Capítulo 45

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-Tenho cara de idiota? – o olhou seria – Claro que não vou me casar com você

-Como assim? – se fez de ofendido – Assim me ofendi – segura o riso.

-Deixa de ser idiota – lhe bate com o travesseiro sorrindo em seguida – Nem somos namorados.

-Mas já fomos – deu de ombros – Por isso acho que temos que nos casar – riu da careta que ela fez.

-Para com isso – gargalhou dá risada dele – Não demos certos nem como namorados quem dirá como marido e mulher.

-Como não damos certo – a puxou para perto de si – Tu estás carregando o que deu mais certo entre nós.

Anahí negou e acabou sorrindo mesmo não querendo demostrar que ele ainda a fazia sorrir e ficar feliz por uns instantes.

-Olha – encostou na cabeceira da cama e a colocou sentada em seu colo fazendo-a encostar suas costas em sua peitoral – Me perdoa por tudo que fiz – acariciou de leve a lateral de sua barriga – Eu só não estou conseguindo segurar meu ciúmes.

-Como assim? – sem entender.

-Eu sinto ciúmes de vocês com José – referiu-se a ela e o filho – Vocês são meus e por mais que eu saiba que são amigos e tiveram uma vida juntos antes isso parte meu coração e me dá um nervoso – desabafou – Acabo falando coisas que não são certas e o pior de tudo que machuco a pessoa que mais amo nesse mundo – segurou sua mão.

-Eu também não gosto de Belinda – sussurrou passando os dedos sobre os seus – Nem por isso falo tanta besteira.

-Porque você é um anjo – riu de leve – E digo isso, pois no seu lugar não conseguiria me controlar.

-Como é que é? – virou o rosto lhe encarando – Então por que faz isso comigo?

-Sou idiota – bufou – Me ajuda? – a encarou como um cão sem dono – Ajuda eu te merecer e merecer nosso campeão – acariciou seu ventre.

-Eu não sei como fazer isso – Sincera – E não quero me machucar com você como sempre acontece.

-Se ajudar-me isso não vai mais acontecer – tentou convencê-la – Eu prometo – sorriu de lado.

-Eu não sei – negou – Não sei se daria certo.

-Podemos fazer da maneira que você quiser – lhe beijou a cabeça – Talvez nosso maior erro tenha sido não começar da maneira certa.

-Acho que o erro não foi esse – respirou fundo – Talvez tenha sido pela maneira que o tratamos, sempre foi muito sexo.

-Epa – defendeu-se – Isso faz parte dos relacionamentos e cai entre nós que o nosso é maravilhoso – piscou para ela.

Anahí gargalhou – Eu sei seu idiota – lhe bateu de leve na cabeça – Talvez devêssemos ter conversado mais, sabe? – mordeu o lábio nervosa.

-Nos entendido entre conversas e não com sexo? – ergueu a sobrancelha.

-Isso – sorriu de lado – Talvez tenha sido isso.

-Não teria graça nenhuma – revirou os olhos fazendo-a gargalhar – Mas podemos tentar de agora para frente – lhe beijou a bochecha.

-Quer mesmo tentar tudo novamente? – o olhou insegura.

-Eu tenho certeza absoluta – mordeu seu lábio devagar – Não me quer novamente.

-Eu quero – sorriu boba – Mas quero diferente – virou-se um pouco o olhando nos olhos.

-Vamos fazer isso acontecer – lhe deu um selinho – Por nos e por esse menino lindo – abaixou a cabeça e beijou o ventre da amada.

Ela sentiu seu coração sair pela boca ao sentir os lábios do amado em seu ventre. Ele virou a cabeça e colocou o ouvido no ventre da mesma e foi ali naquele momento que Anahí sentiu a coisa mais linda da sua vida, sentiu seu filho se mexer levemente e dando um pequeno chute. Ela não aguentou e foi a lagrimas, era uma sensação incrível estar sentindo o bebê pela primeira vez. Alfonso levou um susto quando sentiu aquilo já que estava com a orelha grudada no ventre dela, seus olhos encheram de lagrimas e ele começou a chorar, chorar de soluçar, era uma alegria que invadia seu coração de uma forma que nunca tinha acontecido antes.

-O que foi isso? – Alfonso a olhou com os olhos arregalados e vermelhos pelo choro – Ele chutou? – sem acreditar ainda.

-Sim – Ela assentiu limpando o rosto – Ele falou conosco – fez uma pausa - Acho que gostou da ideia.

-Meu Deus – colocou suas mãos no ventre dela desesperado – Ei campeão, papai e mamãe estão aqui – conversava com o filho – Aqui babando por você meu pequeno...

-Miguel – Ela sussurrou – Miguel Henrique – sorriu ao ver a cara de desespero de Alfonso.

-Você não pode estar falando sério – a olhou sem acreditar – Não brinca comigo assim – desesperado.

-Não é brincadeira – sorriu de lado – Ele vai ter o nome de seu pai.

Ele não disse mais nada, colocou as mãos no rosto e desabou no choro. O choro era de felicidade e alegria. O nome de seu pai, ele nunca imaginava que um dia teria um filho com o nome de seu pai. Ter perdido seu pai há meses atrás tinha acabado com ele e agora com essa história de sua mãe doente só o bebê para alegrar sua vida. Ele chorava demais e soluçava alto com a revelação do nome de seu filho.

-Meu amor – Anahí aproximou-se dele – Você não gostou? – disse preocupada.

Ele não respondeu, não conseguia fazer nada além disso.

-Alfonso, pelo amor – acariciou seus cabelos – Fale algo para mim.

Alfonso a olhou e sorriu entre o choro – Eu te amo – disse antes de a abraçar fortemente. 

Love and it's limits. 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora