VINTE E TRÊS

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Tento novamente colocar o algodão em seu machucado, que tinha começado a sangrar

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Tento novamente colocar o algodão em seu machucado, que tinha começado a sangrar. Hyunjin novamente segurou minhas mãos com força. Com isso, ele me puxou para próximo de sí, e fiquei com meu olhar preso no seu. Nossos rostos perto um do outro, sentindo sua respiração quente.

— Saeko eu... — começou o garoto, ainda segurando minhas mãos. — Eu gosto de você.

Ele estava olhando fixamente em meus olhos.

Não sabia que expressão fazer, nem o que falar. Parecia que meu mundo tinha parado naquele instante. Eu já havia escutado isso umas duas vezes na minha vida, mas nunca acreditei, pois isso não passa apenas de palavras. Mas eu queria acreditar. Estava feliz. Pois, eu não sei bem se eu gosto mesmo de Hyunjin, mas sei que ele começou a mecher comigo de uns tempos para cá. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH.

— Não precisa me dizer nada. — Sorriu.

Eu queria dizer que talvez eu sentisse o mesmo, mas ainda tinha medo. Eu sei. SAEKO SUA IDIOTA. Diga alguma coisa! Não o deixe sem resposta! Fala! Fala! Poxa, o gato comeu sua língua?

— Eu... — FALAAAAAAA! — Preciso ir. — Dou um sorriso sem jeito.

Me viro de costas para o mesmo e aceno um tchau para o garoto, logo fechando a porta do quarto, agora não tenho mais visão de Hyunjin, nem ele de mim.

EU TE ODEIO SUA IDIOTA! Comecei a sentir um ódio da minha pessoa. Porque eu tenho que ser tão medrosa em relação à isso? Você só se magoou uma vez. UMA VEZ! Não significa que você vai se magoar denovo.

Me sento em um banco que tinha ali perto e fico por um longo tempo de cabeça baixa. Logo percebo que as lágrimas tampavam minha visão. Eu queria não ser tão insegura. Eu queria de verdade. Olho para o relógio da escola, na intenção de ver a hora, e me assusto porque já era para mim estar em casa. Pego minha bolsa que estava no chão e coloco em um lado do meu ombro. Caminho até a saída. Assim que já estava no gramado, parei de repente.

Merda! Deixei meu celular na mesinha de curativos do Hyunjin. Agora vou ter que voltar lá. Aí que vergonha!
Dou meia volta. Chego na enfermaria e vou em direção ao quarto de Hyunjin. Mas não abro a porta, pois escuto gritos de um homem vindo daquele cômodo. Do quarto ouvia-se xingamentos. Minha intenção não era prestar atenção na conversa, mas não pude evitar. O homem dizia algo sobre sua empresa, sobre o casamento de Hyunjin com Nao, sobre o irmãozinho estar no hospital e que Hyunjin era um péssimo filho, que deveria algum dia se tornar homem e não ser pelo resto da vida, um tranqueiro.

Logo a porta foi aberta e levei um grande susto. O homem de terno olhou em minha direção, com sua cara fechada, cheia de fúria. Depois ele simplesmente se virou, e caminhou até a saída da enfermaria. A porta do quarto estava aberta e eu conseguia ver Hyunjin jogando seu travesseiro com tudo no chão, e logo dando puxões em seu cabelo, rosnando.

Esperei ele se acalmar e logo fui pegar meu celular.

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CLOSER TO LOVE ❥ Hwang Hyunjin - REFORMAOnde histórias criam vida. Descubra agora