Capítulo 18

5.2K 313 25
                                    

Voltei para o quarto, meu pai tinha se encarregado que começar meu dia da pior forma. Entrei, ela ainda estava dormindo, ainda era cedo, não passava das nove.

Aproveitei para adiantar algumas coisas, queria que ela descansasse a máximo possível. É claro, não queria que ela encontrasse com meu pai pela casa.

Não conseguia me concentrar direito, meu pai tinha destruído meus planos, provavelmente ele não deixaria que ela voltasse mais para Los Angeles, será que ele a deixaria aqui? De baixo da vista dele? Para me manter longe?

Meu pai sabia ser controlador quando queria, a única pessoa que ele não conseguia controlar era a ex-mulher. Anos e anos de terapia não foi suficiente para apagar a mágoa que ele tinha da mãe... não gostava de pensar nela. Afastou o pensamento.

Alguém bateu no porta. Ele foi imediatamente atender, para que ela não acordasse. Era Ivan o motorista, cheio de sacolas.

- Bom dia senhor, eu fui na loja que o senhor escreveu no papel, e a gerente me fez trazer todas essas sacolas. - Ele falou se desculpando. Tinha várias sacolas, roupas e utensílios que dava para ela vestir por mais de uma semana.

- Não se preocupe, sei bem como Michelle é! - Ela também tinha sido sua ex-namorada. Uma das poucas que tinha se tornado sua amiga. Sempre o ajudava quando precisava.

- Diga para May fazer um caldo ou uma sopa.

- Sim senhor! - Ele falou e se despediu.

Era quase meio-dia, quando ela começou a se mover lentamente na cama, de repente ela sentou-se rapidamente na cama e me olhou assustada.

- Onde... o que eu estou fazendo aqui? - Estava apavorada. Confesso que a cena me fez rir. Ela era tão linda ao acordar. Os cabelos loiros sobre o rosto, os olhos incrivelmente azuis, parecia um anjo.

Me levantei e ela olhou por debaixo da coberta e disse:

- Nós não...

- Claro que não, se eu tivesse entrado em vc, pode ter certeza que vc ia sentir, seu corpo ia sentir até o último fio de cabelo. - Sorri para ela, que ficou vermelha como um pimentão, essa era a minha gatinha.

- Quem tirou minha roupa?

- Pode apostar que foi vc! E foi insuportável dormir com vc assim. - Me sentei ao lado dela, aqueles lábios rosados era um convite para um beijo. Mas eu não podia avançar o sinal, qualquer passo em falso, ela recuaria.

Ela ficou me olhando por um tempo e finalmente falou:

- Vc me sequestrou?

Eu ri pra valer!

- Jamais! Vc me pediu para levar a um lugar que não fosse a mansão. Não tenho culpa de vc ter apagado!

- Vc não vai dizer? -parou, fez uma careta e colocou a mão na cabeça. Ai! Nunca mais eu bebo! - Ela queixou-se!

- Essa é a conversa de todo bebum!

- Eu não sou nenhuma bêbada, apenas passei da conta ontem! - Falou segurando a cabeça.

- Acredite que vc estaria bem pior se eu não tivesse lhe dado remédio ontem.

- Eu tomei remédio? - Perguntou incrédula, eu confirmei. - Nossa! Sinceramente eu não lembro de nada, apenas quando entrei no seu carro.

- Um banho frio é muito bom para ressaca. Se vc quiser, aqui tem uma banheira maravilhosa! - Me insinuei.

- Obrigada, mas eu ainda sei tomar banho sozinha. - Fechou a cara. Essa gatinha estava muito arredia.

Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora