Capítulo 16

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Entrei no carro em silêncio, se ele estava pensando que eu ia me entregar a ele, estava redondamente enganado. Com ódio que ela estava dele, não tinha carícias que resolvesse.

Eles passaram por uma avenida oposta ao da mansão. Seus olhos começaram a ficar pesados... maldito álcool, misturado ao cansaço da semana e a adrenalina... ela estava apagando.

Forçava à vista para se manter acordada, mas ...

Apagou!

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#Jack

Cheguei na boate "envenenado", estava disposto a sair com ela nem que fosse carregada. Só não sabia que ela ia ser tão resistente.

Linda! Sedutora! Arrasadora! Gostosa! Mas apenas eu, somente eu, tinha provado aquela doce e tentadora menina.

Mas quem eu via dançando na frente, em nada se parecia com aquela doçura de menina. Ela parecia estar feliz. Olhei em direção à que ela estava olhando... desgraçada! Ela estava flertando com um moleque na minha frente!

Lembrei o que Dany falou sobre o pique dos mais jovens! Fiquei com ciúmes? Que isso? Claro que não Jack! Vc é um homem! Pq teria ciúmes de um pirralho? Pq a sua gatinha estava dançando sensualmente para ele? Era melhor acabar com aquela palhaçada!"

Dei ordem aos meus seguranças que ao meu comando acabaria com a festa desse moleque e do outro que estava acompanhado de uma menina, mas não tirava os olhos de Angel! Sobraria até para a amiguinha dela, se ela resistisse por mais tempo.

A música acabou e eu me aproximei. Não estava acostumado a levar foras. Brincava com a mulherada, mas sempre as tinha a hora que queria! Não era com essa pirralha que ia ser diferente.

Poderia ser o álcool, a decepção, ou os dois.... o fato é que ela estava diferente e irresistível. Ela não ia ceder!

Meu corpo estava louco por ela, mas nunca foi a minha ir para cama com quem me ignorasse, apesar dessa ser a primeira vez.

Não, eu não queria! Queria ela entregue! Me pedindo, me implorando... tive uma ideia que ia fazer com ela cedesse mais um pouco!

Tinha que apostar alto! Ela sabia jogar! E isso me deixava ainda mais excitado.

Olhei para o lado ela estava dormindo como um anjo, "bebeu demais, não está acostumada!"

Linda! Ela é linda! Pensamento besta esse! Cheguei no aeroporto, parei o carro, mas ela nem se mexeu, apagou mesmo. Dei a volta, abriga porta do carro e ela nem se movia. Peguei-a no colo, era leve, ela não teve reação nenhuma.

Imaginei ela indo embora com um daqueles moleques. Iam fazer o que quisesse com ela. Não enquanto ela fosse dele! Ele não ia admitir.

Entraram no avião dos Parker! Ele a levou direto para a pequena suíte que ficava na parte de trás da aeronave. Deitou-a na cama e saiu para conversar com o piloto.

- Desculpa o incomodo, mas o senhor não está sequestrando essa menina não né? - Jeremy perguntou.

- Não se preocupe! Não estou. Ela apenas bebeu demais. Vou para o quarto, quando estivermos chegando, me avisem!

A aeromoça era um dos meus casos, não ficou satisfeita ao me ver entrar carregando uma mulher no colo. Nem dei bola para ela. Fui ver como estava minha gatinha.

Entrei na suíte, ela continuava imóvel, me deitei e a aconcheguei nos meus braços, ela não fez nenhuma objeção.

Ordenei que o motorista fosse me buscar quando chegássemos. O percurso era rápido, as cidades eram próximas, o relógio marcava pouco mais de meia-noite.

Eu não queria dormir, pois sabia que ela só acordaria na manhã seguinte, e tê-la ao meu lado sem poder fazer nada era torturante.

Uma hora e meia estávamos em nosso destino San Francisco! Sim, eu iria levar minha gatinha para ver o pai. Sabia que ela estava irada, essa viagem iria amansar o coraçãozinho dela!

O avião aterrizou, a aeromoça bateu suavemente na porta, me levantei de vagar para não desperta-la.

- Oi!

- Já estamos em solo! O motorista já está esperando!- Ela me deu uma olhada! - Tem tesão por mulheres desmaiadas agora? - Perguntou chateada

- Obrigado, já estamos descendo!

Ela me olhou com um olhar matador e saiu.
Voltei a cama e a peguei no colo novamente, dessa vez, ela se segurou nos meus ombros. Desci com ela, o motorista já quando me viu abriu a porta de trás para que entrássemos.

Aconcheguei-a no meu colo, por que essa menina mexia tanto comigo? Ela estava deitada no meu colo feito um anjo, não sabia nem onde estava.

- Quem está em casa? - Perguntei.

- Seu pai e o seu irmão senhor!

- Chegaram faz tempo?

- Sim, saíram cedo cedo! May mandou avisar que o seu quarto está pronto.

- Amanhã cedo quero vá a lojas femininas e traga calça jeans, e blusa. - Dei o número que achava que ela vestia. - Vc pode fazer isso?

- Sim senhor!

Terminamos o percurso em silêncio, chegamos em casa, fazia algum tempo que não ficava na casa de San Francisco, gostava de viver sem a presença de pai e do meu irmão, não que eles fossem más companhias, mas sempre dei mais valor à solidão.

Desci do carro com ela, observei que a luz do quarto do meu pai estava acesa, "tomara que ele não veja, vai ficar imaginado muita coisa, vai me dar um sermão e tanto se ver Angel", entrei na mansão, subi as escadas que me levavam ao quarto, adentrei no quarto e a coloquei na cama. Fiquei admirando a beleza angelical e ao mesmo tempo estonteante daquela garota! Aquele quarto não traria más lembranças à ela.

Deixei o quarto a meia luz. Voltei para cama, tirei os sapatos altos dela, seus pés eram tão delicados, me lembrei de dar alguns remédios à ela, caso contrário ela se levantaria com uma ressaca terrível. Peguei algumas amostras na cabeceira, enchei um copo com água e a sentei na cama.

- Angel, acorda gatinha. - Depois de chamá-la várias vezes. Ela deu um gemidinho, que sempre me deixa louco. - Tome esses remédio se não quiser ver o mundo girando amanhã.

Ela tomou, ainda de olhos fechados.

- Eu quero ir ao banheiro. Onde eu estou?

- Em segurança, venha!

Eu a levantei e levei ao banheiro. Deixei a luz bem fraca e fiquei esperando, ela não demorou muito e saiu. Ainda como olhos semicerrados, provavelmente não se lembraria de nada de manhã. Antes de chegar a cama ela tirou o vestido e ficou somente de calcinha.

Aquilo me excitou ao extremo, como ia conseguir dormir com ela quase nua nos meus braços sem poder fazer nada? Essa menina cada dia que passava me deixava mais louco.

Eu a vi deitar e se embrulhar com a coberta. Precisava de um banho frio, para apagar o fogo que ele estava sentindo. Enquanto tomava banho pensava: "Por que eu não me afasto dessa garota? Estou vendo que isso é perigoso demais!"

Continuava o banho e refletia nos últimos acontecimentos. Era melhor deixá-la ir! Seria menos danos.

Voltou para o quarto, e quando olhou para o rosto dela angelical, toda a sua reflexão foi por água abaixo. Deitou-se nu ao lado dela, ele faria tudo para tê-la novamente em seus braços. Se colocou na posição de conchinha e deitou dormir ao lado daquela menina-mulher tão perfeita.

Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora