C A P Í T U L O 01

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SEM REVISÃO!

Ontem foi meu aniversário de 18 anos, despertei animada acreditando que receberia ao menos beijos, abraços e felicitações da minha família, pois é apenas uma vez na vida que se chega à maioridade

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Ontem foi meu aniversário de 18 anos, despertei animada acreditando que receberia ao menos beijos, abraços e felicitações da minha família, pois é apenas uma vez na vida que se chega à maioridade. Eu me iludi. Meu dia transcorreu como todos os outros ao longo da minha curta vida, e o único presente que recebi foi um tapa do meu irmão no rosto, quando retruquei dizendo que ele mesmo poderia fazer o seu suco já que não gostou do que eu fiz. A bofetada foi tão forte que senti o gosto de sangue na boca e meus olhos marejarem; nossos pais riram enquanto eu massageava a face latejante.

Mas não é só pelo o que aconteceu ontem que, enquanto faço as compras da semana no supermercado próximo a minha casa, sinto como se eu fosse explodir devido a torrente de sentimentos negativos, seguro um soluço preso na garganta e as lágrimas que estou reprimindo fazem meus olhos arderem. São anos sendo desprezada e tratada como um saco de lixo por aqueles que deveriam me amar, cuidar e proteger, isso me deixa amargurada comigo mesma por ser trouxa de ainda ter a esperança de receberia o carinho deles. Eles me odeiam e eu nem sei o que fiz para merecer isso.

Afinal, qual é o meu pecado? Ter nascido?

Apoio-me numa das prateleiras no corredor onde estou, pois meu corpo treme pelo esforço que faço para não sucumbir ao choro, inspiro e expiro algumas vez, tentando me acalmar. Deixo para extravasar minha tristeza quando estiver no meu quarto, com a cabeça no meu travesseiro, assim eu não incomodo ninguém.

- Tudo bem com você, moça? - Pulo assustada quando ouço alguém falar atrás de mim.

A voz rouca causa um arrepio estranho em meu corpo, limpo uma lágrima teimosa e me viro, só pra ter o ar arrancado dos meus pulmões e meu coração bater acelerado, minha voz sumiu e tudo o que consigo fazer é encarar o deus do Olimpo parado na minha frente. O homem é lindo, alto, forte, cabelos castanhos longos presos em um rabo de cavalo alto, olhos castanhos escuros e misteriosos, lábios bem feitos e estava todo vestido de preto.

- E-eu estou... bem. - Gaguejei, liberando a respiração que prendia, e ainda encarando-o.

- Mesmo? Posso ver que está se segurando para não chorar. - Ele diz e parecia realmente preocupado, o vinco em sua testa o deixava ainda mais lindo.

- Hmm... Não se preocupe, é bobagem minha, nada sério. E-estou b-bem. -- Sussurro e baixo a cabeça, olhando para meu tênis velho, ele me deixa nervosa.

- Ok, eu não vou importuná-la. - Sinto seus dedos no meu queixo, erguendo meu rosto e me fazendo olhá-lo nos olhos agora negros, carregados de ternura e algo mais que eu não soube decifrar. - As coisas vão melhorar principessa, logo tudo vai mudar, eu prometo.

Raptada Pelo Chefe Da Máfia - (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora