Capítulo 61

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Exausta!!!

Era assim que eu me sentia! O cansaço me consumia, o estresse no hospital, o reencontro e a noite com Jack... ah! Essa tinha sido maravilhosa! Mas foi muita coisa para meu corpo, o efeito da medicação foi uma fadiga extrema. Lembro-me dele ter me acordado e ter me dado um copo com leite, torradas e remédios. Dormi novamente...

- Gatinha... minha bela adormecida... é tão manhosa e dengosa...

Senti ele falar longe... mas soube que não estava sonhando quando ele se deitou ao meu lado, me puxando para ele. Eu o abracei e fiquei aconchegada no seu peito másculo.

- Assim até eu durmo! - Ele falou rindo. Deu um beijo na minha cabeça. - Está na hora do almoço, sua irmã já brigou comigo.

- Por que? - Minha voz saiu grossa. O que será que ele tinha aprontado.

- "O que você fez com a minha irmã ontem? Ela mal consegue abrir os olhos! O médico falou repouso! Se alguma coisa acontecer com ela eu mato você!" - ele estava imitando a voz de Amanda o que me arrancou sorrisos.

- Vou contar a ela que você quase me mata ontem. - Falei baixinho.

- Você gostou! Está relaxada... - Eu sorri, era tão convencido. - Se você não quiser que ela me mate, é melhor acordar.

Com muita dificuldade abri meus olhos.

- Você passou o dia aqui?

- Não, eu dividi com Amanda nossos cuidados com você, de manhã eu vou trabalhar, e ela fica com você. A tarde ela vai para faculdade e eu fico com você, além é claro, da noite, da madrugada... - Ele beijou várias vezes minha cabeça.

- Então quer dizer que você vai deixar eu dormir a tarde?

- Claro! Eu também estou cansado.

- Vou tomar banho e volto. - Anunciei a ele.

- Eu vou com você!

- Não senhor! Você não vai me deixar tomar banho, e além do mais... - Eu olhei para ele. - Eu acho uma judiação não poder fazer nada com você!

- Nem me fale... eu estou para subir nas paredes. Estou contando nos dedos os dias que faltam para te possuir.

Eu fiquei vermelha... ele mexia demais comigo!

Me levantei devagar para não ficar zonza novamente. Me dei conta que eu estava nua.

Ele sorriu malicioso. Não resistiu, tirou o terno que ele estava vestindo, e rapidamente ficou completamente nu. Que saudade eu estava daquele membro grande e duro dentro de mim.

- Se você ficar vermelha mais uma vez, eu não me responsabilizo por mim.

Ele me ajudou a levantar, depositando vários beijos no meu rosto, ele estava tão romântico. Entramos juntos no banheiro, e por incrível que pareça ele se comportou direitinho, não me forçou nada, mas o seu ereção estava para explodir a qualquer momento. Trocamos alguns amassos e beijos ardentes durante o banho. Tudo muito sensual, meus sexo estava latejando, eu sabia que não seria uma boa ideia ele cuidar de mim. Ele estava extremamente excitado, não aguentou e se masturbou, enquanto me acariciava, me beijava e me lambia ao mesmo tempo. Ele explodiu num gozo forte, urrando no meu ouvido e dizendo que me amava... melhor que isso, só quando podermos fazer amor por completo.

Terminamos o banho, saímos do banheiro sorridentes como dois adolescentes apaixonados. Ele vestiu uma calça de moletom preta e uma camisa da mesma cor, ele e o seu gosto sombrio. Vesti um conjunto de moletom, porém era branco, hoje o dia estava bem frio.

Saímos do quarto, eu estava tão abobalhada que só tinha olhos para ele. Confesso que ele também só tinha olhos para mim. Ele tentava me agarrar e eu me soltar dele, ele me puxava, cheirava meu pescoço e eu me soltava. Parecíamos cão e gato, nessa brincadeira tão gostosa.

Foi nesse clima de paixão que passamos na sala de jantar onde meu cunhado e minha irmã estavam sentados nos esperando.

Ele estava me abraçando por trás, com a cabeça presa entre meu ombro e a cabeça, senti meu sorriso sumir quando dei de cara com eles, Jack continuou sorrindo, como se eu fosse um troféu.

A sala toda bem decorada, a mesa de vidro estava posta para quatro pessoas, tudo como manda a etiqueta. Minha irmã tinha se acostumado rápido à vida de madame.

- Fico feliz em ver que os pombinhos já se reconciliaram! - Adans falou sorrindo.

- Eu consigo ser bem persuasivo quando quero! - Ele falou ainda agarrado a mim e deu um beijo na minha bochecha.

- Eu sabia que ele não ia me deixar em paz, fiquei com pena e estou estudando se dou uma chance à ele! - Falei brincando.

- Ah é? - Ele me virou e olhava surpreso! - Depois a gente conversa mocinha.

- Agora está explicado o porquê ela estava tão exausta de manhã. Se você não respeitar as ordens médicas Senhor Jack, vai ter que deixar o quarto da minha irmã. - Amanda era a única que não parecia feliz.

Fiquei sem graça e me afastei de Jack, ele também ficou sério com o comentário de Amanda, e foi repreendida pelo noivo.

- O que é isso Amanda? Deixa o casal se reconciliar. Ou você quer que eles vão embora?

- Claro que não! Eu quero que ela fique bem.

Eu e Jack nos sentamos, mas a fome tinha sumido como um passe de mágica. Adans advertiu a noiva:

- Mas é complicado a gente aconselhar uma abstinência enquanto um casal quer se reconciliar. - Ele falava meio encabulado. - Mas eu sugiro que tenham cautela, pois uma infecção mal tratada na gravidez pode ocasionar problemas sérios para a mãe e a criança futuramente.

- Obrigado amigo, nós estamos seguindo as recomendações médicas, eu jamais colocaria em risco a saúde das mulheres que mais amo em risco. Mas nós estamos tentando nos reconciliar sim, para o bem estar da nossa filha que está a caminho, mas principalmente para nosso bem, nós nos amamos e queremos recomeçar mais uma vez. Não é meu amor? - Jack falou firme para os dois. Nossa que clima! Mas eu entendia a posição dos dois, tanto da minha irmã, que queria me proteger, como do Jack que queria reconciliar.

- Sim... bom eu acho que não foi uma boa ideia ter vindo para cá...

- Não mana! - Amanda quis corrigir o que tinha falado. - Eu só quero proteger você...

Droga! Agora as lágrimas queriam surgir no meu rosto.

- Eu perdi a fome... - Me levantei, ouvi o chamado da Amanda, mas eu não retornei, talvez minha irmã tinha razão, ela sutilmente queria dizer que eu estava perdoando Jack rápido demais. Mas o que eu podia fazer? Se eu o amava desesperadamente!

Entrei no quarto, ainda cega pelas lágrimas que rolavam no meu rosto. Eu estava tão feliz, agora eu estava me sentindo perdida, precipitada, agindo como uma menina carente.

Sentei na beira da cama, coloquei as mãos no meu rosto e desabei no choro. Eu estava tão emotiva...

Senti as mãos de Jack me envolver num abraço quente. Eu quis empurra-lo mas ele não me soltou, beijava minha cabeça, tentando me consolar.

Eu sabia que essa estadia na casa da minha irmã com Jack não ia dar certo! Agora eu estava me sentindo ainda mais confusa do que antes...

O que eu faço? Será que teria sido uma boa ideia perdoa-lo? Eu começava a sentir dúvidas sobre a nossa relação.

Boa noite princesas!

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Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora