Capítulo Nove

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Estava sentada naquela cadeira a mais de duas horas, esperando qualquer notícia da minha mãe. Os médicos a levaram para uma sala e até agora não me disseram uma palavra. Consegui falar com uma enfermeira que saiu daquela sala, mas a única coisa que ela me disse foi que minha mãe estava instável e que eu não precisava me preocupar. Mas eu vi nos olhos dela a mentira, ela só não queria que eu ficasse em cima deles como estava fazendo.

Notando isso, decidi ficar sentada até receber as notícias muito aguardadas. Porém as horas aparentemente não passavam, a cada instante eu sentia meu coração bater mais rápido, eu só conseguia pensar no pior.

Pois quando cheguei me deram um calmante, me disseram que estava muito agitada pelo estado da minha mãe.

Mas como não ficar numa situação dessas? Primeiro que sua mãe está em um hospital, instável, e que pode acontecer qualquer coisa nessas horas decisivas. Segundo que tudo isso foi causado pelo seu ex namorado, por quê eu não seria louca de continuar com ele depois do que fez.

Mas aquele olhar que ele me deu me preocupa. Ele não me parecia o Thomas que eu conheci.

- Senhorita Smith? - Sou tirada de meus pensamentos quando escuto a voz do meu lado. Era um médico, no seu crachá dizia que seu nome era Andrew. - Sou o Dr. Andrew Garfield, poderia me dizer se existe algum parente da sua mãe, que seja maior de idade?

 Andrew Garfield, poderia me dizer se existe algum parente da sua mãe, que seja maior de idade?

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- Não, não tem. - Minha voz sai fraca, por não ter conseguido comer nada até agora. - Sou só eu e ela.

Vejo o médico solta um suspiro, como se aquela fosse a única esperança que ele tinha.

- Poderia me acompanhar? - Faço que sim com a cabeça e o acompanho.

Nós seguimos por 6 corredores antes de chegar à uma sala, onde ele entrou. Percebi que sua sala não era tão normal para um médico. Primeiro que a sala não era toda em branco, e sim em um tom de amarelo queimado. Sua mesa era um marrom claro, e os quadros de sua parede onde fica seus certificados estavam em quadros bem engraçados. Não parecia uma sala de um médico, mas me deixou muito confortável.

- Então Dr. Garfield, o quê minha mãe tem? - Não deixei que ele falasse nada primeiro, eu queria saber da minha mãe antes de tudo.

- Vamos com calma, por favor. E se não se incomoda, poderia me chamar de Andrew? Eu não gosto muito do meu sobrenome. - Ele diz com a sobrancelha franzida, como se esse nome lhe desse desgosto. - E sobre sua mãe... Sinto não ter boas notícias sobre ela.

- O quê quer dizer com isso? - Minha voz sai trêmula.

- O quê aconteceu com a sua mãe foi um esganadura, isso é quando as mãos são usadas para estrangular alguém. Ela teve uma parada cardíaca, e como ela não chegou aqui em menos de 5 minutos, poderá haver sequelas. Ela pode apresentar chances de perder a visão, apresentar problemas de cognição ou mesmo passar o resto da vida em estado vegetativo. - Nesse momento não consegui segurar as lágrimas, isso só podia ser um pesadelo. - Com a minha experiência, em todos esses anos, aconselho a você que seja forte, pois o mais provável é que ela entre em coma. Eu sinto muito.

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