I should never dream

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Eu era apenas um expectador. A vontade de interrompê-los... Não, talvez não interrompê-los, mas sim ser um menino mau e me juntar a eles, era agonizante. Eram corpos perfeitamente idênticos, tremendo e reverberando sons eróticos por toda parte, atingindo meus ouvidos como uma praga irresistível. Tudo era entre flashes de partes dos seus corpos, como uma cena de filme: os lábios rosados e entreabertos de Tae, deixando longos sons de prazer escaparem sempre que o irmão ia fundo o suficiente para atingir sua próstata. Sua incapacidade de se controlar era clara. V, por sua vez, mordia os lábios tão forte para controlar os gemidos, que o líquido escarlate pintava vez ou outra seus dentes pequenos e brancos. Era rítmico, os movimentos completamente ordenados, enquanto os cabelos castanhos de ambos eram uma incrível bagunça.

V só pareceu perceber minha presença tempos depois, mas quando finalmente o fez, sorriu maliciosamente, sem interromper as estocadas que faziam o outro gêmeo revirar os olhos. Como disse, eu era um mero expectador. Como que para apenas me provocar, V inclinou o corpo sobre as costas de Tae, que estava de quatro para ele e completamente vulnerável, traçando uma linha de beijos delicados até aproximar os lábios do ouvido do outro. Apesar de estarem longe o suficiente para que eu não pudesse ouvir o sussurro, era surreal o bastante para que sua voz rouca chegasse com clareza em meus ouvidos: "Faça o seu melhor, TaeTae. Ele está nos olhando. Mostre o quanto adora ser fodido por mim."

Os olhos castanhos de Taehyung miraram os meus e, por um momento, imaginei que ele fosse parar, impedir o irmão de continuar entrando e saindo dele. Imaginei que sua timidez e seu senso do quanto​ aquilo era errado iriam falar mais alto.

Mas, não.

Todos os músculos do garoto se retesaram quando ele passou a empurrar o corpo dourado contra o do outro, tão parecido com o seu, porém mais forte, forçando-o a entrar mais profundamente em seu ânus.

V não pôde se controlar desta vez, soltando um gemido grave e longo junto com um parecido, de Tae. As falanges finas de um embrenharam-se no lençol branco e amarrotado, enquanto as do outro apertavam a carne de suas nádegas, deixando marcas avermelhadas na pele. Eu sentia meu membro pulsar, retido pelas roupas. Droga. Aquilo era errado. E eu nunca havia ficado tão excitado em toda minha vida.

"Você é tão gostoso TaeTae."

"E ... s-sou ... seu."

Assim que disse isso, Taehyung se desmanchou entre gemidos e tremores, provavelmente se contraindo ao redor do irmão, que não demorou muito, estocando mais algumas vezes para prolongar o orgasmo. Como se fosse um jogo de "mate o Jungkook de tesão", V passou os dedos pelo sêmen do irmão, levando-os até os lábios. Tae, por sua vez, parecia só não padecer exausto na cama, porque tinha seu quadril seguro pelo braço de V, mantendo-o suspenso.

"V..." Minha voz estava estranha, produzindo ecos. "Você nunca deveria fazer isso. É errado..."

"Mas eu não estou fazendo nada. Você é quem está sonhando com seus irmãos postiços se comendo..."

Acordei em sobressalto, ofegante, e sentindo meu rosto molhado de suor, fazendo com que os cabelos negros colassem em minha testa.

Um sonho.

Não podia acreditar que havia realmente sonhado com aquilo e que parecia tão excitante. Eles eram irmãos! O que pensa que eu estava fazendo?

...

Porém, eu não havia tirado aquilo inteiramente da minha imaginação pervertida. Havia presenciado, escutado os gemidos de Taehyung na noite anterior e isso já era uma prova de que era perfeitamente possível. O que me assustava não era o fato de ter sonhado com um incesto fraterno, mas de, ao invés de ter classificado como um pesadelo, ter o classificado como uma fantasia.

Dois TonsOnde histórias criam vida. Descubra agora