Capítulo 6: Um toque inesperado

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Três semanas depois, e aqui estou eu, de volta. Eu sei que demorei, e peço imensas desculpas por isso, mas esse capítulo precisava ser perfeito, e da forma que estava sendo escrito, simplesmente não dava para eu postar. Ainda não acho que esteja lá grande coisa, mas está bem melhor do que a versão original.

Desculpas à parte, quem está com vontade de saber como foram os dias de folga do Krist, na mesma casa que o Singto? Eu estou.

Tentei não ser muito libertina nesse capítulo, mas o que seria de nós, meros mortais, sem o nosso Singto provocador, não é mesmo?

Espero que gostem.

Boa leitura.

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– Estou entediado – Singto disse, com os braços cruzados, enquanto olhava raivosamente para um Krist bem concentrado no laptop apoiado na mesa de jantar.

Na verdade, Singto estava muito mais do que entediado, mas ele não achava que havia uma palavra que definisse o quão desprovido de diversão ele estava se sentindo no momento, por isso preferiu usar aquela palavra. Sem contar que as últimas 24 horas não haviam sido nem um pouco da forma que ele chegou a pensar que seriam.

Quando Krist disse que o seu chefe (aquele empata-foda do caralho. Metendo o dedo onde não era chamado e fazendo a cabeça de um já teimoso Krist, para ele não aceitar as suas investidas) havia dado a ele os três dias de descanso, para ele se recuperar um pouco do ferimento de bala que havia recebido, sua mente se encheu de ideias maravilhosas, sobre como iria usar o isolamento que o bairro onde estavam proporcionava a eles e o fato de que ficariam "trancados" em casa, sozinhos, para finalmente descobrir o que deixava Krist louco de tesão, e quem sabe dar a ele a oportunidade de ter uma repetição, desta vez mais longa, do beijo que haviam partilhado anos atrás.

Podia imaginar também cruzar com Krist no corredor do quarto somente de toalha, que mal estaria amarrada ao seu corpo, e depois ser prensado na parede, com as mãos do agente especial correndo pelo seu corpo, suas unhas dando aquela picada de dor que ele adorava sentir em momentos como esses, e os lábios dele em cima dos seus; começava a suar só de imaginar eles indo às cegas até o quarto, a cama debaixo deles proporcionando todo o conforto que eles mereciam, e como eles ficariam lindos com os seus corpos conectados, o contraste das suas peles, na forma mais básica que ele conhecia.

Entretanto, porque o universo parecia estar conspirando contra ele (o fato dele estar naquela casa, que mal cabia no quarto de Jirakit na sua mansão era uma prova bem tangível), seus planos não passaram de devaneios e sonhos molhado.

Primeiro porque Krist, tal como havia dito quando a situação na qual eles estavam surgiu, se recusou a dormir na mesma cama que ele, e ligou para uma das suas colegas para que comprasse um colchão insuflável para ele (aparentemente, o sofá não era apto para ele dormir, de acordo com quaisquer que fossem os padrões de confortabilidade que o agente especial usava), enquanto ele ia ao seu apartamento buscar algumas roupas. Depois de terminar de fazer o que tinha que fazer, Krist voltou com uma Ciize, que não parecia nem um pouco feliz em estar no mesmo ambiente que ele, que carregava uma pasta de computador e uma sacola bem larga, que Singto tinha quase certeza que guardavam armas; Ciize, enquanto Krist arrumava as suas coisas no quarto-armazém no andar de cima, havia mandado um olhar para Singto, que dizia claramente "respire de maneira errada na minha direção e eu arranco a tua cabeça", olhar esse que o chefe da gangue nem sequer levou a sério. Não era a mulher que havia criado antipatia por ele sem justifica alguma, antipatia essa recíproca da parte dele, que o preocupava, e não seria tão cedo, e sim o homem com quem iria dividir a habitação naquela casa.

Lawful Disorder (KristSingto/SingtoKrist)Onde histórias criam vida. Descubra agora