Flores de Inverno ♡ changki

Simples

As coisas andavam relativamente calmas na vida Im Changkyun durante aqueles últimos dias. Já havia se passado semanas desde que ele havia apanhado pela última vez e estava tudo indo bem em seu trabalho – o Sr. Choi até mesmo havia lhe dado um casaco de cardigã horroroso, mas que Changkyun fazia questão de usar para agradar seu sempre rabugento paciente. E, ainda falando de um paciente rabugento, as coisas entre ele e Yoo Kihyun estavam realmente boas. Não havia recebido um "Eu também estou apaixonado por você" como resposta à sua confissão, mas, ele realmente não esperava recebê-lo. Sabia que estavam construindo uma relação ali e que, não necessariamente, eles começariam a admitir ou sentir certas coisas ao mesmo tempo.

O mais novo já estava tão feliz em apenas saber que Kihyun, ao menos, gostava dele em resposta. Podia ser algo ainda novo e pequeno – ou gigantesco e intenso –, ele não se importava. Porque Changkyun tinha a plena consciência que estavam apenas no começo de algo que podia durar, que podia se desenvolver e envolver os dois em uma relação realmente saudável e incrível. Não havia motivos para ter pressa ou ter medo. Se Kihyun estava realmente disposto a tentar algo consigo, Changkyun não via motivos para duvidar daquilo. Quem sabe, com o tempo, Yoo Kihyun não retribuísse aquela declaração?

Naquele momento, enquanto as coisas apenas estavam fluindo de maneira gostosa e leve, Changkyun não conseguia sentir-se sufocado e apressado para ter respostas mais claras por parte do seu hyung. Estava sentindo-se realmente encantado e feliz em estar ao lado de Yoo quase que diariamente. E, durante aquele em específico, o mais novo simplesmente não conseguia tirar um sorriso de seu rosto ao ver Kihyun tão animado. Depois da briga em que Jinseo e o mais velho haviam tido, Changkyun, pensando em uma forma de fazê-los estarem no mesmo ambiente sem brigarem novamente, considerou que talvez eles pudessem dar um novo passo no processo fisioterapêutico de Kihyun.

Já fazia ao menos duas semanas em que Changkyun havia percebido que a força nas pernas do mais velho estava aumentando, assim como seu equilíbrio. Além disso, em cada nova sessão, Kihyun conseguia dar mais alguns passos, quase que completamente sem sua ajuda. Ele estava cada vez mais preparado para poder abandonar a cadeira de rodas e Changkyun, durante aquela sessão, havia levado duas muletas para que Kihyun pudesse começar a treinar e se acostumar com seu uso. Em breve, sua independência aumentaria e aquilo havia trago sorrisos empolgados tanto na senhora Yoo quanto em Kihyun.

— Eu não acredito que você escondeu isso de mim! — Kihyun falou em um tom de voz empolgado, observando as muletas novas e feitas especialmente para ele. Changkyun deu de ombros suavemente, como se não fosse nada. E, quando Jinseo questionou o preço das peças novas e aparentemente caras, claramente na intenção de pagá-lo, ele disse que era um presente. Estava precisando de dinheiro – muito dinheiro, na verdade –, mas, enquanto observava Yoo Kihyun tão animado e sorrindo daquele jeito adorável para si, Changkyun pensou que qualquer esforço posterior valia a pena.

— Eu disse que era bom com segredos. — Ele retrucou, brincando, enquanto ainda andava de um lado para o outro na gigantesca sala de Kihyun, arrumando-a para mais uma sessão de fisioterapia. A senhora Yoo, como sempre, estava lá. Dessa vez, segurando o Sr. Bigodinho – que Changkyun havia trago para dar um "oi" para Kihyun – e fazendo carinho em seu pelo macio. Também estava completamente silenciosa, o que era bastante raro, uma vez que ela sempre estava tentando puxar assunto com o filho ou com o próprio Changkyun.

— Vem cá — Kihyun o chamou, subitamente. Acreditando se tratar apenas de um pedido de ajuda ou talvez alguma pergunta cotidiana, Changkyun rapidamente seguiu em sua direção, uma expressão levemente confusa em seu rosto. Entretanto, sua leve confusão logo foi transformada em choque e uma vermelhidão evidente, pois, tão repentinamente quanto havia o chamado, Kihyun levou ambas as mãos ao seu redor e o puxou para perto, deixando um beijinho gentil em sua bochecha direita. — Obrigado.