Capítulo 66

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-A mulher os levou para lá – apontou para dentro do hospital – Não pode acontecer nada com eles – voltou a chorar – Não pode – soluçou – eles são minha família.

-Não vai acontecer nada – ela aproximou-se dele – temos que ter fé – dizia entre lagrimas.

-Qual o estado deles? – Christopher pronunciou-se com o coração partido ao ver aquela cena. Nunca tinha visto Alfonso tão mal daquela forma, somente no enterro de seu pai e nem estava tão destruído como nesse momento.

-Licencia – José entrou correndo no hospital e foi até Alfonso – Cadê eles? – desesperado – Me diz que está tudo bem – aproximou-se de Dulce e Alfonso – Por que estão chorando?

-Eu não sei deles – Alfonso o olhou – não faço ideia de como estão – soluçava alto.

-Por que estão machucados? – Christopher reparou o sangue na roupa e rosto de ambos – Podem explicar o que aconteceu? – confuso.

-Eu explico – José acalmou-se – Eu e ele – apontou para Alfonso – tivemos uma briga e por isso estamos um pouco machucados, porém isso não importa – sincero – Anahí desmaiou quando tentávamos fazer seu parto e perdeu muito sangue – contava com a voz embargada – e não sabemos o que aconteceu com ela e Miguel.

-Não acredito que ela está sofrendo tudo isso novamente – Dulce desabafou – vocês não percebem o mal que fazem a ela e Miguel – chorava alto – Se algo acontecer... – foi interrompida.

-A culpa é minha – Alfonso pronunciou-se – Se acontecer algo eu nunca vou me perdoar – limpou o rosto coberto pelo choro – nunca.

Eles ficaram durante horas sentados naquelas cadeiras de espera do hospital, ninguém dizia absolutamente nada apenas choravam em silencio e pediam com toda fé que Anahí e o bebê saíssem bem dali. José era o mais inquieto sempre ia perguntar para alguém sobre a amiga, mas era em vão já que não passavam informação alguma, choramingava pela situação em que se encontrava e pelo medo de perder o amor de sua vida. Dulce estava desesperada não parava de chorar por um instante e pedia para ver a amiga constantemente, o namorado estava ali ao seu lado a consolando e mantendo-a calma da melhor forma que conseguia. Alfonso estava jogado na cadeira extremamente anestesiado, as lagrimas escorriam por seu rosto sem parar por um segundo e os pensamentos ruins e o peso na consciência o atormentavam naquele instante.

-Meu filho – Ruth chegou na cadeira de rodas com Renata a empurrando – Meu menino – disse ao ver o mesmo daquela maneira na cadeira de visitas.

-Mamãe – aproximou-se dela e ajoelhou-se dentando em suas pernas chorando alto – mamãe – repetia constantemente – eu não posso perder minha família.

-O que fez dessa vez, meu menino? – acariciou os cabelos do filho começando a chorar ao vê-lo daquela maneira.

-Tudo foi culpa minha – soluçava alto – eu fui um imbecil e agora eles estão aqui – a olhou nos olhos – Por que sempre tenho que perder as pessoas importantes da minha vida? – dizia sem entender o porque ter perdido o pai e agora com a possibilidade de perder a noiva e o filho.

-Maninho – Renata ajoelhou-se ao seu lado – Não perdeu ninguém – o abraçou de lado – Anahí e Miguel irão sair dessa – lhe beijou o rosto encharcado de lagrimas – vamos ter fé.

-Dulce? – Sophia entrou no hospital gritando – Cadê minha filha? – desesperada – Meu neto? – com o olho arregalado.

-Nos diga como está minha princesa – Henrique disse afobado – Diga que ela está bem – implorou para escutar aquilo dela.

Dulce não disse nada apenas abraçou Sophia e desabou no choro fazendo a mesma entender que a situação não era nada boa e desmanchar-se no abraço gritando e chorando alto.

-Tia – Dulce sussurrou em seu ouvido – Ela é forte – tentava se convencer do que estava falando – e ela vai fazer de tudo para Miguel sair bem – desfez o abraço e a olhou nos olhos – vamos ter fé que tudo vai sair da melhor forma possível.

Henrique abraçou a esposa que chorava alto e inconformada com a situação que a filha e o neto se encontravam. Ele tentou segurar o choro, mas foi inevitável e começou a chorar junto com Sophia.

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-Senhor Henrique, Senhora Sophia – Alfonso aproximou-se de os sogros depois dos ânimos acalmarem-se na sala.

-Como você está? – Sophia levantou-se e o abraçou fortemente – Eles vão precisar tanto de você – afirmou sussurrando.

-Eu estou com medo – confessou assim que desfizeram o abraço – medo de perder minha família.

-Isso não vai acontecer – Henrique levantou-se e o cumprimentou com um abraço – Minha filha é forte e com certeza meu neto também.

Alfonso assentiu e viu a mãe aproximar-se com a irmã – Essa é minha mãe, Ruth e minha irmã mais nova Renata – as apresentou aos sogros.

Eles cumprimentaram-se passando força um por outro entre bastante lagrimas e lamentações.

-Familiares de Anahí Giovanna? – Um médico de mais ou menos 60 anos entrou na sala de espera com uns papeis na mão.

-Como está minha noiva? – Alfonso correu até ele – E meu filho? – o olhava atento e preocupado.

-O senhor é o pai? – viu ele assentir – Preciso falar com você em particular – serio – Acompanhe-me – saiu dali e Alfonso o acompanhou. 

Love and it's limits. 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora