Capítulo 38

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A decepção no rosto dela fez meu coração despedaçar, eu nunca imaginaria que ela pudesse aparecer sem avisar no hospital. Justamente naquela hora? Seria o destino, querendo que nós não nos uníssemos?

Angel não falou uma palavra! Ficou estática.

- Angel eu posso explicar...

- Não encoste em mim...

- Angel...

- Ah! Eu acho que vou desmaiar Jack!

Não dei bola para o teatro de Jessica, mas realmente ela se escorou em mim e começou a cair... eu virei para pega-la, antes que ela se machucasse no chão.

- Jéssica! - Eu a peguei pelo colo, e quando procurei Angel com os olhos, ela já estava na porta de saída, correndo, fugindo de mim...

#Angel

Fui à faculdade, conversei com alguns colegiados. Mas minha cabeça não estava boa para escolher nada. Depois de muito andar pelo local, resolvi fazer uma surpresa à Jack. Ia buscá-lo para almoçarmos juntos.

Cheguei na recepção e vi Jéssica toda derretida ao lado de Jack. Ele aparentemente estava incomodado. Então era por isso que ele estava diferente esses dias? Será que essa mulher estava trabalhando aqui em San Francisco? Não é possível! Quando teríamos sossego?

Jack ficou visivelmente nervoso quando eu o chamei. Jéssica ficou me provocando, mas meu cérebro estava lento, confuso... ou talvez eu apenas não quisesse entender. Até que ela falou:

"Espero que você seja uma boa madrasta para nosso filho!"

Essa frase fez meu mundo todo desmoronar!

Grávida? De Jack?

Era mais do que eu poderia suportar! Senti todo o sangue do meu corpo sumir.

Desgraçado! Era isso que ele escondia de mim? Era por isso que ele andava calado, pensativo pelos cantos? Até quando ele pensava que ia esconder isso de mim?

Ela fingiu um desmaio, dava para ver que a cena era falsa. Mas pelo visto Jack pensou ser verdade. Ele ficou sem saber, se ia atrás de mim ou se acudia Jéssica. Óbvio que ele escolheu a segunda opção, ia ser assim daqui por diante. Ela estava grávida, ela seria prioridade para ele. A imagem dele a carregando no colo, era dolorida demais...

Saí correndo para fora do hospital, era como se uma faca estivesse sendo cravada no meu peito. Como ele era baixo, mentindo esse tempo todo! Até quando? Até quando?

Por sorte passou um táxi e ela deu com a mão, o mesmo imediatamente parou. Entrei ainda em estado de choque, não conseguia chorar. Eu estava chocada.

- Tudo bem moça? - O taxista era um senhor que aparentava ter uns cinquenta anos.

- Tudo moço. - Dei o endereço da minha irmã e ele seguiu o destino.

O trânsito não estava tão intenso, olhava para os inúmeros prédios que compunham a paisagem até o prédio de Adans. Quinze minutos depois eu estava na frente do apartamento da minha irmã.

Apertei na campainha, minha irmã demorava a atender, eu apertei com vontade e a ouvi gritar do outro lado:

- Já vai!

Ela abriu com a cara muito chateada, mas rapidamente foi mudada para a de espanto quando me viu em choque.

Eu a agarrei com toda a minha força e só nesse momento eu senti todas as lágrimas presas rolarem com vontade pelo meu rosto.

Amantes na noite (Lovers at night)Onde histórias criam vida. Descubra agora