C A P Í T U L O 19

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NÃO REVISADO!

— Limpem tudo!

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Limpem tudo!

Foi a última ordem que Rocco deu quando toda a tortura acabou. Me afastei da janela do galpão, de onde assisti tudo, assim que ele virou-se para sair e corri pelo caminho de pedra, indo para casa.

Minhas pernas estavam bambas, enquanto corria, sentia que a qualquer momento poderia cair no chão como um saco de batatas. Flashes que acabou de acontecer naquele lugar tenebroso rondavam minha mente como um boomerang. Todo o sangue, gritos  e os sons dos golpes nos corpos, ver aqueles que, desde sempre, considerei e amei como meus pais sendo mortos, estavam fazendo meu estômago embrulhar e deixando minha visão embaçada.

Corri, como um animal que foge do seu predador. Atravessei a varanda e abri a porta de entrada num rompante, não me preocupei em fechá-lá, menos ainda em responder a quem quer que chamou por mim quando passei pela sala. Subi as escadas pulando alguns degraus.

Assim que cheguei ao meu quarto e de Rocco, praticamente voei até o banheiro e cai de joelhos diante do vaso sanitário, despejei nele todo o meu café da manhã junto com sucos gástricos de gosto amargo. Quando já não tinha nada no meu estômago para vomitar, meu corpo começou a tremer e um suor frio começou a pingar do meu rosto.

Dei descarga, me ergui, fui até a pia e me apoiei nela, eu estava fraca e tonta, mesmo assim, joguei água no meu rosto suado e escovei os dentes. Cambaleante, voltei para o quarto, me rastejei sobre a cama e apoiei minha cabeça nos travesseiros, respirei fundo para normalizar minha respiração. Me sentia esgotada, meus olhos pesavam sonolentos, então os fechei, mas não consegui dormir, pois as imagens ressurgiam dançantes no meu subconsciente.

Não sei quanto tempo passei nessa letargia, se minutos ou horas, até que ouvi passos pesados pelo quarto, logo senti a cama afundar ao meu lado, seguido de braços fortes me puxando de encontro a um peitoral duro, firme.

Mia bambina, você está bem? — a voz rouca e baixa de Rocco sussurrou em meus ouvidos.

Inspirei fundo e soltei o ar numa respiração trêmula, me aconcheguei mais em seus braços e apoiei minha cabeça no seu ombro.

— Sim, eu só... — engoli o nó preso na garganta — só preciso dormir um pouco.

— Então durma, meu anjo. Estarei aqui quando acordar.

Foi a última frase que o ouvi dizer antes de ser sugada pela escuridão. E, como sempre acontece quando ele me abraça, senti que os seus braços eram o lugar mais seguro do mundo.

 E, como sempre acontece quando ele me abraça, senti que os seus braços eram o lugar mais seguro do mundo

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Raptada Pelo Chefe Da Máfia - (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora