Cap 40

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Continuei a caminhar até uma sala.

-Entre.-Disse a mulher curta e grossa.

-O que vão fazer comigo?-Perguntei ainda com medo.

-Apenas vista isso.-Disse ela jogando uma roupa branca para mim vestir.

-Tá bom então.-Disse de cabeça baixa.

-Você poderá sair daqui,poderá ver as outras crianças mas nem tente fugir daqui,você não sabe no que vai estar se metendo.-Disse saindo do quarto.

Eu vesti aquela roupa e logo me senti uma louca,uma louca que estava ali por engano,por algo que eu nunca fiz.Saí daquele quarto e fiquei andando por aquele lugar,eu caminhava bem devagar pelos corredores e quanto mais eu andava com mais medo eu ficava,tinha uma garota que me olhava de um jeito horroroso,minha atenção é desviada quando escuto alguém falar comigo.

-Ela está louca.-Disse um menino andando em minha direção com sua cadeira de roda

-Todos estão?-Perguntei para ele.

-Sim,todos que são levados para cá são internados,as vezes nem todos nós estamos loucos,uns sim outros não, mais nunca se sabe o que tipo de remédio são esses que eles nos dão.-Disse o menino apontando para a mesma mulher que havia me trazido até aqui dando um remédio para uma garotinha.

-Isso é um absurdo!-Disse mim mesma.

-Esse lugar é estranho!-Eu disse olhando para as crianças doentes.

-Esse lugar já foi educativo como tods dizem que é,só que depois da morte da antiga diretora tudo mudou,começamos a ser tratados de qualquer jeito,tomávamos remédios sem motivo algum e ao invés de tratar as crianças isso só piora mais o quadro delas e hoje ficam assim.-Ele disse apontando para todas as crianças.

-Chegou a sua hora querido!-Disse a mesma mulher vindo em sua direção levando ele para uma sala.

-Tchau!-Disse o menino acenando para mim.

-Tchau eu acho.-Disse olhando para baixo.

Assim que ele vai embora eu volto para o meu quarto, fecho a porta e começo a chorar,aquele lugar era horrível, as crianças me olhavam com cara de desgosto e a mulher me tratava muito mal,eu sentia falta da minha casa,da minha família,do meu namorado, e acima de tudo do Dominic. Sou interrompida quando ouço alguém bater na porta e entrar.

-Aqui está o seu jantar!-Disse a mesma mulher quase que jogando a sopa minha frente.

-Isso é sopa de que?-Perguntei ainda olhando para a comida na minha frente.

-Menina escuta aqui,eu me doi o lixo de fazer isso pra você e ainda me questiona? Vai comer que você ganha mais.-Disse saindo do quarto.

Olhei para a sopa verde na minha frente e a única coisa que se passava na minha cabeça era como eu iria comer aquilo,peguei a colher que estava na minha frente e mergulhei ela dentro do líquido verde,fiquei olhando por um tempo até ter coragem de colocar aquilo na minha boca,assim que coloco na minha boca,o gosto ruim da sopa me dá vontade de vomitar então corro entre os corredores até achar um banheiro e chegando lá vomito muito.

No dia seguinte..

Acordo com a mesma mulher me chamando.

-Menina acorda!-Disse a mulher me beliscando.

-O que foi?-Disse ainda sonolenta.

-Vem tomar o café.-Disse me puxando pelo braço.

-Aí,isso dói,eu sei andar.-Disse e ela para de me puxar.

-Sabe? Então você sabe pegar o seu café no chão.-Disse jogando um suco no chão junto com as torradas.

-Porque você fez isso?-Perguntei indignada.

-É melhor que arrume logo pois o seu tratamento já vai começar!-Disse rindo enquanto as crianças do corredor apenas me olhavam.

Tratei de limpar tudo então fiquei no meu quarto até a mesma mulher entra no quarto junto com o que parece ser duas enfermeiras.

-Levem ela!-Disse a mulher apontando para mim enquanto as duas enfermeiras começaram a segurar o meu braço me levando pelo corredor.

-PAREM ! ME SOLTA AGORA!!-Digo me debatendo.

As duas enfermeiras entraram numa sala me levando junto,elas me deitaram numa maca parecida com aquelas de hospital e prenderam o meu pé e o meu braço.

-ME SOLTEM POR FAVOR !-Digo gritando.

-Vamos começar o tratamento!-Disse a mulher fechando a porta.

Eu gritava muito mais parecia que nada adiantava,fiquei mais apavorada ainda quando uma das mulheres me fez engolir um comprimido a força e quando parecia que não podia ficar pior a mulher aparece com uma agulha na minha frente prestes a enfiar no meu braço.

-Calma querida,eu te prometo que não vai doer!-Disse enfiando a agulha em mim.

-AAAAAAAA-Grito de uma vez.

-Parem com isso!-Disse um homem abrindo a porta mais não consigo ver quem é pois meus olhos acabam se fechando.

Meu querido urso. Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora