CALEB PARTE 2

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Ela também se levanta me olha espantada e diz:

- Por que isso agora Caleb, você sabe que eu também gosto de você, tu é como um irmão pra mim!

- Você não está entendendo, eu gosto de você como o Ross gosta da Rachel, como o Smeagol gosta do anel, você é a minha preciosa Aria- Quando digo isso parece que o mundo era um peão por que estava tudo girando, e eu sentia meu estomago revirar.

Depois que eu disse aquilo a Aria ficou paralisada, ela estava sem reação, não dizia uma só palavra, era como se eu tivesse dado a notícia de que o mundo ia se acabar, então aquela sensação no meu estomago aumentou e eu me abaixei e comecei a vomitar, foi só aí que a Aria saiu daquele transe dela e foi me ajudar. Com isso o Caio chegou com o carro e o pessoal chamou a gente para ir, eu parei de vomitar e a Aria me ajudou a me levantar e me levar até o carro.

A Sophia não conseguiu falar com sua mãe, então tivemos que ir no carro do Caio, e como éramos em seis, a Valentina foi sentada no colo da Sophia e eu dormir o percurso todo até a minha casa, eu sentia que ia colocar os rins para fora, o que foi um alivio quando dormir, mas antes de eu despencar com a minha cabeça no colo da Aria, me lembrei da minha confissão de amor para ela e meu estomago começou a se revirar e fui obrigado a abrir a janela do carro e vomitar, ouvindo vários "que nojo", "desce do carro" e "não chega perto de mim assim".

Quando enfim cheguei em casa, o Lucas se prontificou a me levar ate a porta da minha casa (algo bem humilhante, eu admito), mas na verdade eu não conseguia nem ficar em pé sozinho, e se minha mãe me visse naquela situação, seria um papo sem fim sobre confiança e responsabilidade, então aceitei sua ajuda. Consegui chegar ao meu quarto sem derrubar nada, o que foi uma grande vitória, mas despenquei na cama com roupa e tudo e acordei umas 3 horas da tarde pela minha mãe preocupada pois eu não tinha levantado para almoçar, eu recusei o convite para almoçar, pois eu sentia que não ia segurar nada na minha barriga, e fui tomar um banho, pois estava fedendo a Whisky velho e chulé.

Quando saia do banho, escutei a minha falando com alguém na sala, o que parecia ser a voz da...

- Oi Caleb, sua mãe disse que eu podia entrar.

- A oi Aria, - lembranças da noite anterior me vieram a mente, inclusive a que eu confesso que eu gosto da Aria, e isso me atingiu como se fosse um soco no estomago, e naquele momento a minha dor de cabeça que parecia que ia me matar, eu já não sentia mais.

- Como você ta? - Ela diz isso sentando em minha cama, e um pouco constrangida, talvez pelo fato de aquela visita não ser com a intenção de saber como estou e sim para conversar sobre o que aconteceu ontem.

- Tô bem, só um pouco de dor de cabeça - Então veio aquele temido silencio constrangedor, e depois de alguns minutos ela falou.

- É... eu vim aqui para gente conversar sobre aquilo que você me disse, você se lembra? - Bingo! a Aria é tão previsível, eu sabia que ela ia vim com esse papo de quem não quer nada e ia vim querer saber mais a fundo sobre esse assunto, no fundo eu tinha a esperança dela esquecer isso e fingir que nunca aconteceu, mas ela não é o tipo de pessoa que deixa isso passar.

- É claro que me lembro, mas esperava que você não, olha aquilo que eu disse foi ridículo, eu não queria ter dito daquele jeito.

Ela riu, olhou pra mim e disse:

- Até que eu achei fofinho você me comparar com aquele anel, mas porque você nunca me disse nada, a gente é melhor amigo!

- É complicado, sempre tinha alguma coisa ou você estava namorando ou eu estava namorando e toda vez que eu tentava falar parece que as palavra me fugiam da boca, e eu não conseguia falar nada, até a Valentina tentou me ajudar, mas acabamos ficando juntos.

Nas entrelinhas do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora