Capítulo 49

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Maratona [1/10]

-Foi te bater por causa de Alfonso? – ergue a sobrancelha indignada – Você apanhou e colocou em risco a vida de seu bebê por causa de um homem ou melhor moleque?

-Para Dulce – disse irritada – Já deu – ajeitou-se na maca – Cara, não foi assim – negou – Nunca colocaria a vida de meu filho em risco por causa de homem nenhum.

-Será Anahí? – a fitou nos olhos – Será mesmo?

-Você acha que eu sou o que? – muito brava – Eu amo meu filho – fez uma pausa – Eu amo Miguel e não tenho culpa que aquela mulher apareceu do nada lá em casa – defendeu-se – Fala como se a culpa fosse minha – apontou para si mesma.

-Será que não? – aproximou-se dela – Isso só está acontecendo por causa daquele sem vergonha que só te faz mal.

-Ele pode ser o que for – seria – Mas é o pai do meu filho e não posso afastar ele de Miguel e nunca vou fazer isso – deixou claro.

-Por Miguel ou por você? – ergueu a sobrancelha.

-Por mim? – sem entender – como assim?

-Você ama aquele homem – explicou-se – e ficaria com ele com a desculpa dele ser o pai de seu filho – sincera.

-Nunca esperava escutar isso de você – segurou as lagrimas – Nunca.

-Só não quero te ver machucada Anahí – gesticulava com as mãos – Muito menos meu afilhado.

Anahí nada disse só derramou algumas lagrimas.

-Olha tudo que ele te fez amiga – respirou fundo – E você está novamente caindo em seus encantos por amar ele – seria – Só que isso talvez não seja o certo.

-E você sabe o que é certo? – limpou o rosto.

-Não – negou – Mas sei que o que ele faz está longe de ser certo.

-Acho melhor você ir embora – deitou-se na maca novamente – Eu estou cansada e quero ficar sozinha.

-Eu não vou – negou – Posso até te deixar um pouco sozinha, mas estarei aqui na porta do lado de fora – avisou e saiu do quarto ficando parada em pé ao lado de fora no corredor.

Anahí despencou a chorar, seu coração parecia estar sendo esmagado com muita força, seu peito palpitava rápido e lhe faltava o ar de tão alto que chorava. Não estava preparada para ouvir aquilo, ouvir verdades. Sabia que tudo que a amiga lhe tinha falado era verdade, mas ao mesmo tempo sabia que o amava demais e queria ele perto dela e de seu filho. Não concordava com a parte em que ela estava deixando a vida de seu filho estar em risco, ela o amava demais, amava mais que si mesmo e morreria por ele se fosse preciso. Foi em meio a choros, soluços e falta de ar que adormeceu novamente.

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Lembra disso? – tirou a corrente do pescoço e a mostrou.

-Claro que sim – Belinda sorriu – Foi o primeiro presente que te dei quando namorávamos e você nunca o tira do pescoço – disse feliz

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-Claro que sim – Belinda sorriu – Foi o primeiro presente que te dei quando namorávamos e você nunca o tira do pescoço – disse feliz.

-Não tiro porque me disse que... – foi interrompido.

-Essa era a chave de meu coração – o completou – e mesmo que um dia não fossemos mais namorados queria que a guardasse para saber que sempre estarei contigo como uma amiga para te escutar e apoiar – sorriu fofa ao se recordar de tudo.

-Pois bem – respirou fundo – Nunca tirei, pois achei que era uma forma de demostrar que você ainda fazia parte de minha vida apesar do término.

-Eu sei – sorriu contente – Agradeço todos os dias por isso.

Ele a olhou seriamente e segurou o colar com as duas mãos e o partiu no meio bruscamente em um movimento rápido e com uma cara de raiva, ódio.

-O que foi isso? – Ela arregalou os olhos sem entender – Poncho – o repreendeu.

-Isso é para você entender que acabou – jogou o colar no chão e pisou em cima da chave – Isso que faço com a chave de seu coração – obtinha raiva em seu olhar – Não te quero perto de mim.

-Só pode estar brincando comigo – começou a chorar – Você não é assim Poncho – o segurou pelo braço – Ei, sou eu, Belinda, e você me ama – falava repetidas vezes.

-Eu sei muito bem quem você é – a afastou dele, porém sem ser bruto – E eu nunca te amei, pensei que era minha amiga, mas está muito longe disso.

-Como? – soluçava – sempre estive ao seu lado.

-Pois agora te quero o mais longe possível – berrou – Longe de minha vida da minha mulher e de meu filho.

-Ele não é seu filho – gritou – Você é um corno.

-Você não tem nada com isso – apontou o dedo na sua cara furioso – Vai arrumar alguém e pare de intrometer-se na minha vida.

Belinda assentiu limpando o rosto.

-Eu espero que tenha deixado bem claro – sério – o desprezo que estou sentindo por você – saiu da casa dela e bateu a porta fortemente.

Ele entrou no carro e levou as mãos na cabeça tentando se acalmar. Era difícil para ele ter aquele tipo de conversa com Belinda, eles namoraram por muito tempo e sempre prometeram cuidar um do outro se um dia terminassem, mas ela colocou em risco a vida de seu filho e com Miguel ninguém mexeria. Ele faria de tudo pelo pequeno e não deixaria ninguém machuca-lo novamente e tinha Anahí também que saiu machucada nessa história toda deles. 

Love and it's limits. 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora