Millie Bobby Brown e Finn Wolfhard não se suportam. Desde o a infância trocam farpas e brigas, todos no colégio sabem que não devem se meter entre os dois.
Mas tudo muda quando os dois são testemunhas de um assassinato. E agora eles terão que junta...
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Ele colou seu corpo ao meu, e meu corpo reagiu de forma totalmente diferente da minha cabeça. Minha pele arrepiou, e eu fiquei pasma, só ali, assistindo ao que ele fazia comigo.
- Está vendo?- ele sussurrou no meu ouvido, me fazendo estremecer.
- Sai de cima de mim ou...
- Ou o que? – ele disse e mordeu o lóbulo da minha orelha. Arfei e ele sorriu.
- Isso é loucura. Eu odeio você.
- Eu também te odeio – ele disse sério.
- Então saia de cima de mim.
- Não posso.
- Por que?
- Não sei – ele falou frustrado - Só sei que se não te beijar agora, vou morrer – e assim ele esmagou seus lábios nos meus.
Não sei o que deu em mim, só sei que eu o agarrei com todas as minhas forças e o ouvi gemer sob minha pele. Suas mãos passeavam sob minha cintura, com força, enquanto eu arfava e gemia.
O que diabos deu em mim?
Sua língua se concentrou no meu pescoço e dava pequenas mordidas, e eu arranhava suas costas com minhas unhas.
O barulho da porta me fez empurra ele, que caiu no chão.
- Desculpe interromper, garotos – meu pai disse sorrindo e subiu as escadas.
Respirei fundo e me levantei arrumando minha roupa.
- Acho que é melhor você ir embora – falo.
- Mas...
- Vá embora, Finn – eu digo abrindo a porta.
- Você não vai conseguir fugir disso. Eu também tentei – ele me disse ao passar.
Bati a porta com força e depois gritei chutando as coisas que estavam no chão.
- Que droga – resmunguei ao ir para o meu quarto.
No dia seguinte tive uma conversa com Sadie.
- Você é uma maluca, sabia? Ir atrás desse assassino sozinha! – ela reclama.
- Como você descobriu?
- Vi um bilhete estranho e perguntei pro Finn. Naquele tempo vocês viviam conversando e não brigavam, então eu pensei que vocês estavam se pegando, mas depois eu percebi que era muito mais sério.
- O pior de tudo é que não consigo me lembrar de nada. Nadinha! Argh... estou começando a me estressar – falo me deitando na cama.
- Acalme-se e não faça nenhuma besteira, conversei com Finn e ele disse que ia te vigiar dia e noite caso seu "amigo" queira te ver de novo.
- Não quero Wolfhard de babá.
- Você não tem escolha, querida. Já parou para pensar na merda que você fez? Um serial killer está atrás de você, Millie. E você está ai, como se nada estivesse acontecendo.
- Parece que tudo isso é um pesadelo, sabe? O acidente, o Wolfhard, tudo. E depois vou acordar e tudo vai voltar a ser como antes, entende?
- Queria muito de dizer isso, mas infelizmente isso é real, amiga. E você está correndo perigo de vida – ela diz e o seu celular toca.
- Fala, Jae – ela atende – Estou na Millie... Sim, estamos sozinhas... Não, não dá. Hoje vou dormir aqui com ela... Ok, beijos – desliga.
- O que foi? – pergunto ao ver a cara dela.
- Jaeden está estranho ultimamente, sabe? Não é aquele cara doce de antes.
- Termina com ele, então.
Ela balança a cabeça.
- Já tentei, mas cada vez que quero iniciar uma conversa ele muda de assunto e depois, sei lá...- ela diz e suspira.
- Eu terminaria numa boa – disse – E ficaria com o Caleb – falo e ela joga uma almofada em mim.
