Eu tenho uma explicação

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Eu não podia acreditar no que eu estava vendo

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Eu não podia acreditar no que eu estava vendo.

Meu pai vivo. Diante de mim, com um sorriso no rosto. Minha cabeça dava voltas e meu coração batia rapidamente.

- Como? Por quê? Por que esta aqui? Tipo, vivo. – consegui pronunciar.

Ele abriu os braços e deu um passo para mim, eu recuei.

- Eu sei que tudo parece confuso, meu filho. Mas eu explicarei. – ele disse.

Ele não parecia com o meu pai de antes. Ele estava mais forte, mas bronzeado, como se viesse de uma viagem de férias. Seu rosto limpo, ninguém notaria que ele tivesse 40 anos.

- Claro que vai me dar uma explicação, afinal todos pensavam que o senhor estivesse morto. – eu falei com uma voz dura e depois olhei para a minha mãe que ainda não havia dito nada. – Então era esse o seu trabalho de urgência- eu falei e ela concordou.

- Olha, Finn, eu sei que parece tudo confuso, mas eu tenho uma explicação e depois vamos poder voltar tudo ao que era antes. Vamos voltar a ser uma família feliz. – ele disse sorrindo.

- Não, não acho que possamos voltar a formar uma família feliz. Você morreu, não foi? – eu disse e Millie apertou minha mão, me dando força.

- Não fale assim com seu pai, Finn. Ele vai te explicar tudo. – ela falou.

- Ah, vai mesmo. – eu falo e o encaro.

- Mas não agora, seu pai está cansado e precisa descansar. Amanha nós conversaremos. – minha mãe diz e olha para Millie sorrindo. – Olá, Millie, eu peço perdão por esse incomodo.

- Não, senhora, eu... eu acho que é melhor eu ir. – ela responde e minha mãe assente.

- Bom, vejo que você e Finn se acertaram, finalmente – minha mãe sorri e a abraça.

Millie sorri.

- Sim.

- Oh, que ótimo, então. – minha mãe olha para o meu pai.

- Sua namorada é muito bonita, meu filho. – meu pai diz apertando a mão de Millie.

- Obrigada, senhor. – ela parece desconfortável.

- Eu vou deixar Millie em casa. Volto daqui a pouco. – eu falo para a minha mãe e puxo a castanha pela mão.

Sozinhos no carro, eu bato minha cabeça na direção. Millie se move para perto de mim e me abraça.

- Como você está? – ela pergunta baixinho.

- Foi um dia terrível. O pior da minha vida. Era tarde da noite quando o hospital nos ligou e disse que ele havia sofrido um acidente. O corpo havia sido carbonizado, não tínhamos como saber quem era, mas havia a documentação. Eu fui ao velório dele. Nunca havia chorado na vida como chorei naqueles dias. Passou muito tempo até que eu conseguisse jogar de novo, ou fazer qualquer outra coisa. E agora ele chega sorrindo como se nada tivesse acontecido e quer que eu o abrace como se fossemos uma família feliz?? Aaah, por favor! – eu gritei e soquei o volante.

A castanha me aperta mais e beija meu pescoço.

- Eu sei que tudo parece confuso, Finn, mas ele deve ter uma desculpa muito boa para isso tudo, você vai ver. – ela me diz.

Respiro fundo e balanço a cabeça.

- Tem razão, eu acho que exagerei. Acho que vai ser uma boa ter meu pai de volta, não é? – forço um sorriso para ela.

- Claro que sim. Pense nas coisas legais que vocês colocarão em dia? – ela sorrio – Só não me deixa de lado, eu posso ficar furiosa com isso. – ela me da um meio sorriso.

- Não vou te deixar nunca. – falo trazendo-a para mais perto de mim.

- Eu também não. Mas agora vamos, que meu pai deve estar nos esperando com uma pistola. – ela diz.

Ligo o carro e sorrio ao imaginar a cara do pai dela a me ver.

- Sim, senhora. – falo sorridente




Conforme tinha pensado, meu pai ficou muito feliz em saber que finalmente Finn e eu estávamos juntos

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Conforme tinha pensado, meu pai ficou muito feliz em saber que finalmente Finn e eu estávamos juntos. Ele parecia feliz em saber que eu não ia ficar para a titia.

Que legal.

Logo que ele saiu eu subi e tomei um banho e liguei para Sads, estava curiosa para saber o que havia acontecido, mas a chamada entrou na caixa postal.

Depois de três tentativas eu desisti e peguei no sono.

Essa noite foi incrível.

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