Capítulo 12: O estranho começo de alguma coisa

568 69 25
                                    

Sim, atualização dupla porque o capítulo que eu planejava postar ficou enorme (10 mil palavras de muita coisa) e eu não queria deixar vocês cansados de tanto ler, então decidi dividir ele ao meio e facilitar a vossa vida.

Vamos considerar esta a primeira atualização de Outubro, ok?

Boa leitura.

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

– Será que dá para você abotoar a sua camisa?

– Se eu pudesse, teria feito isso, mas não posso – uma pausa. – Na verdade, nem se eu pudesse, faria. Estou me sentindo muito bem assim, e você poderia me sentir também.

Krist revirou os olhos ao escutar a resposta do homem ao seu lado, mas evitou olhar para o banco do passageiro, onde um Singto com a camisa aberta estava sentado, um sorriso escondido atrás da máscara que ele usava mas que era possível saber que ali estava pelo enrrugado debaixo dos olhos dele. Depois que haviam saído da casa de Jane, Krist havia decidido fazer uma pequena pausa para comer, antes que ele fosse deixar Singto em cada e voltasse para a Divisão, então estava indo até uma lanchonete próxima à casa da sua amiga para pegar algo pra comer.

– Eu não entendo nada de piercings mas tenho certeza que apanhar ar desse jeito não é bom – Krist resmungou, se referindo a janela que Singto havia deixado aberta.

Singto soltou uma risada e se inclinou no banco, aproveitando a mudança de posição para se espreguiçar um pouco.

– Eu sei. Mas estou com vontade de ficar assim, então não entendo porquê que você está tão irritado com isso.

– Eu não estou irritado – Krist diminuiu a velocidade fez uma curva, antes de continuar. – Simplesmente não preciso ver o teu peito nu, enquanto estou dirigindo.

– Porquê? Está distraindo você? – mesmo que Krist não estivesse olhando pra ele, por estar concentrado na estrada, podia escutar a provocação nas palavras de Singto e até imaginar o sorriso no rosto dele enquanto fazia a pergunta. Se ele antes tinha alguma dúvida de que Singto se divertia provocando ele, agora tinha certeza.

– Sim, mas não da forma que você está pensando – Krist respondeu rapidamente, cortando qualquer outra provocação que Singto pudesse fazer em relação àquele assunto. Depois do que havia acontecido no prédio da Divisão, ele estava tentando se manter calmo e sereno, enquanto se perguntava o que iria acontecer quando ele fosse chamado para conversar com a realeza e dar o seu relatório, tal como Jumpol provavelmente estava fazendo naquele momento; se sentia nervoso, algo que não acontecia com frequência, só de pensar. – Por isso, sugiro que você se ponha decente antes que um acidente aconteça e você acabe morrendo.

Singto olhou fixamente para Krist, que estava concentrado conduzindo, e brincou por alguns segundos com a sua camisa, como se estivesse ponderando a exigência de Krist e se devia realmente abotoar a camisa ou deixar como estava. Fiel a sua personalidade, de um provocador nato, que não se importava muito em se apresentar em diversos estados de nudez (a cena no hospital onde ele havia deixado todo mundo olhar para a bunda dele enquanto ele ia até o estacionamento), ele escolheu a que iria deixar a pessoa que estava do seu lado nervosa, porque ele adorava deixar Krist nervoso; dava ao agente especial um charme a mais, uma aura mais perigosa, que atraía o lado que adorava perigo dentro dele.

– Isso iria facilitar a tua vida, não? Eu morto, e você fica livre de mim pra poder continuar com a tua vida claramente aborrecida.

– A minha vida não é aborrecida, Singto. Não é só porque eu não saio muito que eu não sei como me divertir, ok? – Krist fez uma pausa e franziu a testa. – E porquê que eu estou me explicando pra você?

Lawful Disorder (KristSingto/SingtoKrist)Onde histórias criam vida. Descubra agora