II | O Orgulho dos Diminuídos |

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"Não é porque estamos escondidos, que perdemos nosso orgulho. Ele apenas está reservado para o momento certo, seu babaca!"

Arthur Greyman.

• Por Marcus Stone:

E novamente ele está ali, sentado na arquibancada, com um livro na mão e fones nos ouvidos. Com certeza não está sentado ali para acompanhar o treinamento do time de futebol americano; se estivesse, não teria trago aquele objeto em suas mãos, que devorava com tanta dedicação.

Eu seria capaz de observá-lo infinitamente assim. Arthur Greyman não tinha que ouvir as atrocidades que Tyler Hoop espalha por toda escola, mas parecia que de algum modo, ele faz isso para poder ser o machão alfa. Isso me traz desconfianças. Vejo bastante Arthur, e sempre acompanho seus olhares desejosos direcionados ao idiota Hoop, e de algum jeito, Tyler parece retribuir ele. Não irei mentir que isso me deixa com uma ponta de ciúmes.

É, talvez toda a proteção, seja algo que rola entre eles. Mas espero de coração que seja apenas minha imaginação falando mais alto.

Ele continuava a ler, desprocupado enquanto eu estou distraído, o admirando, vendo seus olhos negros concentrados naquelas páginas. Preciso distrair a minha mente com algo. Preciso beber.

— Pessoal, não esqueçam da festa hoje na minha casa! — Olliver Winters, um colega de time exclamou em meio ao treino. Calvin o lançou um olhar divertido, que Olliver pareceu entender. — Sim, capitão. Vamos poder beber até morrer!

Um coro de comemoração foi espalhado pelo integrantes do time e eu sorri feliz.

Christian, se prepara que vamos beber!

-TLK-


• Por Christian Andrews:

Entrei dentro de casa, vendo minha mãe sentada, folheando distraidamente uma revista qualquer. Não estou surpreso, visto que é isso que Emma Andrews faz desse a morte do meu irmão.

Meu pai, Brandon Andrews, sabe apenas trabalhar. Nada além disso. Fico me perguntando se esses dois tiveram algum jantar romântico desde aquela época. E absolutamente, a resposta é não. Os dois viraram seres vegetativos, lidando sozinhos com o seu luto, diferente de mim, que uso o exemplo de força que Ed passava e deixo de sofrer por algo, que com certeza ele me estapearia. Junto do namorado dele.

— Oi, mãe! — Cumprimentei ela, com um beijo na bochecha, logo subindo as escadas. Queria trocar de roupa e ir rápido ver o jardim de rosas que criei dentro da reserva florestal de Stars Home. Os motivos pelos quais ele foi criado é um pouco contraditório, e definitivamente não quero falar sobre isso. Subi as escadas, indo para meu quarto.

Momentos depois, descí trajando uma bermuda jeans e camiseta regata branca. Estava levando meu violão junto. Queria estar em paz e os ingredientes que preciso para isso é o jardim de rosas, meu violão e algumas músicas de Evanescence.

— Estou saindo — Avisei, saindo. Sairei de lá somente ao anoitecer. Dirigi um pouco até avistar com maior quantidade o números de pinheiros da floresta, que por certo tempo me aterrorizava, mas não mais. Estacionei a moto perto de uma árvore.

O meu lugar de paz me recebeu com um vento vespertino, carregado do aroma das rosas vermelhas, e brancas plantadas aqui. O sol refletia seu explendor sobre a superfície da água, o que tornava o local ainda mais bonito.

O Último Beijo | Livro #1 | Romance gay | Concluído✅Onde histórias criam vida. Descubra agora