Capítulo 4 - 2ª Temporada

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-Ele não é o pai – berrava – Ele não é pai – sentia um aperto inexplicável no coração.

Estava tudo como ela tinha sonhado, agora iria viver feliz com a família que tinha construído e de repente por meio de um pedaço de papel descobre que tudo iria por água abaixo. A dor que sentia não tem explicação, seu coração estava sendo esmagado sem dó alguma, sua cabeça latejava em uma dor insuportável e a única coisa que conseguia fazer era gritar, berrar o mais alto que dava para tentar aliviar aquela dor que estava sentindo.

-O que? – Dulce arregalou os olhos preocupada, nunca tinha visto Anahí daquela maneira – Me dê isso – pegou o papel da mão dela e constatou que Alfonso não era pai de Miguel – O que é isso? – fitou a amiga que gritava de dor, uma dor interna o que a fez começar a chorar também seguida de Miguel que apesar de muito pequeno sentia o clima da casa – Para Anahí – gritava com a amiga para ela voltar em si – Par amiga – segurou suas mãos já que a mesma se espatifava, arranhava-se e arrancava os cabelos de tão forte que estava sento sua dor – Anahí – Dulce berrou a abraçando forte fazendo a mesma parar de se agredir – Miguel precisa de você – sussurrou – seu filho – tentava a acalmar – Miguel quer você.

Por mais que ela não conseguisse raciocinar e estivesse invadida por uma dor terrível, ela era mãe e ao escutar a voz de Dulce dizendo que seu filho precisava dela aos poucos foi se acalmando na medida do possível e conseguiu escutar o pequeno que estava esguelhando de tanto chorar.

-Meu filho – ainda chorava demais – Me dê meu filho – esticou as mãos sussurrando entre soluços.

A amiga levantou-se correndo e pegou o afilhado no colo o entregando para a mãe dele.

-Meu menino – ela segurou o filho – é meu menino – começou a chorar intensamente – O que aconteceu meu filho? – olhava para o bebê que se acalmou ao sentir o cheiro materno – Meu pequeno – abraçou o menino com cuidado e chorou ali sentada no chão, encostada na parede e com o filho nos braços.

Dulce não sabia o que fazer, seu coração estava apertado com aquela cena e chorava sem parar ao ver o estado da amiga. Depois de um tempo conseguiu raciocinar e correu até seu notebook entrando no site do laboratório e procurando o exame, talvez estivesse errado, mas infelizmente só conseguiu confirmar que Miguel não era filho de Alfonso.

-Ei – ela reapareceu no quarto de Anahí a encontrando ainda sentada no chão com o filho no colo e lagrimas caindo de seu rosto sem parar – Amiga – sentou-se ao seu lado e acariciou seu rosto – Ele precisa ser alimentado – preocupada com o pequeno – Ani, ele precisa disso.

Ela virou o rosto lentamente e fitou a amiga depois de um tempo raciocinando assentiu e devagar posicionou o filho e começou a amamentá-lo ainda chorando, ela chorava sem perceber, a dor era tão forte que as lagrimas caiam automaticamente.

Dulce permaneceu ao seu lado chorando baixinho pelo estado da amiga. Quando terminou de amamentar a madrinha pegou Miguel no colo, o fez arrotar e dormir em seguida o colocou no berço e observou Anahí que continuava do mesmo jeito.

-Vem – esticou a mão para ela – eu vou te dar um banho – limpava as próprias lagrimas com a outra mão – Eu vou cuidar de você, lembra-se somos irmãs – afirmou.

Ela olhou para a mão da amiga e lentamente a tocou sendo ajudada a levantar-se e em seguida recebeu um abraço amoroso e caloroso onde desabou a chorar novamente assim como Dulce. Depois de um tempo abraçadas chorando foram até o banheiro e Dulce a deu um banho, trocou sua roupa e a colocou deitada em sua cama sentando-se ao seu lado.

-Por favor – acariciava seus cabelos – vamos conversar? – pediu – Só fala amiga – voltou a chorar – fala tudo que quiser – respirou fundo – nos vamos dar um jeito nisso – calou-se esperando reação de Anahí.

-Eu não sei o que aconteceu – sussurrou voltando a sentir lagrimas em seu rosto – Eu nunca menti – dizia lentamente – Eu nunca transei com mais ninguém – afirmou – eu o amo – começou a chorar – Ele não vai me perdoar.

-Eu acredito em você – fez ela a olhar – e tenho certeza de que se ele te ama vai acreditar – tentava se convencer disso também – Agora precisamos descobrir o que aconteceu de verdade.

-Para que? – a olhou com os olhos inchados, vermelhos e cheios de lagrimas – Nada importa mais.

-Miguel é seu filho – seria – e ele importa demais para todos nós – limpou o rosto – precisamos da verdade por você e pelo meu afilhado.

-Eu não quero nada – negou – Eu só quero sumir – começou a soluçar – minha vida acabou.

-Não Ani – segurou sua mão – e Miguel vai desistir de seu filho? – tentava lhe dar um motivo para continuar firme e forte – Ele precisa de você.

-Me dê ele – pediu – Me dê meu filho – sussurrou.

Dulce concordou e pegou o pequeno no bercinho o colocando na cama ao lado de Anahí.

-Meu amor – sussurrou Anahí chorando – Mamãe está aqui – beijou sua mão deixando a mesma encharcada de lagrimas – Você tem a mamãe e a mamãe tem você meu príncipe – acariciava o rostinho do pequeno – Me perdoa por isso – pedia – Eu juro que não estou entendendo nada – sincera – a mamãe nunca ia fazer isso com você – soluçava entre as palavras – me desculpa.

Dulce ficou ali com os dois até ambos caírem no sono depois de muito choro e lamentação. Ela não sabia o que fazer ou como agir aquilo caiu como um avião em chamas. Respirou fundo e logo foi interrompida pela campainha do apartamento.

-Surpresa – Christopher sorriu assim que ela abriu a porta acompanhado de Alfonso.

-Trouxemos pizza – Alfonso levantou a caixa de pizza a mostrando – e vinho – sorriu mostrando a sacola que tinha na outra mão.

-O que fazem aqui? – foi seca e grossa sem ao menos perceber.

-Eu vim ver meu filho – deu de ombros – e Ucker te ver uai – não entendeu a pergunta.

-Precisam ir embora – não deixaram entrar – Miguel está dando muito trabalho e estamos cansadas.

-Deixe que ajudo a cuidar do meu filho – Alfonso se manifestou. 

Love and it's limits. 1ª/2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora