Capítulo 23

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Uma semana havia se passado desde o atentado. É muito serviço ainda precisava ser feito! Merda! Eu estava necessitando de uma
mulher! Mas não era qualquer mulher, eu queria aquela maldita menina loira dos olhos azuis que tirava meu sono todas as noites!

Minha família estava toda reunida no hospital de Nova Yok, minha mãe é claro, era o centro das atenções como ela adorava, depois de quatro dias acordou do coma e estava lá, arrodeada dos trouxas, meu pai e meu irmão. Me dava ânsia só de pensar naqueles bobos puxando o saco dela, ela nunca ligou para nenhum de nós.

Era segunda a noite, estava me arrumando para ir ao hotel quando meu pai apareceu na porta do escritório.

- Boa noite filho!

- Boa noite pai.

- Já está de saída?

- Sim, estou muito cansado! - Respondi, mas já sabia o que ele queria.

- Sua mãe acordou faz tempo, já saiu da Uti, está no quarto e em breve estará no seu apartamento.

- Que bom!

- Filho...

- Por favor pai! Eu aceito todos os seus sermões, menos aqueles que dizem respeito a aquela mulher!

- Aquela mulher é a sua mãe!

- Infelizmente sim! A gente não pode escolher!

- Filho ela quer ver vc! Ela quase morre...

- Ela corre risco de vida?

- Não mas...

- Então, melhoras pra ela. Ela já tem a sua companhia e a do meu irmão. Ela não precisa da minha.

- O que que têm eu? O que estão falando de mim? - Frank entrou no escritório, devidamente bem vestido com seu Jaleco impecável. Fisicamente ele se parecia muito com a mãe, cabelos loiros e olhos verdes. Mas tinha um coração bom e generoso como o pai, comigo acontecia o contrário.

- Papai com o sentimentalismo dele. - Dei de ombros.

- Pai, o senhor sabe que o Jack não tem coração. O senhor como um cardiologista famoso, nunca descobriu isso? - O irmão era cheio de piadas.

- Engraçadinho. - Forcei um sorriso.

- Doido para terminar todo esse serviço e voltar para casa! - Suspirei

- Deixou alguém em Los Angeles irmão? Não pode trazê-la para cá? - O irmão se interessou, sentou na poltrona e ficou de frente para Jack, que olhou para o pai. Ambos ficaram se olhando em silêncio.

- Impressão minha ou está acontecendo algo qua eu não sei? - O irmão estava curioso.

- Seu irmão agora se envolveu com uma menina de dezoito anos. - Meu pai tinha que descontar a raiva que ele estava sentindo de mim.

- Dezoito? - O irmão se assustou! -Pelo amor de Deus irmão! Vc destrói até o coração das desalmadas que dirá de uma bebezinha de dezoito anos!

- Até vc? - Bufei!

- Dê pra mim! - Ele falou brincando, mesmo assim eu fiquei bravo e joguei um bloco em cima dele, que se defendeu com as mãos. Jamais deixaria que ninguém encostasse um dedo se que me nela.-  Ei! Minhas mãos valem milhões de dólares!

- Pois ficará sem elas se ousar a tocar nela! - Droga! O que eu tinha acabado de falar?

- Xi pai! O negócio tá sério ein! - Ele adorava me provocar na frente do nosso pai, sempre foi assim desde crianças. - Não se preocupe irmão, não curto meninas novas!

Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora