Capítulo 20 - 2ª Temporada

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-Ela já sabe? – Alfonso indagou depois de um tempo raciocinando sobre o que estava acontecendo – Eu quero falar com minha esposa – disse desesperado.

-Ela sabe – Dulce assentiu – Mas não quis nem que eu ficasse lá com ela – sincera.

-Não importa – gesticulava nervoso – eu preciso ir até lá – andava de um lado para o outro – Vou pedir para a recepcionista ou o médico não importa – saiu correndo atrás de algum dos dois.

---X---

-Ani? – Alfonso entrou no quarto de uma vez vendo uma das piores cenas que já tinha visto na vida.

Anahí estava deitada chorando horrores. Estava se sentindo a pior pessoa do mundo, como ela deixou aquilo acontecer? Acabou de perder um filho e isso tudo porque não se cuidou ou poupo o necessário. Seu choro era de dor, a dor de quem acabou de perder uma parte de si.

Ele aproximou-se da maca dela e pegou em sua mão acariciando a mesma – Me desculpa – disse por fim – Isso foi tudo culpa minha – derramou lagrimas de dor ao ver a situação que a esposa se encontrava – Eu devia ter ficado com você e do seu lado – negava demonstrando o tanto que estava triste com aquilo tudo que estava acontecendo com eles – Desculpa.

Ela o olhou e voltou a chorar alto, soluçava muito e apertava a mão dele fortemente. Nunca pensou estar naquela situação, como se não bastasse o susto que tinham passado no parto de Miguel.

-Licencia? – médica adentrou no quarto após bater na porta – como você está? – disse a ginecologista da mesma – eu sinto muito a sua perda.

-Eu não sei – foi sincera – eu não senti nada e nem percebi – limpava o rosto ainda tremula com tudo que estava acontecendo – o que provocou isso?

-Temos que pensar – sorriu de lado – que você perdeu um bebê, mas – olhou os papeis em sua mão – de acordo com o ultrassom e os outros exames o seu segundo bebê ainda está aí – noticiou o casal – ele está aí em sua barriga bem quentinho – sorriu.

-O que? – ela desabou no choro – Eu ainda vou ter um de meus filhos? – não acreditava naquilo que estava ouvindo – ainda tenho um aqui comigo? – passou a mão no ventre.

-Sim – ela assentiu – Vocês serão papais e taram um irmãozinho ou irmãzinha para Miguel – afirmou.

Alfonso colocou as mãos no rosto e chorou como uma criança. Pela primeira vez não se importava se estava chorando na frente das pessoas ou se estava fazendo papel de ridículo. A ponta de felicidade que estava sentindo o fez perder toda a vergonha. Seu choro era um misto de tristeza pela perda do filho e pela recém descoberta, mas também era de felicidade e esperança, pois ainda seria pai. Sua esposa ainda estava gravida daquele bebê que ele sempre tinha sonhado e pedido para vir ao mundo.

Anahí fitou o esposo chorando daquela forma e desabou em um choro conjunto. Estava sentindo muitas coisas, entre elas um misto de tristeza, esperança e culpa. Sabia que o casamento tinha acabado, mas amava demais aquele homem e tinha certeza de que ele merecia um filho realmente dele e esse estava em seu ventre.

-Sei que a emoção é muito grande – a medica os interrompeu no choro – mas precisam saber que isso foi praticamente um milagre e que essa gestação é de risco – avisou – você perdeu o bebê por estresse e preocupação que estava sofrendo – respirou fundo – Não pode se repetir se não esse bebê não vai aguentar – disse com o coração apertado – precisa de total repouso e paz.

-Pode deixar – Alfonso indagou – Vamos fazer o possível e impossível para que nada aconteça com o bebê – lhe prometeu.

-Eu tenho certeza disso – sorriu – Vocês amam demais esse bebê e tem uma família linda junta com Miguel – lembrou do pequeno – Usem isso a favor dessa gestação – aconselhou.

-Obrigada – Anahí sussurrou – por absolutamente tudo – sentiu os olhos cheios de lagrimas e a voz embargada.

Ela assentiu com a cabeça e saiu do quarto com um enorme sorriso. Deixando claro que Anahí ficaria em observação por 24 horas e que qualquer coisa era só a chamar.

-Eu não esqueci do exame de DNA – indagou ainda com lagrimas no rosto – Podemos fazer assim que eu sair daqui e... – Foi interrompida.

-Esqueça isso – sério – Eu não quero exame alguém – disse ciente do que estava sentindo e falando – Vamos pensar apenas nessa gestação daqui em diante – sugeriu - Eu acho melhor deixar Dul entrar um pouco – quebrou o silêncio que tinha formado entre eles – ela está muito preocupada com você – avisou a esposa.

-Só me faça um favor – segurou seu braço antes de ele sair do quarto – pegue Miguel na minha mãe e fique com ele essa noite – pediu – ele deve estar totalmente perdido – preocupado com o pequeno.

-Não quer que fique com você e com o bebê? – com dúvida do que fazer.

-Prefiro que fique com nosso pequeno – sincera – ele precisa muito de você.

-Pode deixar – assentiu – qualquer coisa me liga – sério – eu vou estar acordado a noite inteira – afirmou – É só ligar.

Após ela assentir ele saiu do quarto rumo a casa da sogra para buscar o filho.

---X---

Assim que estacionou o carro em frente a casa de Sophia ele percebeu uma movimentação estranho no jardim da casa e quando saiu do mesmo reparou que se tratava de José e do filho. Aquele idiota estava brincando com seu pequeno, o sangue lhe subiu pela cabeça. Como depois de tudo que ele tinha feito tinha a coragem de aparecer ali e tentar aproximar-se de seu filho. Ele caminhou cego de ódio até os dois e socou José com força o fazendo cair no chão. Caído no chão e pego de surpresa não tinha como ele se defender e apanhou quieto. Recebeu inúmeros socos na cara, Alfonso o deixou com o rosto cheio de sangue sendo difícil identificar onde estavam os cortes. Ele o arrancou dois dentes e quebrou-lhe o nariz, depois de descontar todo seu ódio nele e ver que o mesmo não tinha chances alguma de levantar sozinho ele mesmo levantou-se e lhe olhou com cara de nojo.

-Isso é pelo que fez com minha esposa – lhe chutou o estomago fazendo-o cuspir sangue – por tentar acabar com minha família – lhe chutou o rosto com força – e por aproximar-se de meu filho. 

Love and it's limits. 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora