Capítulo 6

5.8K 386 48
                                    

Seus olhos eram misteriosos, ela não sabia definir se ele estava bravo, calado ou pensativo.
Finalmente ele abriu a boca e quebrou o silêncio:

- Para quem está com o pai doente vc está bem animadinha! - Ele soltou venenoso.

Ela o olhava com os olhos bem arregalados! O que ele tinha haver com a vida pessoal dela?
Ela continuou calada.

- Vc não vai falar nada? - Seus olhos eram de fúria, ela não sabia o porquê ele estava tão furioso.

- Vc não é meu pai! - Ela conseguiu falar

Ele andou rapidamente até onde ela se encontrava, ela estava simplesmente paralisada de medo, o que aquele psicopata ia fazer com ela?

Ele a agarrou e a beijou... era um beijo ardente, sua língua entrava na sua boca urgente, movia-se com violência. No começo ela resistiu. Mas estava tão bom, que ela cedeu, e respondeu ao beijo...

Ela nunca tinha beijado com tanta intensidade. Ele apertava seu corpo contra o dela e podia sentir sua ereção pulsante na sua barriga, as mãos dele brincavam em seu corpo, ela sentiu algo quente sair das suas entranhas.

Ele era muito bruto, mas era excitante, ele a envolveu no colo e colocou-a no balcão da cozinha. Ela não conseguia dizer não, pois era bom, diferente e gostoso de tudo que ela já tinha feito.

Ele ainda beijava sua boca ardentemente, desceu os lábios escorregando até o pescoço dela, beijando e fazendo ela soltar uns gemidinhos de prazer. Ele pegou seu seio pequeno para fora e sugou... ninguém nunca tinha feito isso... seu namoro com Dylan jamais tinha passado de beijos e abraços, quando ele queria avançar o sinal ela parava.

Então por que ela não conseguia fazer o mesmo com ele? Por que era tão bom? Por que seu corpo era tão traidor?

Ele continuava sugando seus seios e ela atracada nos seus cabelos, ofegante. Ele levantou o vestido e puxou a calcinha de lado, ela soltou um gemido de prazer quando brincou com a língua no seu ponto máximo de prazer. Ela pensava que ia sufocar com todas as sensações que ela estava sentindo, tudo tão novo é diferente. Ele abriu mais as suas pernas e de repente se afastou como se tivesse levado um choque!

Ele se ergueu, ela ainda estava ofegante olhando para ele, querendo mais, seu corpo ansiava por mais, mas seus olhos eram de surpresa.

- Vc é virgem? - Falou com tal repulsa, que parecia que eu tinha uma doença mais contagiosa do mundo.

Na hora meu corpo parou de vibrar, e a adrenalina que eu estava sentindo foi imediatamente suspensa. Eu fechei as pernas, ajeitei meus seios, foi quando eu me dei conta da loucura que eu estava fazendo.

Ele continuava a me olhar perplexo, eu fiquei totalmente sem graça, senti meu sangue gelar com aqueles olhos inquisidores.

- Por que vc não me falou antes? - Ele continuava enfurecido. A raiva também tomou conta de mim  e eu pulei do balcão falando.

- Tenho que andar com um cartaz pendurado no meu pescoço dizendo: "Eu sou virgem!" Me poupe.

Passei por ele e ele me segurou pelo braço, tentei me desvencilhar mas ele apertou mais forte.

- Vc está me machucando! - Rosnei.

- E iria machucar bem mais! - Ele me fitava tão intensamente que fez meu rosto corar de vergonha.

- Me solte! - Ordenei

- Quer ir no escuro? - Ele perguntou

Puta que pariu! Ela não superava o medo do escuro. Mas resolveu mentir.

- Vou, sem problemas.

- Quer dizer que vc é uma mentirosa convicta? Me enganou em tudo o que vc me falou?

- Vc é doente, doido ou os dois? O que eu te enganei?

- Será que a doença do seu pai é ao menos verdadeira? - Ele questionou

Movida por todas as emoções que ela estava sentindo, pressão, raiva, dúvida, medo, desprezo, etc. ela deu um tapa no rosto.

Ele a empurrou na parede com força! Caraca ela fez besteira! Ele olhava furioso para ela!
Apertou suas bochechas com as duas mãos e falou:

- Nunca mais se atreva a fazer tal coisa! Vc tá ouvindo sua pirralha! - Ele berrava.

Ela ficou horrorizada com a cara de fúria dele. As bochechas já lhe doíam quando ele a largou. Ela não conseguia tirar os olhos dele, estava estática e temerosa. De repente um misto de coragem se apoderou do corpo dela e ela saiu correndo em direção ao seu quarto, antes que chegasse lá ele a alcançou e apertou contra a parede.

Eles ficaram com os rostos colados, suados, ela sentia medo... mas também sentia um desejo incrível! Ela tinha feito besteira ao bater na sua cara, mas quem ele pensava que era para falar com ela naquele tom.

- Me solte! - Falou baixinho.

- Eu quero que vc me diga se entendeu o que eu falei para vc! - Ele falava baixo em seu ouvido, sentiu que o corpo dele reagia ao encostar no dela.

- Entendi. Nunca mais o senhor me verá nessa mansão. - Ela falou.

Ele enrijeceu os músculos, me apertou ainda mais contra a parede. Eu não sentia dor, queria mesmo que ele me beijasse! Que droga! Porque eu queria isso desse animal?

- Vc não irá embora daqui! - Ele sussurrou no meu ouvido, eu senti meus pelos todos se eriçarem.

- Vc não manda em mim! - Ela entrava no jogo de cão e gato dele.

- Mas sou muito poderoso em todo o país, vc não vai querer medir esforços comigo. Ou vc faz o que eu quero ou seu pai irá sofrer as consequências. - o tom dele era ameaçador.

Agora a excitação tinha passado e tinha ficado apenas o medo.

- Vc não teria coragem...

- Quer pagar pra ver? - Ele a ameaçava

- O que vc quer de mim?

- Eu quero vc toda! - Seis olhos eram ameaçadores e sedutores. Ele não estava blefando.

- Pelo meu pai eu faço tudo! - Ela falou com os olhos marejados.

- Assim eu não quero! Eu quero ver vc pedir! Implorar para que eu coma vc! - Ele falava encostando sua boca no seu pescoço

A mistura de desejo e ódio mais uma vez dominava ser ser, seu corpo traidor estava gostando das carícias. Foi difícil, mas ela resistiu com frieza.

Ele perceber e parou!

- Vou fazer vc implorar por mim! - Era uma promessa, e ela sabia que mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer.

Ele falou, abriu a porta do quarto, a fez entrar e saiu...

Ela ficou parada encostada na porta, que homem é esse? O que ela estava fazendo naquela casa? Agora era praticamente uma prisioneira, se saísse de lá, seu pai sofreria as consequências da fúria de um homem cruel.

Mas o que mais a intrigava eram as novas sensações que ela sentia... nunca tinha sentido tanto desejo em sua vida. Agora ela começava a entender o que as suas amigas falavam sobre fogo, tesão...

Ele é um homem experiente, bonito e sedutor... provavelmente sabia fazer loucuras com uma mulher. Ela sentiu novamente seu corpo arrepia-se, mas dessa vez foi de medo...

Ela sabia que alguém sairia machucado daquela relação, e com certeza esse alguém não era Jackson Parker....

Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora