Luz

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Não foi necessária nenhuma insistência para que Minhyuk e Jooheon aceitassem a sugestão de Hyungwon. Depois de uma pequena discussão sobre onde poderiam ir, os três decidiram que era melhor beberem em casa, ao invés de se aventurarem em alguma balada lotada. Após aquela decisão unânime, Hyungwon guiou o carro em direção a uma loja de conveniência mais próxima e encheu o banco de trás da picape com alguns engradados de bebida alcoólica. Além da bebida, Hyungwon pegou um pacote de salgadinhos, Minhyuk um chocolate ao leite e Jooheon só pegou mais bebida.

Demoraram certa de vinte minutos na loja de conveniência e mais quinze minutos seguindo até a casa de Jooheon. Durante o caminho, Minhyuk e Hyungwon dividiram o salgadinho e o chocolate, enquanto Jooheon parecia muito ocupado em "virar" sua bebida de uma única vez. Os dois mais velhos questionaram se ele ao menos havia jantado, preocupados com o estado que dongsaeng ficaria após toda aquela bebedeira. Jooheon apenas deu de ombros, despreocupado, enquanto continuava olhando pela janela e dando goles longos no conteúdo gelado da garrafa que tinha em mãos.

Em algum ponto do caminho, quando estavam quase chegando na residência do mais novo, Minhyuk recebeu uma notificação. Seu celular apitando alto para que todos no carro pudessem ouvir. Assim que ele desbloqueou a tela do celular e leu a mensagem, Minhyuk jogou o aparelho para o lado, o celular chocando-se contra um dos engradados, provocando um som que indicava que algo havia quebrado ali. Apesar disso, o mais velho dos três apenas inclinou-se para frente e roubou a garrafa das mãos de Jooheon, virando o conteúdo que restava de uma única vez. Os dois riram como idiotas um para o outro, abrindo uma outra garrafa e dividindo.

Hyungwon, que naquele momento apenas dirigia e observava toda a situação em silêncio, fez uma anotação mental de beber menos que aqueles dois, porque eles definitivamente precisariam de ajuda mais tarde.

Quando chegaram à residência do mais novo, Minhyuk e Hyungwon arrastaram os engradados pesados para dentro da casa, armazenando-os no canto da sala do mais novo, ao lado do sofá-cama espaçoso. Já Jooheon, conseguindo escapar do esforço de levar as garrafas, foi buscar gelo. Enquanto os mais velhos estavam o aguardando na sala, ele gritou da cozinha para que um dos dois colocasse alguma música em uma de suas caixas de som.

Como amante de música e produtor musical, Jooheon não tinha apenas uma caixa de som, mas, sim, uma dezena delas. Algumas personalizadas, com autógrafos de seus ídolos, de tamanhos e potências diferentes. Minhyuk, que havia se encarregado da música, não pode deixar de pensar no quanto a música e aquela sala combinavam com Jooheon. Embora não fosse um apartamento luxuoso como o seu ou o de Hyunwoo, a sala de Jooheon carregava mais personalidade do que os dois apartamentos chiques juntos.

Móveis de madeira pintados com tinta branca, quadros com bordas prateadas em contrate com a parede preta, espelhos de diferentes formas espalhados por todo lugar. Havia também um número considerável de equipamentos de sons em cada cantinho daquele lugar, alguns escondidos, que você só conseguiu perceber se olhasse mais de uma vez. Era uma bagunça, mas uma bagunça organizada, do tipo que não era desagradável, mas que apenas fazia você querer explorar aquele ambiente a cada vez que o visitava.

Percebeu que a caixa de som que havia dado para o Jooheon de aniversário – antes de descobrir que o mais novo tinha várias dela – estava cuidadosamente colocada sobre um móvel que Minhyuk não soube dizer se era uma mesa de centro ou um tronco de árvore personalizado. Ele sorriu ao ver que Jooheon havia a guardado, mesmo tendo mais umas três parecidas. Minhyuk a escolheu para conectar seu celular via bluetooth, escolhendo uma playlist qualquer, preenchendo o ambiente com o som de alguma música POP animada.

Sentindo o som ecoar em seus ouvidos e a sensação energética que a música lhe trazia, Minhyuk começou a mover seu corpo esguio no ritmo da música, a cabeça jogada sutilmente para trás e os olhos fechados. Ele não tirava a garrafa dos lábios, esvaziando mais da metade de sua primeira garrafa mais rápido do que pensou ser possível. O álcool descia quente, queimando, e a sensação era dolorosamente boa.

Flores de Inverno ♡ changkiOnde histórias criam vida. Descubra agora