Love and it's limits. 1ª/2ª Temporada

Capítulo 30 - 2ª Temporada

-Não sei – sincera – Senti um aperto no coração do nada – mordeu o lábio inferior nervosamente.

-Ei, calme – pegou um copo de água e lhe entregou – Beba um pouco – a ajudou beber tudo – Está tudo bem – pousou a mão em seus ombros delicadamente.

-Obrigada – sorriu de lado e ouviu o filho caçula resmungar no carrinho e o pegou no colo – Mamãe está aqui – lhe cheirou o pescoço – Sem reclamar, meu amor – sorriu ao ver o pequeno acalmar-se com sua voz.

-Que linda essa cena – indagou com os olhos brilhando – Ele é tão pequenino – o observava – Parece ser frágil – coçou a cabeça.

-Quer segurar? – sorriu de lado – Ele não morde – riu da careta que ele fez.

-Estou com medo de machucar ou deixar cair – parou de falar assim que ela colocou-o em seu colo – Meu deus – disse desajeitado, mas com todo cuidado do mundo – Real, ele é extremamente frágil.

-Ele é bem pequenino – ajudava-o com o menino – Têm apenas um mês e meio – riu ao ver ele arregalar os olhos – Está tudo bem, olha só para você – orgulhosa – Está se dando muito bem.

-Meu sonho sempre foi pai – encantado com Matthew que estava o olhando curioso – Porém nunca achei a mulher certa.

-Fui mãe de surpresa – relembrou – Mas depois que Miguel nasceu eu simplesmente me apaixonei pela maternidade e quero muitos filhos ainda – indagou sonhadora.

-Deve ser uma ótima mãe – a olhou nos olhos – Seus filhos têm muita sorte com isso – lhe entregou Matthew que começou a resmungar.

-Na verdade, não é bem assim – respirou fundo – Eu me esforço, porém estou longe de ser uma ótima mãe.

-Eu duvido – riu – Duvido mesmo – disse sincero – Dá para ver o amor que sente por esses meninos e isso é o que mais importa, mas cadê o mais velho? – resolveu puxar assunto – Ele não veio?

-Está com o pai – levantou-se da cadeira – Eu preciso amamentar esse guloso – sorriu fracamente – Já voltou – saiu com o pequeno no colo.

----X----

Horas mais tarde:

-Filho? – Anahí abriu a porta da casa da mãe para receber o filho que tinha chegado – Meu pequeno príncipe chegou – agachou-se para receber um abraço dele.

-Mamãi – disse com a voz embargada de choro – Mi chigu – a abraçou fortemente – Saudadi – beijou sua testa.

-O que houve? – levantou-se com ele no colo – Por que essa carinha? – acariciou seus cabelos – Diga para a mamãe – pediu.

Miguel fitou o pai com um olhar triste e confuso, como se estivesse pedindo autorização para poder contar a sua mãe.

-Olá, Anahí – indagou ele – Não esperava que fosse te ver, digo, não nos vemos a muito tempo – sincero.

-Eu precisava desse encontro – seria – preciso conversar com você sobre nossos filhos e principalmente Miguel – beijou o rosto do pequeno que deitou a cabeça em seu ombro.

-Aconteceu algo? – sem entender – Miguel está bem – afirmou – não entendo.

-Entre – deu passagem para ele e foram até a sala da casa sentando-se ao sofá – Filho, vovó está te esperando na cozinha com Matthew – sorriu – fazendo aquele bolo que você ama – tentou o animar.

-Vu la – saiu do colo da mãe e caminhou até a cozinha sem animo algum.

-O que aconteceu com ele? – incomodada com a reação do filho – Ele nunca ficou assim antes – seria – Aconteceu algo?

-Na verdade, sim – bufou pesadamente – Estava conversando com Camila sobre minha paternidade com Miguel e ele acabou escutando – coçou a cabeça nervosamente.

-O que? – alterou a voz arregalando os olhos – Como assim estava falando da paternidade de meu filho com qualquer uma? – sentiu seu sangue ferver ao escutar aquela barbaridade.

-Ela não é qualquer uma – sério – Ela é minha companheira, futura mulher e mãe de meus filhos – convicto do que estava falando.

-Isso pouco me importa – gritou – Ele é meu filho e eu não permito que fique expondo-o dessa forma, Alfonso – indagou totalmente irritada – Isso só importa a mim, você e Miguel.

-Eu não concordo – negou – Tenho direito de falar isso com ela.

Ela negou com os olhos cheios de lagrimas – Eu não acredito no que estou escutando – tentava segurar o choro – O que disse para ele?

-Eu tive que contar a verdade – indagou confuso – Ele não pode viver na mentira como eu vivi por anos.

-Ele tem apenas quatro anos – desistiu de segurar o choro e sentiu as lagrimas escorrerem por suas bochechas – Como quer que ele entenda?

-Está muito equivocada, pois ele entendeu tudinho – tentou a explicar – disse que não sou pai de sangue, mas sim de coração.

-Ele entendeu tão bem que chegou simplesmente derrotado em casa – limpou o rosto – Você está adoecendo o meu filho – resolver ser sincera – Ele não gosta de ficar com você e com sua namorada, não entende isso?

-Ele não gosta ou você que não gosta? – ergue a sobrancelha se irritando – Ou você que não aceita que estou em outro relacionamento?

-Estou pouco me fodendo para seu relacionamento ou para você – extremamente irritada – Eu só quero o bem de meus filhos.

-E o bem de Miguel é ficar afastado de mim? – alterou a voz – Aproximar ele daquele canalha que você tanto passa a mão?