Lawful Disorder (KristSingto/SingtoKrist)

Capítulo 7: Uma aula, um mimo e um jantar arruinado

Alguém aqui lembra do vídeo do Singto, em que ele estava treinando como atirar com um revólver? Pois bem...

Boa leitura.

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Singto acordou com barulho de tiros, ainda que não pudesse se considerar as poucas horas de descanso que ele teve durante a noite como algo do qual precisasse "acordar". Depois do que havia acontecido no dia anterior, da sensação do toque de Krist na sua pele, seu organismo havia entrado em manutenção, praticamente funcionando no modo automático, porque ele mal conseguia se lembrar do que havia acontecido depois que Krist se afastou dele e voltou a trabalhar; tinha uma espécie de névoa cobrindo a sua memória.

Voltando ao assunto os tiros que o havia feito voltar a se conscientizar do ambiente ao seu redor, franziu a testa, se perguntando a origem do barulho. Mesmo que algumas pessoas pudessem considerar aquilo como um acontecimento padrão na sua vida, com o fato dele ser chefe de uma gangue e tal, ainda era um barulho que tinha a capacidade de fazer o seu coração bater mais forte, e a adrenalina correr pelo seu corpo. Pôs uma camisa e um par de calças largas, antes de sair do quarto para procurar por Krist e perguntar a ele se ele sabia de onde os barulhos de tiros, que chegavam até si de forma sequenciada, mas não o viu na sala ou na cozinha, onde geralmente costumava ficar durante alguns minutos, antes de sair para correr (hábito que ele havia confessado ter depois que perguntou a ele onde ele iria tão cedo sendo que estava de folga), então decidiu, mesmo contra o bom senso e preservação, seguir o barulho dos tiros, para saber de onde vinham.

Entrou na cozinha novamente e percebeu que os tiros vinham da parte de trás da casa, confirmado pela porta que estava entre aberta. Com cuidado e silenciosamente, saiu e viu Krist com calças militares e uma camisa preta, de pé, em frente a um alvo de papel, enquanto disparava continuamente, e depois recarregava a arma que segurava, não perdendo o ritmo. Sem conseguir evitar, começou a sentir o seu corpo formigar e sua boca salivar, ao ver os músculos ondulando com os movimentos rápidos e precisos que o agente fazia, e a expressão concentrada que ele tinha no rosto; Krist exalava força e poder, segurança e determinação, coisas que Singto nunca pensou que fosse considerar atraentes em uma pessoa.

- Você não devia se esgueirar atrás de alguém que tem uma arma - Krist disse, sem parar de disparar. Assim que o cartucho recém posto na arma que estava usando ficou vazio, guardou a arma no coldre que tinha na cintura e pegou um rifle que estava encostado em uma das árvores. - Uma das balas pode acabar no teu corpo.

- Como você mesmo disse ontem, você está aqui pra ser meu segurança - Singto disse com uma risada, se aproximando lentamente de Krist, até parar do lado dele. - Duvido muito que você fosse atirar em mim só porque me "esgueirei" atrás de você.

- Não devia confiar tanto em mim, especialmente quando estou segurando um rifle bem carregado - Krist, sem deixar de repetir o mesmo processo de substituir o carregador vazio por outro cheio, que se encontrava dentro de uma mala, a mesma mala que Singto havia desconfiado conter armas dentro dela.

- Se eu não confiasse em você, não teria pedido que fosse meu segurança, não acha? - Singto perguntou com as sobrancelhas arqueadas, seus olhos fixos nas mãos de Krist. - Além do mais, você é bonzinho demais para me causar algum mal de propósito.

Krist deu três tiros seguidos, antes de deixar o rifle em cima da mesa improvisada à sua frente e respirar fundo. Soltou uma risada fraca, antes de se inclinar e pôr a mala, que antes estava no chão, também em cima da mesa.

- Você não me conhece direito para afirmar algo assim.

- Podemos mudar isso agora mesmo.

- O "conhecer" que eu me referi não estava ligado a um nível físico, Prachaya - Krist esvaziou a mala e começou a organizar ela novamente, montando e desmontando algumas armas, antes de assentir, visivelmente satisfeito. - Além do mais, considerando o quão irritante você consegue ser, não devia duvidar da minha capacidade de silenciar você de uma vez por todas.