu só não dormi bem a noite – ele fala me entregando minhas coisas.

Pego na mão dele e o arrasto para a biblioteca e coloco minhas coisas em cima da mesa. Caleb massageia suas têmporas e dá um suspiro.

- E então, não vai me contar? 

- Estou apaixonado por uma garota.

Interessante...

- Não queria estar na sua pele, garoto. – dou uma batidinha em suas costas. Ele ri um pouquinho.

- Quem quereria? 

- Boa pergunta. Posso saber quem é?

Ele balança a cabeça.

- Deixa para lá. Acho que já é tarde demais. Ela está namorando. – ele diz e pega sua mochila – De qualquer forma, obrigado por tudo – ele diz e sai.

- Nossa... – digo baixinho e dou de ombros.

Depois de terminar o trabalho vou me encontrar com Sink e vamos juntas para a aula de química.

No meio da aula, Dacre entra para dar um aviso. Meu coração acelera ao ver aquele pedaço de mau caminho. Ele sorri ao me ver.

- Bom dia, alunos. – ele diz e as meninas suspiram, inclusive eu.

- Bom dia. – respondemos.

- Bem, passei aqui para avisarem que amanhã e depois não haverá aula – mal ele terminou e a galera começou a gritar.

- Por que, Dacre? – pergunto numa voz melosa e ouço Wolfhard bufar atrás de mim.

- Estaremos recebendo alunos da escola de Michigan, eles irão jogar contra os meninos – ele gesticulou para o cacheado e sua turma – Então precisaremos de espaço. Acho que vocês não acharam ruim.

- Claro que não – sorri e ele piscou para mim.

- Acho que vou vomitar – Finn murmurou.

- Foda-se. – murmurei baixinho para ele.

- Vem comigo – ele diz.

- Bate uma.

- Malvada.

- Idiota.

- Então, é isso. Voltaremos com o horário normal daqui a dois dias. Obrigado. – o diretor diz e sai.

Comemoramos nossas pequenas "férias" na sorveteria em que ficava em frente ao colégio. Jaeden chegou lá e colocou braço em volta dos ombros de Sadie. 

Olhei para Caleb, que estava perto do cacheado, e vi quando ele saiu a passos largos e Finn o seguiu.

- Volto já – disse para Sadie e Jaeden.

Sai da sorveteria e vi que eles atravessavam a rua. Corri até eles.

- Calma, cara. Vai dar tudo certo- escuto Wolfhard falar.

- Não vai dar porra nenhuma certa, Finn. Você não a viu? – Mclaughlin responde irritado.

- Caleb! – grito e eles param e olham para trás.

- O que foi, Millie? – o moreno suspirou.

- Pode me deixar a sós com Caleb? – pergunto educadamente para Wolfhard, que sem responder, sai.

Olho para Mclaughlin e vejo que ele está sofrendo de verdade. 

Que droga.

- Você gosta da Sadie, não é? 

Ele dá de ombros.

- Não importa. Ela está bem. – ele diz.

- A culpa é minha. Eu que aconselhei-a a ficar com outro. Ela gostava de você bem antes, sabia?

Ele negou com a cabeça.

- Droga – resmunguei.

- Você não tem culpa Mills. Eu que não prestei atenção nela. Só pensava em farrear, em transar - ele suspira – A culpa é minha.

- Posso fazer algo por você?

Ele suspira.

- Só cuida dela, tá? E se aquele idiota fizer alguma coisa que ela não queira, você me diz e eu acabo com a raça dele.

Dou um sorriso.

- Nós acabamos – eu respondo.

Quando voltei para a sorveteria Sink estava sozinha.

- Para onde você foi? – ela pergunta.

- Eu... eu fui conversar com o Wolfhard. Brigar, xingar, bater... Você sabe. – menti.

- Hm, o Jae nos convidou para a ir a boate hoje. Vamos?

- Ainda estou de castigo, lembra?

- Eu digo que você vai dormir na minha casa.

- Pode ser, acho que preciso de uma distração. 

serial killerOnde histórias criam vida. Descubra agora