Capítulo 1: Um cara encurralado

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Eu queria postar esse capítulo no dia do aniversário de 2 anos da troca de alianças SK mas a vida resolveu estragar os meus planos, então estou postando ele hoje, depois de muito sofrimento. É um capítulo meio grandinho, com quase 7k de palavras, e eu juro de dedinho mesmo que tentei ele fazer mais curto que isto mas não deu. Acho que está meio chatinho mas é necessário, ok? Por isso, tentem gostar dele.

Boa leitura.

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3 anos depois

Assim que Krist entrou no escritório do seu chefe e olhou para o rosto dele, vendo a expressão de preocupação ali presente, teve certeza de que não iria gostar daquilo que o mesmo tinha pra falar consigo. Podia até ser uma projeção do mau humor com o qual havia acordado mais cedo mas considerando que ele era um agente especial e tinha grandes capacidades dedutivas, tanto que exercia duas funções ao mesmo tempo, a de agente especial e detetive há anos, e um dos melhores na sua área, raramente se enganava quando o assunto era analisar as coisas ao seu redor.

Seu chefe ia realmente foder com o seu dia, e não da forma divertida.

Ainda assim, fechou a porta e silenciosamente se aproximou da secretária, ficando imóvel e com as mãos atrás das costas, a espera de escutar aquilo que o tinha feito sair de casa mais cedo do que normalmente fazia. Estava com sono, com uma dor de cabeça horrível, resultado do barulho que foi obrigado a escutar durante a madrugada inteira vindo do apartamento do seu vizinho, que havia resolvido fazer uma festa (a sério, quem é que faz uma festa no meio da semana?), e estava prestes a ficar com fome já que havia recebido uma mensagem que solicitava a sua presença de forma urgente no escritório. Algumas vezes, se perguntava se o salário que recebia, que não era tanto quanto gostaria, era o suficiente para lhe fazer aguentar aqueles pequenos momentos de sofrimento desnecessário, mas depois lembrava que a investigação era uma algo que estava praticamente correndo pelas suas veias, e sua vontade de deslizar uma carta de demissão por debaixo da porta do seu chefe retrocedia mais uma vez, somente a espera do dia em que iria se cansar e mandar todo mundo ao inferno.

- Eu sei que chamei você aqui bem cedo, e peço desculpas por isso, já que você tem muito trabalho pra ser feito, mas surgiu um assunto muito importante, e que acho que pode te interessar muito - Jumpol, seu chefe, disse enquanto organizava alguns papéis na sua secretária, ação que Krist percebeu ser uma forma de disfarçar seu nervosismo, fazendo o detetive sorrir rapidamente antes de voltar ao seu rosto inexpressivo.

Como o bom funcionário que ele era, Krist permaneceu imóvel, deixando seu chefe falar, até que o outro homem tivesse terminado, assim poderia tecer qualquer comentário que fosse necessário. Jumpol era um daqueles homens que adorava escutar o som da sua voz, e que podia se tornar um inimigo muito irritante quando interrompido durante um dos seus longos discursos. Ele era o homem indicado para fazer os discursos durante os jantares de gala organizados todos os anos, e depois de trabalhar ao lado dele durante tanto tempo, havia aprendido a manter uma expressão de interesse no rosto enquanto desligava todos os seus sentidos e esperava o discurso do homem terminar; Krist amava o homem, haviam sido colegas durante a faculdade e mantiveram contato mesmo depois de terem sido mandados para departamentos diferentes, para depois irem acabar por trabalhar no mesmo ramo, mas se tivesse que ser obrigado a escutar Jumpol falar sem parar, acabaria botando uma bala na cabeça do homem.

- Por favor, continue - Krist disse, depois de terem passado vários segundos sem um segmento da conversa. Aquela atitude não era normal dele, o que atiçou o instinto de Krist, lhe dando certeza de que havia algo errado e que ele não ia gostar nada.

Lawful Disorder (KristSingto/SingtoKrist)Onde histórias criam vida. Descubra agora