Nascida em um bairro de classe média na Calábria, Itália, Allegra Pellegrini, de 19 anos, cresceu sendo submetida às ordens dos pais e do irmão mais velho; sempre tratada como uma serviçal, e não como membro da família, sendo o alvo do desprezo e m...
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A voo de volta à Itália foi longa e cansativa, mas não dormi um minuto sequer, pois minha mente não parava de fazer suposições sobre o que poderia ter acontecido com as minhas meninas e nenhuma delas era boa, obviamente.
Depois de mais de doze horas de viagem, finalmente o jato foi pousado no terminal exclusivo da ‘Ndranghetamais próximo a mansão. Quando desci os degraus, vi que Matteo me esperava ao lado de um SUV R8 fosco.
— Senhor. — Me cumprimentou, assim que cheguei próximo a ele.
— Matteo — respondi de volta — o que de interessante aconteceu durante a minha ausência?
Abri a porta do passageiro enquanto o via dar a volta na frente do carro, indo para o lado do motorista. Antes de entrar, ele respondeu:
— Nada diferente do comum, senhor — entramos juntos no carro e fechamos as portas ao mesmo tempo. Ele continuou: — na verdade, aconteceu algo estranho no fim da manhã de ontem.
— Pare de fazer rodeios e vá direito ao ponto, Matteo. — Rosnei, olhando o caminho que seguíamos.
— A senhorita De Angelis fez uma visita à mansão, ontem — disse, como se essa não fosse uma informação importante.
— E por que diabos ninguém me avisou? — perguntei, indignado.
— Me desculpe, Don Montanari, não achei que fosse uma situação importante para que devesse incomodá-lo — explicou, mas isso não diminuiu a minha irritação. Ele emendou, dizendo: — além disso, ela não demorou mais do que 10 minutos conversando com a senhorita Pellegrini. Assisti pelos monitores quando sua noiva, senhor, dar um soco no nariz da outra e arrastá-la pelos cabelos por toda a sala de visitas até a varanda da frente da mansão e empurrá-la nos degraus da entrada.
Enquanto o ouvia falar, um sorriso se abria no meu rosto e meu humor irritado acalmava-se aos poucos, afinal, seria divertido assistir Allegra socando o rosto da Giovanna, mas tal rápido quanto surgiu, meu sorriso se foi. Eu conheço minha bambinae para ela ter agido com violência dessa forma, Giovanna deve ter dito algo que a deixou furiosa.
— Você ouviu a conversa que elas tiveram? — inquiri, enquanto passávamos pelo portão da mansão.
— Não, senhor — respondeu, dirigindo pelo longo caminho de pedras — preferi respeitar a privacidade das duas, mas tenho certeza de que a senhorita De Angelis provocou.
Eu não duvidária disso. Giovanna é uma cobra artículos a que sabe trabalhar bem as palavras e seja lá o que for que ela disse a minha menina, não foi resolvido enquanto Allegra a expulsava. E aposto que ainda há muitos estragos para mim resolver, pois sei como as palavras, se usadas de maneiras distorcidas, mas pronunciadas de forma inteligente, podem fazer com a mente dela.
