C A P Í T U L O 09

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→NÃO REVISADO!

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Oca. É assim que tenho me sentido desde a conversa no escritório do Rocco. Eu olho para o meu passado e tudo o que vejo é um imenso e escuro vácuo, é agoniante, tanto que me sinto vazia.

Nos dois dias seguintes após as revelações eu me manto trancada no meu quarto, Rocco tentou entrar algumas vezes, ele batia insistentemente na porta e chamava por mim, me pedia para conversar ou que comesse algo, mas eu não queria ver ninguém, nem sentia fome. Só queria ficar sozinha por um tempo e pensar, porém, quanto mais eu pensava, mais perdida me sentia.

O que eu devo fazer agora? Esse é a pergunta que me faço constantemente e nunca tenho uma resposta. Vivi quase 19 anos a esmo, rodeada de mentiras e segredos, mas agora entendo a falta de carinho e desamor da minha ex-família postiça, com certeza eles me suportavam por obrigação, só que saber a verdade faz a dor do desprezo mais suportável. Mesmo que não a alivie por completo, doe menos.

Na verdade, o que me assusta é o futuro. Deus, o que eu faço agora? O que vai me acontecer de agora em diante?

Devo ter medo de Rocco e das pessoas que me cercam? Afinal, todos são criminosos, pior, são mafiosos que não se importam com vidas alheias, e o pouco que sei é que são seres frios e capazes de matar alguém sem qualquer remorso. Será que Rocco me fará algum mal se eu fizer algo que o desagrade?... Não, ele não faria nada que me machucasse, ele me prometeu isso e sempre foi amoroso, carinhoso e paciente comigo. Mas, devo acreditar que a sua maneira de me tratar é real? Sem interesses? Seus sentimentos por mim são verdadeiros? Ou ele é como Enzo, Pietro, Graziela e os Salvatore? Um interesseiro? Será que ele quer mais poder do que já tem?

Soco com mais força o saco de boxe, bato até que sinto meus dedos fiquem vermelhos e latejantes de dor, mas não me importo, apenas passo a revezar os socos com chutes, extravasando toda a minha raiva e angustia. Passo minutos - ou talvez horas - assim, chutando e socando o saco de pancadas, até que o apetrecho não resiste e rasga frontalmente, se esvaziando da areia que o enchia. Dilacerado. É como eu deixei o saco, e é assim que me sinto, dilacerada.

Deixo no chão, o material borrachudo que cobre o piso e macio em baixo de mim, mas nem isso me conforta. Cubro meu rosto com o braços e, finalmente, permito que as lágrimas que não me deixei chorar durante anos se juntassem às novas que pensei em guardar dentro de mim e transbordassem.

Eu ouvi passos vindo até mim, mas não tirei o braços que cobriam meu rosto.

Senti o perfume do Rocco, mas não o apreciei como sempre fazia.

Raptada Pelo Chefe Da Máfia - (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora