Capítulo 57

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Abri os olhos devagar, dei de cara com os olhos mais lindos que vi na minha vida. Eles estavam vermelhos, talvez tivesse chorado? Não, eu só podia estar enlouquecendo mesmo, Jack não era homem de chorar.

Eu estava hipnotizada olhando para ele, agora ele está barbudo, bem mais magro... então a noite passada enquanto eu sonhava com ele e senti seu beijo a minha face não era um sonho?

Ele real? Ele estava ali! Ao meu lado, me olhando como se eu fosse tudo para ele... Me dei conta que eu estou grávida e numa cama de hospital, e não mais no quarto dele.

Me sentei rapidamente na cama, o esforço fez minha cabeça girar, e eu a segurei como se o meu cérebro estivesse solto dentro dela.

- Angel... - Ele falou preocupado, tentando me pegar, mas eu recuei.

- O que você faz aqui? O que você quer comigo? Você fez a sua escolha, o seu lugar não é mais ao meu lado! - Eu desabafei o mais rápido que pude. Mas minha cabeça não parava de doer.

- Calma. - Ele sentou-se ao meu lado lado e quis me abraçar.

- Me larga... - Droga! Eu estava chorando, com dor de cabeça e não tinha forças para me soltar dele.

- Por favor, deixa eu te abraçar, eu preciso desse abraço... como eu esperei por ele.

Ele parecia tão sincero, mas em se tratando dele, eu sabia que tudo podia ser mentira, mas ... merda! Eu também precisava daquele abraço! Eu não correspondi, mas deixei que ele me envolvesse no seus braços fortes, quentes e protetores. Eu me senti segura, amada e senti paz percorrer pelo meu corpo. Aquele abraço era tudo que eu precisava, era o meu consolo, eu ansiava por ele todos os dias, mesmo que eu quisesse negar, era ali que eu queria estar...

Sabia que eu estava cometendo um erro grave, mas dane-se meu orgulho, eu precisava abraçá-lo também. Eu correspondi o abraço e eu senti que o corpo enorme dele relaxou, como se tivesse encontrado paz... permanecemos um bom tempo abraçados, ele fazia carícias na minha cabeça, massageava meu couro cabeludo, soltei um gemidinho suave, nesse momento eu senti a dor de cabeça passando lentamente

Como eu amo esse homem, dois meses se passaram e eu tentando enganar meu coração, fingindo que eu estava esquecendo-o, enquanto que na verdade eu o amava com toda a força do meu ser. Deixei minhas lágrimas de saudade vir com vontade, ele sentiu quando elas molharam seu ombro, e me apertou ainda mais em seu peito e beijou minha cabeça saudoso. Como era bom ser cuidada por ele, agora nós não éramos só nós dois e sim três, eu, ele é nossa filha em nosso ventre. A lembrança me fez recordar que eu não era a única que carregava um filho dele, e ao lembrar de Jéssica, e o empurrei com toda a força que tinha.

Ele se afastou sem entender, e me olhou como se precisasse de explicação.

- O que você faz aqui?

- Eu vim te buscar...

- Me buscar? Você tá louco? Eu já disse! Você fez sua escolha.

- Angel eu só saio daqui com você!

- Você jura? Nunca! Eu vou embora com a minha... - Ela se deu conta que foi só contar para irmã que estava grávida, Jack apareceu. - Eu mal contei para Amanda e o noivo dela foi correndo lhe contar!

- O que? - Ele fez cara de assustado! - Quer dizer que todo mundo sabia que você estava grávida, menos eu que sou o pai? - Ele parecia zangado.

- Quem disse que é seu?

- Não seja ridícula gatinha! Eu fui o único homem da sua vida! Óbvio que esse filho é meu!

- Quem te garante que você foi o único? - Eu queria magoá-lo e pelo visto eu atingi em cheio.

Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora