Capítulo 31: Promessas feitas sob a luz da lua

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[Contagem regressiva para o final da fic: 1/5]

Aqui estou eu de novo, pronta para mimar todos vocês com um SK bem doce e maravilhoso. Diria para não se acostumarem com isso, porque né, quando a esmola é muita...

Boa leitura.

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Percepção é uma das habilidades que qualquer pessoa, não importa qual seja a sua ocupação, precisa ter como forma de navegar no mundo, porque permite, pelo menos por alguns momentos, entender o ambiente ao seu redor. Como um agente especial e chefe de um departamento inteiro em um lugar que lidava com pessoas diariamente, Jumpol foi obrigado a aguçar o seu nível de percepção para conseguir fazer o seu trabalho direito, e isso fez com que ele acabasse usando essa habilidade nos seus amigos, especialmente em Krist, que era o mais emocionalmente fechado de todos, e isso sempre trazia resultados interessantes.

Um bom exemplo disso seria quando Krist apareceu com Singto no seu escritório dois dias atrás.

Foi bem fácil perceber o quão estressado o seu amigo estava, não só pelas suas expressões faciais mas também pela energia que ele exalava e pela rigidez presente nos poucos movimentos que fez enquanto esteve ali e forma como Singto também parecia estar meio aéreo, ainda que ele não fosse o foco da sua observação, ajudou a cimentar a ideia de que havia algo estranho acontecendo entre os dois, algo bem mais serio do que as discussões de brincadeira que que tiveram na sua frente nas poucas vezes que estiveram os dois na sua presença.

A comparação que ele fez com as atitudes de Krist e Singto e a situação entre ele e Atthaphan não foi algo impensado e, considerando o quanto ele ainda odiava a ideia de ver o seu amigo envolvido romanticamente com Singto, certamente não foi de bom grado, mas não teve como ele não ver as similaridades entre os quatro. Sim, ele tinha quase dado um cartão verde a Singto quando conversaram no hospital, mas ainda não se sentia confortável com o fato, e ninguém poderia culpar ele por isso, sendo ele tão protector de Krist quanto ele era.

Por isso, não teve como perceber, assim que Krist e Singto passaram pela sua porta, acompanhados por Namtan, que havia anunciado a chegada deles, que o tal "algo" que criou o ar desconfortável ao redor deles na última vez que se viram tinha sido substituído por um ar mais leve, mais agradável, quase...alegre, por falta de uma palavra melhor. Não havia um sinal óbvio em Krist, afinal de contas ele era especialista em mascarar as suas emoções, mas Singto, vestido com um terno azul-escuro, parecia bem satisfeito, ainda que tivesse uma expressão cansada também.

Com uma graça que somente os amantes de longa data tinham e como se tivessem ensaiado aquilo, os dois se sentaram ao mesmo tempo e ficaram quietos, esperando por Jumpol começar a falar. Jumpol, por sua vez, passou mais tempo do que deveria olhando para Krist e Singto, fazendo com que este último soltasse um bocejo antes de quebrar o silêncio na sala.

- Se me chamou aqui para ficar olhando para mim, Jumpol, poderia muito bom ter feito isso em uma hora mais apropriada – Singto disse, segundos antes de soltar outro bocejo. Mesmo com a aparência meio cansada, a maquiagem que ele havia colocado, um pouco mais pesada que o normal dava a ele um ar mais animado do que o habitual, junto com o terno que realçava a sua figura. Jumpol podia não ir com a cara do homem, mas ainda era um homem gay que sabia reconhecer quando outro homem parecia bem. – Não tenho problema nenhum em ser observado, mas que não seja tão cedo pela manhã.

- Senhor Prachaya, já passa das 10 da manhã – Jumpol lembrou a ele.

- Para mim, ainda é cedo. Mal consegui dormir na noite passada e fui obrigado a sair de casa contra a minha vontade.

Lawful Disorder (KristSingto/SingtoKrist)Onde histórias criam vida. Descubra agora