VINTE E UM

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Minha cabeça doía um pouco, por causa da bebida, mas ainda tinha a consciência do que estava acontecendo

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Minha cabeça doía um pouco, por causa da bebida, mas ainda tinha a consciência do que estava acontecendo. Porém, por mais que minha boca dissesse alguma coisa, meus pensamentos eram completamente diferentes. Depois de ter começado a beber, um garoto veio até mim, tentar puxar conversa. Depois ele me arrastou para dançar, e eu meio sem juízo, dancei com ele.

Eu estava magoada com Montserrat, ela pareceu perceber que eu estava triste, mas não deu bola, me deixou sozinha, eu já deveria saber disso. Quem quer ser amiga de uma menina como eu? Só queria que minha "amiga" soubesse que está doendo aqui dentro. O choro preso na garganta. Pensei que amigos ficassem um do lado do outro, que os apoiariam e estariam dispostos a todo o momento. Mas não é assim. Ela não liga. Diz que liga, mas não LIGA MERDA NENHUMA. Eu só queria que ela viesse até mim e me perguntasse de verdade se eu estou bem ou não, mas sem ser por obrigação, ou que depois pelo menos me mandasse alguma mensagem.
E quando manda, ou está me chamando para ir à algum lugar, ou para falar do Felix.

Conseguindo ver ela daqui, vejo o quanto ela está ocupada com o seu namorado.

Aquele garoto que dançava comigo, até que fazia eu me esquecer do que havia acontecido mais cedo. Logo depois, ele me puxou até o estacionamento, minha cabeça doía um pouco, e sentia vontade de dizer que queria voltar e falar com a minha amiga o que estava sentindo, porém eu não conseguia dizer nada.

Eu estava ficando triste, e eu não sabia o motivo. Talvez seja o álcool mexendo com minha cabeça, me trazendo pensamentos ruins, pensamentos que sempre me machucaram. Estava tendo crise existencial novamente, como se isso fosse novidade para minha saúde mental. Isso me faz me lembrar de como tenho me sentido nesses últimos dois anos. O que me machuca mais, é que quando criança eu não sabia que era tão feliz. Mas agora, agora eu sei. Eu não estou feliz. Eu não sei dizer se estou bem, pois eu não sinto nada, mas ao mesmo tempo eu sinto tudo.

Quando comecei a perceber as coisas à minha volta, vejo o garoto novamente. Ele me parecia familiar. Me lembrei. Ele é aquele menino que estava falando com o Hyunjin na aula de educação física. O garoto me dizia algumas palavras que eu não conseguia identifica-las muito bem. Logo sinto ele segurando fortemente minha cintura, afundando seu rosto em meu pescoço, depositando alguns beijos.

Comecei a empurra-lo mas eu não conseguia. Isso que dá não comer direito. Não tem força para nada. Vive cansada, desanimada e cabisbaixa.

Em um flash de luz, ele não estava mais grudado à mim, e sim caído no chão com Hyunjin sobre ele, iniciando vários socos em seu rosto. Nao, já um pouco longe gritava de desespero, pois saia sangue da boca do garoto da aula de educação física. Logo ele já não estava mais consciente, com os seus olhos fechados, aceitando Hyunjin o bater.

— Hyunjin, porfavor para! — peço tentando me aproximar do garoto, que me ignorava.

Eu estava ficando preocupada com a situação, Hyunjin poderia mata-lo se isso continuasse.

CLOSER TO LOVE ❥ Hwang Hyunjin - REFORMAOnde histórias criam vida. Descubra agora