Lee Saeko, uma menina um pouco triste, não acredita muito no amor por nunca senti-lo, até que mudou após conhecer um rapaz que no início era um muleke em um corpo de homem. Mas assim que se conheceram melhor, o garoto mudou.
Hwang Hyunjin tenta con...
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Depois que recebi a mensagem, fui logo tomar um banho e vestir uma blusinha branca mais folgadinha com uma calça jeans bem clarinha. O relógio marcava cinco horas da tarde, e a medida que chegava perto das nove, meu corpo paralisava e a ansiedade aumentava. Estava mais do que certa de que iria contar de uma vez para Hyunjin sobre meus sentimentos. Mas será que essa seria o melhor momento? Será que eu deveria esperar mais? O medo de me machucar era gigante, mas minha vontade de ficar com ele era maior, mesmo que isso me custe aquele sentimento ruim voltar. Eu estaria me jogando de cabeça.
Minha mãe ao perceber que estava demorando de mais no quarto depois do banho, veio bater em minha porta e logo entrando no meu ambiente de conforto.
Levo um leve susto.
— Porque demora muito para descer? — questionou ela, se aproximando de mim.
— Aí omma! Você me assustou — fiz um pouquinho de drama, porque não me assustei tanto assim.
Ela revirou os olhos.
— Está se arrumando por quê? Vai se encontrar com aquele menino? — questionou autoritária — Eu esqueci de pedir. Eu quero uma foto do garoto! Quero ver se seu gosto é melhor do que a da sua prima.
— Omma, para de chamar o namorado dela de feio. Cada um tem seu gosto.
Ela refletiu um pouco.
— Pois é. Gosto é igual bunda, cada um tem o seu. Mas eu ainda quero uma foto desse menino.
Lembrei do dia em que ela brigou comigo porque eu estava embriagada dormindo na casa de Hyunjin, mas se eu contasse que era ele, minha mãe nunca que aprovaria meu relacionamento com o garoto. E ela teria um pouco de razão em não gostar disso.
— Você já viu ele.
Ela arregalou os olhos.
— Quando!?
— Lembra quando você saiu e me deixou em casa e eu fiz faxina? — minha mãe assentiu — E quando você chegou tinha algumas pessoas. Então! Ele estava no meio.
Ela pensou.
— Sério? Eu cumprimentei tão rápido que nem vi direito os rostos deles. — Dei um leve riso. Ela se virou para sair do quarto, mas logo olhou em minha direção — Nem pense em trazer garotos aqui. — Ordenou, e saiu do quarto, me deixando sozinha.
Me olhei novamente no espelho, tendo a certeza de que estava pelo menos bonitinha. E passei as horas fazendo vários nada, enquanto ainda não chegava o horário. Já era oito da noite e minha mãe me chamou para jantar, e assim jantamos com meu pai juntos à mesa. Quando já estava se aproximando do horário, escutei a buzina do carro de Felix junto à Montserrat que me esperavam. Me despeço de meus pais, dizendo que voltaria antes das onze e meia.
Eles apenas me deixaram ir, porque sabiam que eu não iria em um lugar onde eu correria perigo. E prometi que nunca mais beberia.
Já faltando apenas algumas quadras até a casa de Hyunjin, meu coração parecia querer saltar do peito, e mexia minhas mãos freneticamente, com as pernas muito inquietas. Eu iria contar esta noite, e se passasse sem dizer, sentiria um ódio eterno por mim mesma. O carro parou. Chegamos. Ai. Meu. Deus. Se acalma, menina! Não deve ser tão difícil quanto parece, só respira fundo que tudo vai dar certo. Só esperar o momento e contar de uma vez.
