VINTE E OITO - PARTE DOIS | Lee Saeko

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LEE SAEKO

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LEE SAEKO

Saímos daquela residência e Hyunjin foi igual bomba para o seu carro. Eu logo atrás. Ver toda aquela cena me deixou desconfortável. Entramos no seu automóvel e o garoto começou a chorar alto e desesperado, desmoronando ali no volante, dando socos e vários socos.

Eu queria tentar reconforta-lo, de alguma maneira que o ajude de verdade.

— Ele vai ficar bem — digo, colocando a mão em seu ombro.

Ele imediatamente respondeu.

— NÃO! CARAMBA! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! ELE NÃO VAI FICAR BEM! — gritou.

Arregalei os olhos, tirando minha mão de seu ombro. Desviei o olhar dele. Meu coração se apertou. Meus olhos imediatamente se encheram de água. Senti o constrangimento me consumir e nem sabia mais o porque de mim estar ali, sendo que sou uma inútil que não sabe nem mesmo ajudar alguém em uma crise. Mas também, eu não sei nem mesmo me ajudar, como conseguiria ajudar os outros?

Viro minha cabeça para o lado de fora, pois assim, eu poderia chorar sem que ele visse. Pois é, a única coisa que eu sei fazer. Chorar. Só isso.

— Vou te levar para casa — disse o garoto depois de um tempo.

Apenas assenti que sim e assim ele começou a dirigir.

Acho que nunca imaginei que Hyunjin gritaria comigo, nem passava pela minha cabeça. Mesmo que ele não gostasse de alguma coisa, imagino que só guardasse para ele mesmo, mas nunca para mim. Eu sempre acho que alguém está falando mal de mim pelas costas, ou que finja gostar de mim. Talvez isso seja apenas coisas da minha cabeça, mas eu não sei o que fazer para parar com isso.

Enquanto íamos a caminho de minha casa, eu nem olhava para o garoto. Não queria que ele visse algumas das poucas gotas de lágrimas caírem. Notava que, às vezes Hyunjin me olhava, mas ele não dizia nada. O que só piorava o fato de mim me sentir insuficiente.

Lee Saeko, como você é dramática, como você é sensível para tudo. Ninguém pode dizer um a, ou apenas olhar torto que você já começa a chorar, começar a se xingar, se diminuir de todas as formas possíveis.

Assim que chegamos, Hyunjin estacionou próximo a porta de minha casa.

Hesitei em sair, eu não queria que só ficasse por isso. Queria muito poder ajudar. Meu corpo estava trêmulo, precisava pensar em algo, mas nada entrava na minha mente. Abri a porta e ameacei em sair, mas logo o olho, tirando coragem até do estômago para dizer algo.

— Não vá dormir muito tarde. Você precisa ir para a escola amanhã. E... fiquei sabendo que anda com risco de reprovar se faltar muito — suspirei, abaixando o olhar — Fique bem.

Finalmente sai e corri até para minha casa, sem deixar que ele dissesse alguma coisa. Entrei na minha residência e corri para meu quarto, percebendo que todas as luzes estavam desligadas. Então, presumi que meus pais estivessem dormindo. Assim que já estava arrumando o edredom na cama, a porta do meu quarto se abriu e minha mãe entrou, tentando não fazer muito barulho.

CLOSER TO LOVE ❥ Hwang Hyunjin - REFORMAOnde histórias criam vida. Descubra agora