C A P Í T U L O 23

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→ NÃO REVISADO!

Uma venda foi colocada sobre os meus olhos e um abafador de ruidos cobriu meus ouvidos

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Uma venda foi colocada sobre os meus olhos e um abafador de ruidos cobriu meus ouvidos. Dois corpos grandes me apertavam na parte de trás do carro, a raiva por ter sido traída por quem considerei minha melhor amiga e o adrenalina de saber que fui pega por um rival fez meu sangue aquecer e meu coração galopar no peito, mas eu estava mais preocupada com o bebê dentro de mim e com Antonella, se eu desconfiasse minimamente que algo assim aconteceria, não teria trazido ela comigo.

Rezei para que o telefonema que um dos soldados fez, antes de ser assassinado, alertasse Rocco sobre o que estava acontecendo e que ele viesse nos resgatar. Mesmo assim, eu sabia que não podia ficar esperando por um movimento dele e, se quisesse nos tirar desse pesadelo.

Respirando fundo pra me acalmar, imaginei quais ações eu poderia fazer fugir desses homens, mas nada era sensato de se fazer, visto que Antonella não estava no mesmo carro que eu, então, qualquer movimento que eu fizesse poderia ser revertido para ela.

Minutos depois de ver apenas escuridão e ouvir somente o pulsar acelerado do meu coração nos meus ouvidos, senti o carro parar e uma brisa leve arrepiar minha pele quando o carro parou e as portas foram abertas. Fui puxada com violência de dentro do carro e praticamente arrastada por um caminho asfaltado; eu consegui sentir o cheiro salgado do mar, mas não poderia dizer exatamente onde estávamos.

De repente, uma das mãos rudes que me seguravam me soltou com um solavanco, era como se ele tivesse caído - meus olhos e ouvidos ainda estavam tampados, então, eu não tinha noção do que estava acontecendo. Senti meus pés saírem do chão quando fui colocada sobre os ombros de outro homem e ele subiu comigo por uma es@cada.

Senti a maciez de uma poltrona quando fui jogada sobre ela, o protetor e a venda foram arrancadas de mim sem nenhuma gentileza.

- Porra! - gritei com a dor e chutei as pernas do homem a minha frente.

Ele me respondeu com um tapa no rosto, que me fez ver estrelas.

- Fica quieta, vadia! - berrou e se virou, quando Antonella foi trazida e jogada na poltrona ao lado da minha.

Ela chorava muito, seu rosto estava banhado de lágrimas e um filete de sangue descia do seu nariz.

- Seus imbecis, o que fizeram com ela? - voei para cima do brutamontes que a tinha trazido, mas fui barrada pelo o outro, que me agarrou e me jogou na poltrona outra vez.

- Eu mandei você ficar quieta, caralho!

Não me importando com o que ele falou, me virei para Antonella e a trouxe para o meu colo, que se encolheu, ainda chorando.

- Estou com muito medo - ela murmurou baixinho.

- Shhh, querida. Vai ficar tudo bem - prometi, mesmo que a realidade do que estava acontecendo mostrasse que não.

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⏰ Última atualização: Mar 18 ⏰

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